Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Cultura

Início do conteúdo

O Clarinete na obra de Bruno Kiefer

Apresentação do CD é nesta quinta-feira no Goethe-Institut

Publicação:

Clarinetista
Clarinetista Diego Grendene - Foto: Flávio Wild
Gravado no Rio de Janeiro pelo clarinetista da OSPA, Diego Grendene, durante a realização do mestrado em Música, no PROMUS/UFRJ, o cd O Clarinete na obra de Bruno Kiefer traz sete obras do compositor brasileiro nascido na Alemanha e residente em Porto Alegre por quase toda a vida.
 
O recital será apresentado na próxima quinta-feira (28), às 19h30, no Teatro do Goethe-Institut (Rua 24 de outubro, 112, PoA). A entrada é franca com distribuição de senhas no local a partir das 18h30min. O público vai presenciar um repertório de alta relevância para a composição brasileira com gravação inédita de três obras de Kiefer, que integra a programação do projeto Quintas Musicais do Goethe-Institut.
 
No programa serão apresentadas seis das sete obras que compõem o CD, algumas na íntegra e outras parcialmente.  Cada peça traz uma instrumentação diferente com solo, duo, trio e quinteto. São convidados para a performance com Diego Grendene um time de respeitados músicos: Augusto Maurer – clarinete, Henrique Amado – flauta, Viktoria Tatour – oboé, Ange Paola Bazzani – fagote, Alexandre Ostrovski Jr. – trompa e Guilherme Goldberg – piano.
 
Concepção do CD
 
A escolha de Bruno Kiefer - um dos mais importantes compositores brasileiros do século 20 - como tema desse trabalho teve também um elemento pessoal, descreve Diego: “Quando eu era criança, conheci o compositor, pois era amigo dos meus pais e frequentava minha casa. O Projeto Prelúdio, a primeira escola de música onde estudei, era dirigida, na época, por Nídia Kiefer, esposa do compositor. Dois dos filhos de Kiefer, Luciana e Marcelo, foram meus colegas, tocamos juntos algumas vezes.”
 
“Kiefer faleceu em 1987, quando eu tocava clarinete há apenas um ano. Mesmo assim, tenho lembranças da presença do compositor nas apresentações do Projeto Prelúdio, nas quais toquei flauta doce, em 1985, e clarinete, em 1986. Embora eu só tenha executado as obras de Kiefer após seu falecimento, posso afirmar que a presença do compositor tem me acompanhado durante a minha carreira e sempre considero algo especial tocar suas composições”.
 
Diego Grendene
 
É clarinetista da OSPA e diretor da Escola de Música da orquestra. Bacharel em Clarinete pela UFRGS, com especialização no Conservatório Real Superior de Antuérpia, na Bélgica, e mestre em Música pela UFRJ. Em sua carreira artística já realizou diversos concertos pela Europa - 44 deles na França, com o Quarteto de Clarinetes Aliénor. Como solista tem atuado frente a orquestras como a OSPA, Orquestra de Câmara da Ulbra, Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, Orquestra Sinfônica da UCS, Orquestra Unisinos e Orquestra Acadêmica do Festival Internacional SESC de Música.
 
Bruno Kiefer
 
Nasceu em Baden-Baden (Alemanha), em 1923. Sua família imigrou para o Brasil, fugindo do nazismo, em 1934, quando o compositor tinha apenas 11 anos. Primeiramente se estabeleceram em Santa Catarina, na cidade de Tangará. No ano seguinte, Kiefer mudou-se para Porto Alegre, onde realizou seus estudos musicais. Além da música, formou-se em química e física, tendo sido professor em todas estas disciplinas. Desempenhou diversas atividades em Porto Alegre, tanto como docente e compositor, quanto como musicólogo. Foi professor do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Como flautista foi um dos fundadores, em 1950, da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA), na qual atuou por dois anos. Como compositor, escreveu aproximadamente 150 obras de grande qualidade e singularidade.
 
Na produção musical de Bruno Kiefer encontram-se pelo menos 15 obras dedicadas ao clarinete. O compositor faz uso do clarinete em diversas formações instrumentais, desde "Saudade", para clarinete e piano (1956) - uma das primeiras obras compostas por ele e sua primeira obra dedicada ao instrumento - até "Coxilhas" (trio para flauta, clarinete e fagote, composto em 1986, ano anterior ao seu falecimento).
Secretaria da Cultura