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Sede do Marsul será reformada com recursos do Avançar na Cultura

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Reforma Marsul Foto Rafael Varela (9)
Ordem de Serviço para o início das obras foi assinada nesta segunda-feira (13) - Foto: Rafael Varela | Ascom Sedac
Por ariel lopes | ascom sedac

Fechado para visitação desde 2008 por problemas estruturais, o Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), em Taquara, poderá reabrir as portas em breve. Nesta segunda-feira (13/6), a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, assinou a Ordem de Serviço para início das obras de requalificação da instituição vinculada à Secretaria da Cultura (Sedac). A reforma da sede será executada com recursos do programa Avançar na Cultura, num total de R$ 1,5 milhão.

A assinatura foi acompanhada pelo diretor administrativo da Sedac, Marcos Paulo da Luz, junto do assessor especial de Memória e Patrimônio da Sedac, Eduardo Hahn, do diretor do Museu, Antonio Soares, da prefeita Sirlei Bernardes da Silveira, do diretor de Cultura de Taquara, Luciano Salvaterra, e do proprietário da empresa Toro Engenharia, Matheus Minatto.

“Desde o primeiro momento, temos um olhar atento para o Marsul, sempre preocupados com a ausência dele junto a sua comunidade. Não é o maior dos nossos investimentos, mas é o mais importante, sem dúvidas, pois traremos de volta essa instituição. O Marsul respira e será entregue novamente, atualizado para o século 21”, enfatizou a secretária da Cultura, Beatriz Araujo.

A obra prevê a revitalização total das estruturas prediais, instalações elétricas e hidrossanitárias. O Avançar na Cultura também destina recursos para o desenvolvimento de uma nova exposição de longa duração, contratação de serviços e aquisição de bens e materiais para a instituição.

Ao todo, o programa do governo do Estado destina R$ 112 milhões ao setor cultural para editais, obras, qualificações e economia criativa. O investimento é superior ao total realizado nos últimos oito anos.

Sobre o Marsul

Criado em 1966, o Marsul tem um dos acervos mais significativos do Brasil, composto majoritariamente por coleções oriundas de pesquisas em sítios pré-coloniais, com datações de até 12 mil anos atrás. São artefatos de grupos caçadores-coletores, pescadores-coletores do litoral, horticultores e também de sítios do período colonial.

Localizado no Km 58 da Estrada RS-020, o prédio foi construído em 1970, e tem valor arquitetônico por sua característica modernista brutalista, representativa de um período histórico em que ocorreu a profissionalização e a valorização da arqueologia no meio museológico nacional. O modelo construtivo da época, porém, não previa aspectos que se tornaram fundamentais com o decorrer do tempo, tais como a impermeabilização das lajes e das coberturas, para evitar infiltrações, por exemplo. Da mesma forma, não havia os padrões de acessibilidade exigidos atualmente.

Mesmo fechado para a visitação, o Marsul continuou recebendo pesquisadores e promovendo atividades sobre o patrimônio arqueológico. Em fevereiro de 2020, a instituição e o designer Cícero Moraes trabalharam na reconstrução facial forense do “Zé”, um esqueleto de indivíduo associado a um sítio arqueológico datado de aproximadamente 5 mil anos, integrante do acervo do Marsul.

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