“A Bossa Nova é Negra” é atração do primeiro Chapéu Acústico de 2023
Espetáculo celebra o Dia Internacional da Mulher e o sétimo ano do projeto musical na BPE
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No mês dedicado à Mulher e na data de aniversário do Chapéu Acústico, a Biblioteca Pública do Estado (BPE), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), dará protagonismo às mulheres negras, na voz e interpretação da cantora jazzista Marguerite Silva Santos e banda. O evento será dia 7 de março (terça), às 19h, na BPE.
Além da cantora, estarão no palco do Salão Mourisco os músicos Gilberto Oliveira (guitarra e arranjos), Cleômenes Junior (sax tenor e flauta transversa), Bruno Vargas (contrabaixo acústico), Mel Souza (piano) e Luke Faro (bateria), com a participação especial da escritora e poetisa Lilian Rocha.
Marguerite conta que o show, especial alusivo ao dia Internacional da Mulher, revisitará a década de 1960, “onde ser bossa era mole. Difícil, na vida e na música, era ter bossa e ser negra". Para ela, "a Bossa Nova é uma tentativa amorosa de desfazer este equívoco social que ainda persiste em algumas consciências, numa proposta musical que unifica estes corpos negros para que o público se sinta num mundo onde a sensação de opostos seja mais uma das tantas ilusões da humanidade”, explica.
O show "A Bossa Nova Negra" traz afinidades entre samba e jazz, em repertório de alta qualidade, mesclando os estilos urbanos com a africanidade nagô brasileira. “O repertório deste inédito show é o grande trunfo”, garante a jazzista.
Chapéu Acústico
O projeto acontece desde 29 de setembro de 2016, na BPE, com produção de Marcos Monteiro e já contou com mais de 180 apresentações, com artistas locais e estrangeiros, nos gêneros jazz, música popular, bossa nova e choro, trazendo novidades e músicos consagrados. A curadoria musical é de Ro Lopes.
Sobre a cantora
Marguerite Silva Santos é cantora Jazzista, bacharelanda em Música Popular (UFRGS), e professora de canto e práticas vocais. Natural de Porto Alegre, começou a estudar música ainda na infância, cantando na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes. Ao longo de sua carreira participou de diversos musicais e óperas, atuando em peças de Mozart, Bach, Puccini, George Gershwin, Andrew Lloyd Webber, entre outros. É idealizadora do Projeto Concerto Ébano e Marfim. Sua paixão é o Jazz mas por quatro anos cantou em harmonias das escolas de samba do carnaval de Porto Alegre e Rio de Janeiro. Com sua voz doce e marcante, Marguerite Silva Santos despontou no cenário musical gaúcho como uma das mais talentosas artistas da nova geração de cantoras do Sul. Elogiada por críticos, artistas e pelo público, Marguerite Silva Santos constrói sua carreira de forma sólida, pela força das raízes, junta cores e ritmos que unem o RS e a África Negra, desde que o jazz é jazz e une também o samba que é primo do jazz. Sua arte edifica o interesse de um território musical sem fronteiras, com o estilo próprio dela. Marguerite é uma cantora versátil e em seus repertórios estão presentes o Negro Spiritual, Jazz, R&B e o Samba, vertentes que compõem o pensamento musical negro.
Ficha Técnica do Show
Voz: Marguerite Silva Santos
Guitarra e Arranjos: Gilberto Oliveira
Piano: Mel Souza
Sax Tenor e Flauta Transversa: Cleômenes Junior
Contrabaixo Acústico: Gabriel Nunes
Bateria: Luke Faro
Serviço
O Quê: Chapéu Acústico “A Bossa Nova é Negra”, com Marguerite Silva Santos
Quando: 7/03
Horário: 19h
Onde: Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (Rua Riachuelo, 1190, Porto Alegre)
*Entrada livre, mediante contribuição espontânea. O número de vagas é limitado