A construção da nova sede do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MAC RS), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), está 90% concluída e já se encontra em fase final. Localizado na Rua Comendador Azevedo, no 4º Distrito de Porto Alegre, o prédio teve parte da obra comprometida pela enchente de maio de 2024, quando permaneceu 26 dias submerso. Como consequência, todo o pavimento precisou ser refeito.

Com a entrega do novo piso, a construção avança para os últimos estágios. Entre os serviços ainda pendentes estão a finalização das instalações elétricas, o revestimento e as divisórias de gesso, a instalação das esquadrias e forros, além da pintura e demais acabamentos.

Além dos progressos estruturais, a obra avança também na área externa, com a finalização do espelho d’água, a drenagem local e o início da implantação do jardim. No total, mais de R$ 5 milhões foram investidos pelo governo do Estado na construção do novo espaço.

Instalado em um galpão histórico revitalizado no 4º Distrito, o prédio tem projeto assinado pela AT Arquitetura. Em fase de conclusão, a nova sede possui uma área construída de 500 m², sendo 300 m² destinados à galeria principal. O jardim, com mais de 1.800 m², é um dos destaques do espaço e abriga dois bondes históricos restaurados e adaptados para atividades multiuso. Estar situado no 4º Distrito é parte do projeto de revitalização da região, que visa ampliar as oportunidades de lazer e cultura, especialmente para o público jovem, conectando a arte aos movimentos contemporâneos da sociedade.

A nova sede do MAC RS será inaugurada em agosto de 2025. A data foi anunciada pelo governador Eduardo Leite, em evento que celebrou o 33º aniversário da instituição. 

A estreia do novo espaço será com a exposição “Aí, Pareciam Eternas”, do artista Nuno Ramos, com curadoria de André Severo. A mostra propõe uma reflexão sobre a fragilidade humana diante da força devastadora da natureza. A programação do primeiro ano na nova sede terá como tema a sustentabilidade, com atividades educativas, de pesquisa, formação e residência artística.

Nuno Ramos, um dos primeiros artistas a incorporar obras ao acervo do MAC RS, tornou-se um nome emblemático na história do museu. Seu trabalho é reconhecido pela abordagem de temas como memória, ruína e política, utilizando materiais diversos como vidro, areia e fluidos.

*Sob supervisão de Camila Diesel