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“Cine Verão Tropical” terá encerramento com sessão de filme e visita mediada

Será a quinta e última exibição do documentário “Glauco do Brasil”

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Glauco Rodrigues   Tropicália jpg
Glauco Rodrigues - Tropicália - Foto: Divulgação - MARGS
Por Ascom | MARGS Edição: Silvia Martins | Ascom Sedac

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), realiza nesta quinta-feira (16), às 16h, a última sessão do documentário “Glauco do Brasil” (2015). A exibição do filme, dirigido por Zeca Brito, marca o encerramento do Programa Público “Cine Verão Tropical”, que integra a exposição “Glauco Rodrigues — Tropical”.

Antes do filme, às 15h30, haverá uma visita mediada à exposição com Cristina Barros, curadora-assistente do MARGS. Ela vai abordar a proposta curatorial e os trabalhos em exibição, que apresentam a produção de Glauco Rodrigues (1929-2004) desenvolvida a partir de 1960, em sua estadia no Rio de Janeiro. Na época o artista retomou a pintura figurativa e passou a abordar temáticas como a identidade brasileira.

A sessão e a visita mediada são abertas ao público e gratuitas. O auditório tem limite de 60 lugares, que serão ocupados por ordem de chegada. “Glauco do Brasil” tem duração de 90 minutos e classificação indicativa livre.

Ocupando duas salas do 2º andar do MARGS (Galeria Iberê Camargo e sala Oscar Boeira), a exposição “Glauco Rodrigues — Tropical” foi inaugurada em 20 de dezembro de 2022 e permanece em exibição até o próximo 16 de abril. A visitação é gratuita, de terça a domingo, das 10h às 19h (último acesso às 18h30).

Visitas mediadas para grupos podem ser agendadas pelo email educativo@margs.rs.gov.br.

 

O Filme 

O documentário “Glauco do Brasil”, de 2015, apresenta, a partir de entrevistas e arquivos, a trajetória de vida do pintor gaúcho Glauco Rodrigues. Acompanha as mudanças nas concepções artísticas de Glauco, partindo dos seus anos iniciais em Bagé até sua estadia no Rio de Janeiro. O filme inicia com um depoimento do artista, concedido ao diretor Zeca Brito, quando este possuía apenas 12 anos. Além de depoimentos do próprio artista, constam entrevistas com nomes de destaque no campo artístico, como Nicolas Bourriaud, Ferreira Gullar, Gilberto Chateaubriand, João Bosco, Luis Fernando Veríssimo, Camilla Amado e Frederico Morais. 

“Glauco do Brasil” 

Direção: Zeca Brito 
Roteiro: Zeca Brito 
Fotografia: Bruno Polidoro 
Montagem: Jardel Machado Hermes, Virginia Simone 
Música: Guilherme Gê, Felipe Puperi 
Produtor: Zuleika Borges Torrealba, Letícia Friedrich, Lourenço Sant’Anna, Frederico Ruas, Zeca Brito 
Produção: Anti Filmes, Boulevard Filmes, DaMaya 
Estreia: 2015 
Classificação: livre 
Duração: 90 min 

Zeca Brito 

Zeca Brito (1986) é cineasta. Atualmente, é diretor do Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul. Possui mestrado em Artes Visuais pela UFRGS, com ênfase em História, Teoria e Crítica, e graduação em Realização Audiovisual pela Unisinos e em Poéticas Visuais pela UFRGS. Dirigiu e roteirizou longas-metragens como “O Guri” (Canal Brasil), “Glauco do Brasil” (Canal Brasil), “Em 97 Era Assim” (Canal Brasil), “A vida Extra-Ordinaria de Tarso de Castro” (Canal Brasil), “Grupo de Bagé” (Canal Curta!), “Legalidade” (Telecine Cult) e “Trinta Povos” (Canal Curta!) 

Cristina Barros 

É pesquisadora, educadora e possui experiência com curadoria no campo das artes visuais. Bacharela em História da Arte pelo Instituto de Artes da UFRGS (2021). Entre 2018 e 2020, foi estagiária do Núcleo Educativo e de Programa Público e do Núcleo de Curadoria do MARGS. Integrou a equipe do Programa Educativo da Bienal do Mercosul em suas duas últimas edições, em 2020 e em 2022. E, paralelamente, coordenou equipes educativas em exposições de curta duração apresentadas no Farol Santander Porto Alegre entre 2020 e 2021. É uma das representantes do Brasil na Red-LEHA (Red Latinoamericana de Estudiantes de Historia del Arte). Foi uma das curadoras e idealizadoras do projeto Mulheres nos Acervos (2018-2021). É curadora-assistente do MARGS desde 2022, coordenando também o Programa Público e o Núcleo de Comunicação e Design do Museu. 

A Exposição 

Artista nascido em Bagé, Glauco Rodrigues (1929–2004) ficou notabilizado pela sua atuação nas importantes realizações do denominado “Grupo de Bagé” e dos Clubes de Gravura criados nos anos 1950. Assim, seu nome costuma figurar junto aos de artistas como Glênio Bianchetti, Danúbio Gonçalves e Carlos Scliar. 

Esse Glauco relacionado à representação do homem e das paisagens do campo, do trabalho rural da pecuária e dos tipos e costumes regionais — ligado, portanto, ao gaúcho e à cultura campeira sulina — foi desde então bastante celebrado. Inclusive pelo MARGS, como atesta a história das exposições do Museu. 

Depois de partir, no final dos anos 1950, para experiências no Brasil e na Europa, fixando-se a seguir no Rio de Janeiro, Glauco dá um direcionamento ao seu trabalho em que passa a fazer da história e da cultura brasileiras o maior interesse e tema privilegiado de sua produção. 

A exposição enfoca esse “Glauco tropical”, que surge nos anos 1960, explorando os temas de uma identidade brasileira vivenciados a partir da experiência carioca. 

Com seu inconfundível grafismo e colorido na figuração de acento pop, são obras nas quais Glauco explora fatos, estereótipos, tipos e complexidades da história e da cultura brasileiras, de forma crítica e analítica. 

A mostra apresenta uma seleção de 49 obras do Acervo Artístico do MARGS, onde o artista está representado por mais de 300 trabalhos. A maior parte foi adquirida em 2018, com a generosa doação de Norma de Estellita Pessôa, viúva de Glauco. Desde então, essas obras foram sendo submetidas a processos de restauração, possibilitando agora que estejam em condições de exibição para esta que é uma primeira apreciação pública do conjunto, a partir de um recorte temático e que cobre um período dos anos 1960 a 90. 

Com curadoria de Francisco Dalcol, diretor-curador do MARGS, e Cristina Barros, curadora-assistente do MARGS, “Glauco Rodrigues — Tropical” integra 2 programas expositivos em operação no Museu que são aqui interligados: “Histórias ausentes”, voltado a resgates e revisões históricas, e “História do MARGS como história das exposições”, que aborda a história institucional do Museu. 

 

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