Até o dia 28 de fevereiro quem visitar o Memorial do Rio Grande do Sul vai se deparar com imagens e documentos que ajudam a entender a nossa relação com a água e com a terra. Durante a visita é possível recordar, por exemplo, as celebrações do antigo pacto entre pessoas e seus protetores nas travessias e, também, a saga dos imigrantes e dos índios. Percorrer a exposição é como aproveitar as lições de uma aula de história.

Confira abaixo alguns destaques de fevereiro

• Sepé Tiarajú: o cacique Sepé foi morto em 7 de fevereiro de 1756, ao final da Guerra Guaranítica, conflito armado nas Missões entre os índios Guarani e as tropas europeias que vieram expulsá-los em decorrência do acordo entre portugueses e espanhóis, no Tratado de Madrid. Para ilustrar o tema, se buscou documentos que registraram, ao longo do tempo, a perseguição aos índios e sua gradativa perda de espaço na terra em que sempre viveram.

• Imigrantes no RS: em 21 de fevereiro de 1874 chegou a primeira leva de italianos ao Estado. A exposição apresenta documentos e imagens que retratam as dificuldades nas hospedarias que os acolhiam na chegada, bem como os registros que lhes garantiam a posse das terras nas localidades designadas. Destaque, ainda, para homenagem ao renomado fotógrafo italiano Virgilio Calegari, com trabalhos que retratam aspectos do poder, como o de Julio de Castilhos, o homem que configurou a república riograndense, e espaços internos do Palácio Piratini.

• Devoção à Nossa Senhora dos Navegantes: dia 2 de fevereiro, parte significativa da população das cidades cercadas por mares, rios ou lagoas acompanha a procissão. Uma tradição que, mesmo transformada, persiste no sincretismo religioso. Na mesma data, o orixá feminino Iemanjá também é homenageado.

A exposição ocorre durante todo o ano, no 1º andar do Memorial (Rua 7 de setembro, 1020, PoA – das 10h às 18h) e apresenta temas, imagens e documentos relacionados a cada mês. A pesquisa de fevereiro, com base no acervo do Arquivo Histórico, foi realizada pela historiógrafa Rejane Penna, pela arquivista Vivian Eiko Fujisawa e pelos estagiários do curso de História da Universidade Luterana, Carlos Eduardo Pereira e Alan Ricardo Pereira.