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Chama Crioula é acesa no Palácio Piratini marcando o início dos Festejos Farroupilhas no RS

Atividades de 20 Setembro serão atípicas neste ano devido às enchentes recentes

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PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 14.09.2023 - Acendimento da Chama Crioula no Palácio Piratini, início das comemorações da Semana Farroupilha. Fotos: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
Acendimento da Chama Crioula no Palácio Piratini, marca o início das comemorações da Semana Farroupilha - Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
Por Silvia Martins | Ascom Sedac

Símbolo da coragem, da união dos povos e do amor do gaúcho pela sua terra, a Chama Crioula foi acesa pelo governador Eduardo Leite na manhã desta quinta-feira (14) no saguão do Palácio Piratini, em Porto Alegre. O ato marca o início das atividades da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul, que serão atípicas devido às enchentes recentes que assolaram o Estado.

Durante a cerimônia, a patrona dos festejos Farroupilhas, Maria Luiza Benitez, entregou a centelha ao governador ao som do Toque do Clarim da Vitória, que então acendeu o candeeiro crioulo. A chama foi gerada em agosto deste ano, em Cristal, no Parque Histórico General Bento Gonçalves, e foi transportada por cavaleiros que percorreram as 30 regiões tradicionalistas do Estado.

PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 14.09.2023 - Acendimento da Chama Crioula no Palácio Piratini, início das comemorações da Semana Farroupilha. Fotos: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
A chama, gerada em agosto em Cristal, foi transportada por cavaleiros que percorreram as 30 regiões tradicionalistas - Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

As celebrações deste ano têm como destaque o "Centenário da Revolução de 1923", o último conflito armado entre os povos do Rio Grande do Sul. Essa revolução não se limitou apenas à luta entre chimangos e maragatos, mas abrangeu uma série de questões complexas. Suas raízes estão ligadas às mudanças ocorridas no pós-Primeira Guerra Mundial, bem como às particularidades políticas, econômicas, sociais e culturais do Brasil e do Rio Grande do Sul.

De acordo com o governador Eduardo Leite, neste momento difícil pelo qual o Rio Grande do Sul está passando, celebrar a luta passada e a cultura gaúcha é uma inspiração para enfrentar as lutas dos tempos atuais. "Ao acender essa chama, prestamos uma homenagem aos nossos predecessores que batalharam por um ideal. As batalhas de hoje são diferentes, mas recordamos a determinação daqueles que vieram antes de nós, para que não nos deixemos abater pelas dificuldades, para que persistamos e, com a imensa solidariedade do povo gaúcho, unamos as mãos e enfrentemos os problemas", declarou.

A secretária da Cultura, Beatriz Araújo, afirmou que o ato de acender a chama é sempre um momento simbólico importante para o Estado e, nas circunstâncias atuais, torna-se ainda mais relevante. "A chama representa a união dos gaúchos e, especialmente neste momento difícil, em que estamos enfrentando desafios climáticos e muitas pessoas necessitam de ajuda, a chama serve como um estímulo para que tenhamos a força necessária para lutar por todos e trabalhar pelo nosso Estado", ressaltou.

A  secretária adjunta da Cultura e presidente da Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas, Gabriella Meindrad, enfatizou que "o tema dos Festejos Farroupilhas deste ano é o Centenário da Revolução de 1923 e a identidade visual que marca as celebrações traz um significado importante. Os lenços branco e vermelho, que representam os polos opostos do conflito histórico entre chimangos e maragatos, aparecem entrelaçados, simbolizando uma aproximação possível, acima de quaisquer diferenças, sejam políticas, econômicas, sociais ou culturais". Ela ainda acrescentou que neste momento difícil que o RS enfrenta, em razão dos eventos climáticos, "a história, os valores e as tradições que compartilhamos como povo nos aproximam e ajudam a fortalecer ainda mais os laços de solidariedade e de cooperação que cultivamos. A sociedade gaúcha mais uma vez está mostrando a sua força e queremos celebrar o que nos une, em um ambiente de paz, respeito e fraternidade", disse Gabriella.

Também participaram da cerimônia a presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), Ilva Maria Borba Goulart, o coordenador da 1ª Região Tradicionalista, Luiz Henrique Petersen Lamaison, oito cavalarianos do Grupo Sentinelas da Chama da 1ª RT, a 1ª Prenda do RS, Anna Júlia dos Santos Fraga, e o vice-presidente da Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha, Edson da Silva Fagundes, entre outras autoridades.

A Chama Crioula

A tradição da Chama Crioula teve início em 7 de setembro de 1947 e, em 2023, completou 74 edições desde sua criação. Os tradicionalistas Paixão Cortes, Cyro Ferreira e Fernando Vieira foram responsáveis por retirar uma centelha do fogo simbólico da pátria e acender o primeiro candeeiro crioulo em Porto Alegre, representando a história, a tradição e a alma da sociedade gaúcha. Ao redor da chama, é construído um ambiente de reverência ao passado, culto aos feitos e fatos, e reflexão sobre a sociedade.

A chama deste ano foi gerada e distribuída em 19 de agosto, no Parque Bento Gonçalves, em Cristal, que recebeu cerca de 2,5 mil pessoas, incluindo autoridades, tradicionalistas e ativistas culturais. A chama foi transportada por cavaleiros que percorreram as 30 regiões tradicionalistas do Estado.

Após a solenidade protocolar no Palácio Piratini, a chama seguiu para a Assembleia Legislativa e demais órgãos e entidades que estão no roteiro da distribuição.

PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 14.09.2023 - Acendimento da Chama Crioula no Palácio Piratini, início das comemorações da Semana Farroupilha. Fotos: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
A cerimônia, que inicia as atividades da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul, ocorreu no Palácio Piratini - Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

Festejos Farroupilhas 2023

Outras informações sobre os Festejos Farroupilhas, que contam com a colaboração do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, estão disponíveis no site da Sedac, na página Festejos Farroupilhas 2023.

Desfile de 20 de Setembro

O Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) e a 1ª Região Tradicionalista (1ª RT) emitiram um comunicado, nesta quarta-feira (13), em que informam que o tradicional desfile de 20 de setembro não será realizado neste ano em Porto Alegre, em decorrência das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul nos últimos dias. A ideia, construída em conjunto com a Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas, é de realização de Cavalgadas Solidárias descentralizadas. Serão arrecadados materiais para atender às demandas dos municípios atingidos, como itens de higiene e limpeza, roupas íntimas e roupas de cama.

 

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