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Marsul promove atividade educativa virtual com artefato arqueológico em 3D

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Objeto de aproximadamente 5 mil anos tem sua origem ligada aos grupos de Tradição Umbu
Tecnologia 3D permite que a ponta de projétil possa ser estudada por todos os ângulos - Foto: Antonio Soares | Marsul

Ariel Lopes | Ascom Sedac

A tecnologia pode ser uma grande aliada para aproximar uma população de sua história. Pensando nisso, o Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), disponibilizou uma atividade virtual de Educação Patrimonial sobre um artefato arqueológico com cerca de 5 mil anos de existência.

O projeto, intitulado “Território, um espaço de memória”, traz a possibilidade de examinar o objeto de todos os ângulos, por meio da sua digitalização em 3D.

A atividade, idealizada pelo estagiário do Marsul, o estudante de História Felipe Rangel, é voltada para alunos do ensino fundamental. A proposta é que, por meio da observação da peça, passando por suas origens e funções, as crianças possam pensar sobre os territórios e as histórias que eles carregam, bem como refletir sobre a forma com que as pessoas ocupam o espaço onde vivem. Para acessar o trabalho, clique aqui.

Conforme conta o diretor do Marsul, Antonio Soares, o período de quarentena evidenciou a necessidade de divulgar os conhecimentos produzidos sobre o acervo nos meios digitais. “Vimos nas ações educativas um instrumento de extrema importância para estabelecer uma comunicação do museu, que é uma instituição de pesquisa científica, com o público, pois é através de uma linguagem mais didática que podemos aproximar o conhecimento acadêmico ao universo escolar”, contou.

A peça

O objeto de estudo é uma ponta de projétil, encontrada no sítio arqueológico Cerrito Dalpiaz, na cidade de Maquiné. Sua origem remete aos grupos de Tradição Umbu, os primeiros habitantes do Rio Grande do Sul, que viviam de forma nômade em áreas de vegetação não muito fechada. Sua principal característica é a produção de peças líticas, como a peça da atividade.

Atualmente, o lar da ponta de projétil é o Marsul, que foi o responsável por sua digitalização, junto com o designer gráfico Cícero Moraes, usando a técnica de fotogametria (produção de várias fotografias em diversos ângulos para reconstruir digitalmente um objeto). O Marsul e o designer repetem a parceria iniciada em fevereiro, com a reconstrução facial forense do “Zé”, um esqueleto de indivíduo associado a um sítio arqueológico datado de aproximadamente 5 mil anos, associado ao mesmo sítio arqueológico.

“Como diretor, vejo que esse tipo de atividade demonstra a importância das instituições de salvaguarda de acervos arqueológicos. Por meio de atividades educativas, podemos produzir conhecimento sobre esses objetos que, no caso do Marsul, contam a história das primeiras ocupações humanas nessa parte do planeta”, enfatiza o diretor.

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Objeto de aproximadamente 5 mil anos tem sua origem ligada aos grupos de Tradição Umbu
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