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Pesquisa inédita sobre economia criativa no RS é divulgada nesta terça-feira

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Secretária Beatriz Araujo abriu a agenda ao lado de Marcelo Alves, secretário adjunto da Seplag.
Secretária Beatriz Araujo abriu a agenda ao lado de Marcelo Alves, secretário adjunto da Seplag.
Uma pesquisa inédita sobre o cenário da economia criativa no Estado foi apresentada na tarde desta terça-feira (10), na Casa de Cultura Mario Quintana. A secretária da Cultura, Beatriz Araujo, e o secretário adjunto da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), Marcelo Alves, deram às boas-vindas aos convidados e imprensa. O estudo foi elaborado por pesquisadores do Departamento de Economia e Estatística (DEE/Seplag) e é resultado de uma parceria entre a Seplag e a Secretaria da Cultura (Sedac), com o objetivo de compreender melhor as características e as potencialidades deste segmento no Estado e situá-lo no contexto do mercado nacional.
Evento foi destinado à imprensa e convidados
Evento foi destinado à imprensa e convidados - Foto: Rafael Varela
 
Responsáveis por 4,1% da força de trabalho no Rio Grande do Sul, setores vinculados à cultura, criatividade, conhecimento e inovação geram mais empregos que segmentos tradicionais da economia gaúcha. O estudo, inédito, mostra que são mais de 130 mil os empregos formais neste segmento. O contingente é superior, por exemplo, aos postos de trabalho gerados na indústria calçadista ou pelo setor automobilístico e se aproxima, inclusive, de áreas com alto poder de geração de vagas, como é o caso da construção civil. Atualmente, o RS registra também mais de 48 mil microempreendedores individuais que atuam em áreas como publicidade, artes visuais, ensino da cultura, design e moda, entre outras atividades.
 
Secretário adjunto da Seplag, Marcelo Alves
Secretário adjunto da Seplag, Marcelo Alves - Foto: Rafael Varela
A divulgação de indicadores é um dos eixos do RS Criativo, programa da Sedac, em parceria com o Ministério da Cidadania, que busca potencializar a economia criativa. "Desta maneira, teremos melhores condições de estimular novos investimentos e estruturar projetos que possam disseminar as diferentes cadeias produtivas deste setor, assim como orientar cursos de capacitação e abrir novos mercados", destacou a secretária Beatriz Araujo. Um dos responsáveis pelo trabalho é o pesquisador Tarso Núñez. Para apurar os indicadores de emprego no período entre 2006 e 2017, ele valeu-se da análise dos vínculos de emprego na base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do cadastro de empresas junto ao IBGE e do Portal do Empreendedor do Ministério da Economia. A pesquisa na íntegra você confere clicando aqui .
 
Cenário nacional
 
De acordo com a pesquisa, o RS aparece na quarta posição no ranking nacional tanto em termos de empregos formais, como de empreendimentos registrados. Dos quase dois milhões de brasileiros com emprego formal na economia criativa, os gaúchos respondem por 6,5% (130.079 postos ao final de 2017), ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O cenário tem uma pequena variação, quando se compara a relação de empreendimentos: dos 342 mil do Brasil, o RS reunia 27.645 (8,1%).
 
Empregos na crise
 
Um aspecto importante apontado pelo estudo é que a economia criativa não ficou imune à recessão que o país enfrentou a partir de 2014. Houve uma sensível redução em empregos formais neste período, porém, o RS conseguiu manter, ao menos, um patamar muito próximo de 2009, quando o setor dava os primeiros passos de efetivo crescimento. No período focado na pesquisa (2006 – 2017), pelos menos três setores tiveram crescimento exponencial: publicidade (151,6%), ensino da cultura (142,4%) e telecomunicações (111,6%).
 
Micros
 
O crescimento do ramo publicitário se revela também em uma faceta muito presente quando o assunto é a atividade de criação. Dos 48.148 microempreendedores individuais (MEIs) registrados em 2019 e atuando no segmento, a publicidade responde por um terço do total (18.466). Na sequência, aparecem profissionais com MEI atuando em artes visuais e performáticas (9.786), ensino da cultura (4.541) e na arquitetura, design e moda (4.179).
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