MARGS realiza sessões coletivas de escuta da obra “Cavidades”
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O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), realizará no sábado, (07), sessões coletivas de escuta da obra "Cavidades", que faz parte da exposição "Camila Proto - TERRALÍNGUA".
A atividade será conduzida pela artista Camila Proto em quatro horários: 10h30, 11h25, 13h45 e 14h30. Cada sessão terá duração de 45 minutos e ocorrerá no Terraço do MARGS. Os participantes deverão trazer seus próprios celulares e fones de ouvido, pois a escuta será realizada em colchonetes com fones de ouvido. Após a escuta, haverá rodas de conversa com a artista para troca de percepções. A atividade é gratuita e destinada a maiores de 16 anos, mediante inscrição prévia pelo formulário.
A exposição "Camila Proto - TERRALÍNGUA" está em exibição no 1º andar do MARGS até 08 de outubro. A visitação é gratuita de terça a domingo, das 10h às 19h, com último acesso às 18h. Grupos e escolas podem agendar visitas mediadas pelo e-mail educativo@margs.rs.gov.br.
A obra
A obra "Cavidades" é uma instalação interativa que convida o público a fazer uma viagem sonora pelos corpos. A peça sonora foi produzida por Camila Proto, Angelo Wolf e Kayan Guter no Estúdio Carolina (RJ).
Ao sentar-se na cadeira acolchoada, as caixas de som emitem uma instrução inicial, sugerindo que imaginemos um microfone ficcional entrando em nossa garganta e amplificando os sons das cinco cavidades do nosso corpo: torácica, abdominal, pélvica, dorsal e cerebral.
Durante a escuta, ouvimos frequências, timbres e ressonâncias, estabelecendo uma tradução entre as materialidades, espaços e cavidades corporais e suas possíveis linguagens sonoras.
A própria peça sonora, gravada em estúdio, reflete sobre essa relação entre materialidade e som, capturando a sonoridade das ranhuras, espaços vazios e cavidades de instrumentos como violão, contrabaixo e pratos de bateria.
A artista
Camila Proto é uma artista e pesquisadora de Porto Alegre. Ela trabalha na interseção entre ficção, palavra e som, propondo traduções e escutas do mundo. Atualmente, é doutoranda em Artes Visuais pela UFRJ e foi indicada ao XIII Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria "Artista em início de carreira". Entre suas participações em exposições, destacam-se o Prêmio de Arte Contemporânea da Aliança Francesa, o Festival Novas Frequências, a exposição internacional "ComCiência", o Circuito Latino-Americano de Arte Contemporânea e a exposição "Abre-Alas 18" na Galeria A Gentil Carioca.
A exposição
Com curadoria de Diego Hasse, a exposição individual "Camila Proto - TERRALÍNGUA" apresenta uma visão geral da produção artística recente de Camila Proto, destacando obras inéditas ou com novas versões. A pesquisa da artista envolve a articulação entre elementos visuais e sonoros, por meio de instalações tecnológicas, interativas e imersivas que utilizam diversas mídias e suportes.
A exposição "Camila Proto - TERRALÍNGUA" faz parte do programa expositivo "Poéticas do agora" do MARGS, que destaca artistas contemporâneos cujas pesquisas em poéticas visuais têm se mostrado promissoras e relevantes. A exposição também faz parte da programação comemorativa do aniversário de 70 anos do MARGS, a ser celebrado em 27 de julho de 2024.
Nas práticas artísticas e investigações poéticas de Camila Proto, a ciência é convocada para o campo da imaginação e especulação, explorando as relações formativas, inventivas e de tradução entre o mundo e a linguagem. A artista cria situações ficcionais que nos convidam a imaginar como a palavra e o som podem criar geografias e como podemos traduzir as escritas não-humanas feitas pela Terra. O título da mostra, "TERRALÍNGUA", já indica essa correlação ao unir as palavras "terra" e "língua".
Serviço
Sessões coletivas de escuta da obra "Cavidades" - exposição "Camila Proto - TERRALÍNGUA"
Data: 07/10
Horários: 10h30, 11h25, 13h45 e 14h30
Local: Terraço do MARGS, Praça da Alfândega, s/n°, Centro Histórico, Porto Alegre