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Lançamento de catálogo encerra exposição que marcou reabertura do MARGS após a enchente

Com 252 páginas e ilustrado por imagens e obras, publicação registra exposição que narra a jornada do Museu na enchente de 2024

Publicação:

Foto do Margs
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul é o principal museu de arte do Estado - Foto: Solange Brum/Ascom Sedac
Por ASCOM MARGS

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição da Secretaria de Estado da Cultura do RS (Sedac), com patrocínio do Banrisul, apresenta o lançamento do catálogo da exposição “Post scriptum – Um museu como memória”. Será no dia 08 de março, sábado, das 10h às 12h, marcando também o final da mostra, que se encerra no domingo.

Durante a manhã de lançamento — que será um momento de encontro e compartilhamentos entre a equipe do MARGS e o público —, a publicação estará sendo distribuída gratuitamente aos participantes. Após o evento, os exemplares estarão à venda por R$ 65,00.

Com 252 páginas e realização própria pelo MARGS, o catálogo é fartamente ilustrado por obras, conteúdos e imagens da exposição que marcou a reabertura do Museu em dezembro de 2024, sete meses após a enchente e a inundação de seu andar térreo.

Post scriptum — Um museu como memória” narra a jornada enfrentada pelo MARGS na enchente de 2024, no maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul, proporcionando um contexto para se reportar as medidas preventivas, o impacto dos danos e as ações de recuperação. Apresentando obras de arte, conteúdos históricos e documentação (fotografias, vídeos e objetos, a maior parte inédita), a exposição ocupa o 1º andar expositivo do MARGS, organizada em cinco seções.

Contendo também textos críticos, infográficos e imagens e conteúdos de pesquisa histórica, a publicação documenta toda a mostra, ampliando-a em conteúdos ao trazer as proposições artísticas e as atividades de seu programa público.

Assim, o catálogo dá continuidade à linha adotada pelo atual programa editorial do MARGS, voltado à produção de publicações relacionadas aos projetos curatoriais, educativos e às pesquisas desenvolvidas pelo Museu.

Nas palavras do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol:

E no caso da exposição “Post scriptum — Um museu como memória”, que foi concebida também como modo de oferecer uma contribuição para o processo de constituição de memória sobre a enchente de 2024, este catálogo assume ainda maior importância na participação da construção da nossa memória social”.

O CATÁLOGO

Post scriptum – Um museu como memória”
(252 páginas, 23,5 cm x 17,5 cm, 2025, ISBN 978-65-86257-11-3)

EDITOR
Francisco Dalcol

COORDENAÇÃO E PRODUÇÃO EDITORIAL
Cristina Barros, curadora-assistente MARGS
Natália Lehmen de Moraes, Núcleo de Comunicação e Design MARGS

TEXTOS
Francisco Dalcol, Cristina Barros, Natália Lehmen de Moraes

REVISÃO
Aline Chaves, Núcleo Educativo
Carla Batista e Raul Holtz, Núcleo de Acervos e Pesquisa

PROJETO GRÁFICO
Laura Caetano, Núcleo de Comunicação e Design MARGS

IMAGENS
Leo Caobelli, Alan Mendonça, Anderson Astor, Giovani Borba, Henri Saltz e Rafa Ferreti, Fábio Del Re e Carlos Stein, Francisco Dalcol, Isabela Giongo, Marcelo Curia, Raul Holtz

A EXPOSIÇÃO

Sete meses após o fechamento em virtude da enchente de maio de 2024 em Porto Alegre, que manteve a Praça da Alfândega inundada por mais de 3 semanas, o MARGS reabriu ao público em 06.12.2024 apresentando uma exposição concebida especialmente para marcar o retorno. Intitulada “Post scriptum — Um museu como memória”, a mostra aborda a inundação do térreo do prédio do Museu, narrando a jornada enfrentada pelo MARGS no maior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. Assim, proporciona um contexto para se reportar as medidas preventivas, o impacto dos danos e as ações de recuperação, atendendo ao interesse público e coletivo e cumprindo o objetivo institucional de oferecer uma circunstância de pensamento e reflexão.

Para isso, a exposição mobiliza e ativa uma ampla documentação com registros relacionados às consequências da enchente de 2024 no MARGS (fotografias, vídeos e objetos, a maior parte inédita), juntamente a conteúdos de caráter histórico (imagens de época e textos de pesquisa) relacionados aos aterramentos do Guaíba ao longo do tempo e às cheias históricas anteriores, como a de 1941, quando o prédio do Museu, então Delegacia Fiscal, também foi inundado em seu andar térreo.

Esse conteúdo é articulado em diálogo com obras do acervo do MARGS, incluindo itens afetados que já foram recuperados e são agora exibidos, juntamente a trabalhos de artistas convidados.

A exposição reúne centenas de trabalhos artísticos, objetos e imagens fotográficas. São apresentadas mais de 100 obras, de mais de 60 artistas.

Ocupando todo o 1º andar expositivo do Museu, a exposição é apresentada em 5 seções temáticas e conceituais, setorizadas conforme os espaços expositivos e pensadas de forma interligada:

1. A Praça e o MARGS — Relacionando obras e documentação, tem como tema a Praça da Alfândega e o prédio do MARGS. Aborda a enchente de 2024 que atingiu o Museu, os aterros do Guaíba ao longo do tempo e as enchentes anteriores, como a de 1941, que também inundou o edifício, quando no local funcionava a Delegacia Fiscal.

2. Imagens que nos olham — Propõe ao visitante explorar imaginários em obras do acervo do MARGS, a partir do repertório visual e simbólico relacionado à experiência da enchente. São reunidas imagens e objetos artísticos que invocam índices e elementos relacionados à água, à cidade e à ação do homem no ambiente natural.

3. Obras recuperadas — Reúne um conjunto de obras do acervo do MARGS que foram afetadas por água ou umidade e já estão recuperadas, dando uma amostra da diversidade e amplitude das coleções e dos trabalhos de restauração em andamento.

4. O inconsciente do Museu — Aborda a inundação no interior do térreo do prédio do MARGS, com imagens e vídeos documentais e com produções artísticas que documentam ou têm como cenário esse ambiente, em registros realizados antes e durante a enchente.

5. Laboratório de restauração — Compartilha com o público, como parte da exposição, uma amostra dos trabalhos de restabelecimento de obras afetadas realizados por restauradores que atuam no Museu, com demonstrações diante do público dos processos de recuperação.

Post scriptum” é uma expressão do latim que em português significa literalmente “pós-escrito”. É usada com a abreviação P.S. incluída ao final de cartas e correspondências, como um lembrete ou para destacar informações adicionais. Mas serve também para designar um escrito que se segue à conclusão de um livro, como um acréscimo.

Essa ideia contida em “post scriptum”— daquilo que pode ser dito após, em tempo — empresta sentido a esta exposição temática e memorialista, que reflete o compromisso do MARGS com a memória, aprofundando-o quando o próprio Museu é parte da circunstância histórica e de suas consequências.

Por isso, é também uma iniciativa de reação, concebida para a reabertura do MARGS ainda de modo parcial e no seu momento de recuperação, no momento em que o Museu se restabelece e vem sendo atualizado e repensado, durante as ações de reparo e qualificação que estão em andamento.

Concebida pelo diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, a exposição “Post scriptum — Um museu como memória” tem envolvimento de todos os setores e equipes do Museu em sua organização, além de colaboradores, artistas e fotógrafos convidados.

O PROGRAMA EDITORIAL

Com o programa editorial de publicações relacionadas aos projetos curatoriais, educativos e às pesquisas desenvolvidas pelo MARGS, o objetivo é documentar e difundir a produção de conhecimento gerada a partir da programação artística, da ação educativa e do programa público do Museu, privilegiando a circunstância de apresentação e de encontro com os trabalhos de arte.

Nesse sentido, os catálogos trazem não apenas os textos e as obras da exposição, como a fortuna visual composta pelos registros fotográficos que documentam as configurações do espaço expositivo, os quais são indicativos das operações artísticas e curatoriais e da experiência advinda dos agrupamentos e das relações estabelecidas entre as obras.

Nas palavras de Francisco Dalcol, diretor-curador do MARGS e editor do Programa Editorial:

“Interesse privilegiado da História das Exposições, campo de conhecimento que se volta à circunstância pública de apresentação da arte e de contato entre obra e público, os catálogos relacionados às exposições são fundamentais para a constituição da memória dos eventos artísticos, participando da construção dos discursos e das narrativas artísticas e dos campos da teoria, da crítica e da história da arte.

SERVIÇO

Lançamento do catálogo da exposição “Post scriptum – Um museu como memória”
Quando: 08.03.2025, das 10h às 12h
Onde: MARGS (Praça da Alfândega, s/n°, Centro Histórico — Porto Alegre, RS)
Catálogo: estará sendo distribuído durante o evento para os participantes. Após, estará à venda por R$ 65,00

Exposição “Post scriptum – Um museu como memória”
Visitação: 06.12.2024 a 09.03.2025, de terça a domingo, das 10h às 19h (último acesso 18h), gratuito, 1º andar MARGS (Praça da Alfândega, s/n°, Centro Histórico — Porto Alegre, RS)

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