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Série O MÉTODO em sessões on-line nas redes sociais da Cinemateca Paulo Amorim e Iecine RS

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Documentarista Carlos Nader conduz os quatro episódios da série
Documentarista Carlos Nader conduz os quatro episódios da série - Foto: Pedro Rocha
Por MÔNIKA KANITZ - ASCOM CINEMATECA PAULO AMORIM

A minissérie documental O MÉTODO, dirigida pela cineasta Liliana Sulzbach, ganha exibições neste final de semana pelas redes sociais (Facebook e Instagram) da Cinemateca Paulo Amorim e ( Facebook e  Instagram) do Iecine-RS, instituições da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). Os quatro episódios ficarão disponíveis ao público por meio da plataforma Tamanduá TV em um link gratuito, aberto das 0h de sábado (dia 3 de julho) até às 10h de segunda-feira (dia 5). Este período de sessão on-line é um retorno institucional da produção, já que O MÉTODO contou com recursos do Pró-Cultura RS e Fundo Setorial do Audiovisual para sua realização. A estreia foi em maio, no canal Curta, da TV à cabo.

A proposta da série é refletir sobre conceitos fundamentais na construção de um filme documentário, como realidade, linguagem, ética, história e a relação do autor com a sua obra. Quem conduz os quatro episódios é o documentarista Carlos Nader, um dos realizadores mais reconhecidos e premiados da cinematografia brasileira e autor de filmes como “A Paixão de JL” (2015) e “Homem Comum” (2014).

A partir da sua relação com o mestre Eduardo Coutinho, considerado o pai do documentário brasileiro, Nader fala sobre o seu método de trabalho e também analisa a importância do documentário e suas muitas possibilidades narrativas, inclusive analisando as obras de terceiros. Entre as abordagens estão a intersecção entre a realidade e ficção no cinema dos irmãos Lumiére e Robert Flaherty, a presença do autor nos filmes de Chris Marker e as ferramentas da produção de Eduardo Coutinho. 

Depoimentos de Bill Nichols sobre ética e história, de Glenn Greenwald sobre o caráter investigativo de seu trabalho e de Eduardo Coutinho sobre o rigor de seu cinema baseado em entrevistas também amplificam a discussão.

Segundo a diretora Liliana Sulzbach, “não se trata de discutir as fronteiras do documentário, mas conceder a ele justamente o espaço limítrofe entre a realidade e a ficção, de colocar o gênero numa zona de risco, onde as questões não estão definidas, mas onde é possível ter uma experiência mais enriquecedora”.

Um vasto material de arquivo complementa as entrevistas e exemplifica as possibilidades e dificuldades que se apresentam quando os realizadores resolvem contar uma história real.

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