Conversa sobre os direitos da população trans reuniu Sedac e SJCDH na Lomba do Pinheiro
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POR RAFAELA POLLACCHINNI
Para marcar o Dia da Visibilidade Trans, nesta sexta-feira (29), a Secretaria da Cultura em parceria com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, promoveu um espaço de diálogo com os jovens do Centro da Juventude da Lomba do Pinheiro sobre os direitos da população trans. O evento faz parte da programação do Janeiro Lilás (Sedac), uma iniciativa que aborda temáticas de gênero, discriminação e resistência, em busca de mais visibilidade para as vivências das populações travesti e transexual.
A secretária Adjunta da Cultura, Gabriella Meindrad, e a equipe da SJCDH visitaram o Centro da Juventude e promoveram uma roda de conversa como uma complementação ao curso sobre Direitos Humanos, realizado para os jovens na semana passada. O curso foi promovido por Éderson Ferreira, consultor do Programa de Oportunidades e Direitos (POD), e teve como uma das pautas trabalhadas os direitos da população LGBT. No encontro de hoje, os jovens assistiram ao filme Alice Júnior, que aborda essa temática, para depois iniciar um momento de reflexão aberto ao diálogo.
A coordenadora de Diversidade Sexual da SJCDH, Gabriela Lorenzet, apontou a importância de promover o debate sobre a população trans e de manter a sociedade informada sobre a necessidade de proteger essas pessoas. “A média de vida de uma pessoa trans é de 35 anos. O Brasil ainda é o país que mais mata pessoas trans no mundo, e as políticas públicas devem ser construídas pensando nessa especificidade da população”, destacou Gabriela.

Entre os diversos assuntos abordados na conversa, a questão do acolhimento das pessoas trans nas empresas recebeu um destaque especial com a contribuição de Gabriella Meindrad. “Quando se fala em empresas, em relação à diversidade, com essas bandeiras, mais do que oportunizar que essas pessoas estejam no mercado de trabalho, é garantir a permanência delas. Então, tem todo um envolvimento e toda uma formação que deve ser feita no sentido de acolhimento a essas pessoas para que elas consigam se manter nesses espaços”, ressalta a secretária Adjunta da Cultura.
Com a realização de eventos que abordam temáticas sobre Direitos Humanos nos Centros da Juventude, é possível expandir o diálogo entre os jovens sobre o respeito à diversidade e sobre promover a empatia. Gabriella Meindrad ainda mencionou que “hoje, a nossa maior barreira é lutar contra a violência, é lutar contra esse ódio que existe”.