Após oito meses à frente do Teatro de Arena e do Instituto Estadual de Artes Cênicas (Ieacen), Gabriela Munhoz se despede da direção das duas instituições da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). Gabriela voltará sua atenção para novos desafios que surgiram em sua carreira de atriz.

Durante sua gestão, movimentou diversas ações, como o Mulher Negra na Arena 2021, evento que retomou, ainda em modo híbrido, a reabertura do Teatro de Arena, e buscou discutir, re?etir e ressaltar o protagonismo de mulheres negras, assim como no Mês da Consciência Negra, com programações diversas durante o mês de novembro de 2021. Pelo Ieacen, entre diversas ações, Gabriela desenvolveu uma rede de investigações através de seminários que propuseram refletir “de onde viemos e para onde vamos” com as artes cênicas no estado. O projeto aconteceu de modo híbrido e movimentou os três segmentos: teatro, dança e circo, envolvendo inúmeros profissionais e artistas.

Quem assume as duas instituições é o artista de teatro, empreendedor cultural, pesquisador e curador de artes cênicas Alexandre Vargas. Alexandre já faz parte do quadro de colaboradores da Sedac, atuando como assessor junto ao Sistema Estadual de Cultura (SEC). Neste período de transição, ambos trabalharam juntos na elaboração do Seminário de Festivais de Teatro do RS no Contexto Brasil.

Gabriela Munhoz

Atriz gaúcha formada na UniverCidade do Rio de Janeiro, onde residiu por 16 anos. Gestora de projetos nas áreas da Arte e do Entretenimento há mais de 20 anos. Estudante de filosofia e autoconhecimento, na pós-graduação pela PUC-RS. Em sua trajetória, apresenta uma extensa vivência como atriz em espetáculos teatrais, algumas experiências no cinema e na televisão (a mais atual em 2019, na novela Órfãos da Terra, obra premiada e vencedora do Emmy Internacional). Participa de um grupo de pesquisa em investigações na cena teatral chamado obediencia.art. , com artistas de diversas localidades.

Como gestora de projetos, produziu shows, eventos, festivais, ações de marketing, gastronomia e arte. É uma das idealizadoras do Ecossistema ator|atriz, uma proposta de debates para pensar o ofício do artista através de imersões on-line, projeto iniciado em meio à pandemia; idealizadora, também, de um quadro semanal de rádio chamado “Arte pra não artista”, da Rádio Independente (FM 91.7). Atuou frente ao relacionamento da Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre.

Alexandre Vargas

Há mais de três décadas desenvolve atividades relacionadas às artes cênicas, especialmente no teatro, atuando como criador, intérprete, diretor, pesquisador, gestor cultural e curador. É diretor artístico do Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre e colaborador em comissões de seleção e curadorias independentes para diversos festivais de artes cênicas do Brasil.

Alexandre é idealizador e coordenador da 1ª Bienal de Dramaturgia Qorpo Santo e criador do Centro de Pesquisa Teatral do Ator (CPTA). Também é um dos criadores e atual gestor do Sistema de Indicadores dos Festivais de Teatro do Brasil (SIFTB). Em 2017 criou o INTERCENA, um programa de internacionalização das artes cênicas do Rio Grande do Sul.

É representante da La Red de Promotores Culturais da América Latina e Caribe (Redelae) e integrante do Núcleo Gestor da Rede Brasileira de Festivais de Teatro. Tem atuado no mercado nacional e internacional como curador e programador nos Eventos de Mercados: Mercado das Indústrias Criativas do Brasil (MICBR), Mercado de Artes Performativas do Atlântico Sul ( M.A.P.A.S.) e em diversos festivais de teatro pelo Brasil e exterior. Entre os seus principais trabalhos de teatro está a Ópera Punch, e o espetáculo A Escrita de Borges. Em 2019, esteve à frente do RS Criativo, programa estratégico do governo do Estado que atua na promoção da economia criativa, época de implementação do Ciclo de Residência Criativa e das Caravanas do RS Criativo por todo o RS.