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Ieavi apresenta a exposição “Geografias Afetivas”

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A produção poética de Oendu de Mendonça é feita do hibridismo entre performance e outras manifestações artísticas - Foto: Arquivo Pessoal
Por Ascom | Ieavi | Edição: Silvia Martins - Ascom Sedac

A Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Artes Visuais (Ieavi), apresenta a exposição “Geografias Afetivas”, com abertura no dia 30/03, na Sala Augusto Meyer, 3º andar da Casa de Cultura Mario Quintana. Com curadoria de Mel Ferrari, a mostra investiga o diálogo entre território e indivíduo, reunindo obras de Oendu de Mendonça, Anna Ortega e Lia Braga.

A exposição é pensada em três tempos: o macro, quando investiga as relações de poder, de controle, de habitação e dominação; o micro, através do nosso olhar para o ambiente doméstico, tão vivenciado durante a quarentena; e o imaginado, construído por meio da subversão da forma. Oendu de Mendonça se debruça, em seu trabalho, sobre a disputa territorial vivenciada pelo povo Guarani na Região da Fronteira. Lia Braga, por outro lado, dá vida a espaços que existem dentro de si através da série de instalações Estruturas Contingentes, explorando as dicotomias entre a arte têxtil associada ao gênero, ao afeto e ao lar. Enquanto isso, Anna Ortega ressignifica o local da família a partir da obra “Não há mesa sem flores”, em que apresenta diferentes narrativas e memórias.

Artistes

Anna Ortega (Porto Alegre, 2000) é fotógrafa, artista visual e estudante de jornalismo na UFRGS. Olhando para o cotidiano atravessada pelo miúdo do afeto, da casa e da memória, tem pesquisado as imagens afetivas mobilizadas pelas avós. Desde 2019, desenvolve a pesquisa poética Não Há Casa Sem Flores, protagonizada por sua Mãe, Vó e Tia. Com este projeto, foi premiada com o 11º Diário Contemporâneo de Fotografia em 2020. Em 2021, publicou o zine O Carnaval é uma memória da minha vó, pelo selo Austral Edições e, em 2022, participou do CLAC (Circuito Latino-Americano de Arte Contemporânea), propondo atividades participativas e rodas de conversas sobre avós.

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Anna Ortega tem pesquisado as imagens afetivas mobilizadas pelas avós - Foto: Arquivo Pessoal

Lia Braga (Santa Maria, 1974), é bacharel em Artes Plásticas e mestre em Poéticas Visuais pela UFRGS. Em 2008, recebeu o Prêmio Aquisição na VIII Bienal do Recôncavo/BA. Participa regularmente de exposições coletivas em espaços culturais do RS e de outros estados. Dentre essas mostras salienta a participação na Bienal C (2015), as ocupações e intercâmbios Desvenda, a exposição Porto Negro (2016) e a Bienal Black Brazil (2020). No ano de 2020, foi selecionada para ocupação individual de espaço expositivo no Centro Histórico Cultural Santa Casa.

Oendu de Mendonça é trans não-binário. Cursa mestrado em Performances Culturais e pesquisa o tema da caminhada Guarani como método de luta pela T/terra e retomada de terras indígenas. Seu trabalho de conclusão resultou na exposição individual “YVY Ainda chamamos Brasil”, no Memorial do Rio Grande do Sul, instituição da Sedac. Sua produção poética é feita do hibridismo entre performance e outras manifestações artísticas, mantendo o exercício de construção de memória e identidade através do ritual como retomada da ancestralidade. Em 2017, realizou residência artística no Solar Instituto de Arquitetos do Brasil, o que culminou na sua primeira exposição individual, “Jardim Suspenso”, no mesmo local.

Exposição “Geografias Afetivas”

Curadoria: Mel Ferrari

Local: Instituto Estadual de Artes Visuais (Ieavi), Sala Augusto Meyer, 3° andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736. Centro Histórico, Porto Alegre)

Período: 30/03 a 01/05 

Horário: de segundas-feiras a domingos, das 10h às 18h

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