Hamlet para visibilizar os marginalizados
Livro será lançado nesta sexta (13/9) pelo diretor da Casa de Cultura Mario Quintana
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Por ANDRÉ FURTADO/ ASCOM CCMQ
O diretor da Casa de Cultura Mario Quintana e diretor artístico, Jessé Oliveira,e o Grupo Caixa-Preta lançam nesta sexta-feira (13/9), às 18h, o livro “Hamlet Sincrético – Em busca de um teatro negro ”, no Teatro Renascença (Av. Erico Veríssimo, 307 - Menino Deus), dentro da agenda do Porto Alegre em Cena. O livro traz mais de 50 textos de diversos autores, como Cuti (São Paulo), Evani Tavares (Salvador), Julio Moracen (Cuba), Wagner Carvalho (Alemanha), Cidinha da Silva, Hilton Cobra (Rio de Janeiro), Anna Camati (Curitiba) Luis Augusto Fischer, Baba Diba de Yemonja, Luciano Alabarse, Deivison Campos, Camila Bauer, Dilmar Messias, Tabajara Ruas e Camilo de Lélis.
Os textos enfocam os múltiplos aspectos da encenação do Grupo Caixa-Preta. Organizada por Jessé Oliveira e Vera Lopes, a publicação celebra os 14 anos de estreia do espetáculo homônimo de um dos grupos pioneiros do moderno teatro negro brasileiro. A obra apresenta ainda críticas de importantes artistas e pesquisadores do Brasil, além de fotos inéditas e depoimentos da equipe.
O espetáculo estreou em 2005, no 12° Porto Alegre em Cena, e foi um dos destaques do festival daquele ano. Dirigida por Jessé, a peça recebeu o Prêmio Açorianos de Melhor Espetáculo e de Melhor Trilha Sonora. Também foi agraciada com o Prêmio Florêncio de Melhor Espetáculo Estrangeiro, pela Associação de Críticos do Uruguai.
O Caixa-Preta reelaborou cenas da peça para compor “Sincrética Noite”. A performance terá duas apresentações hoje (13/9): às 18h e às 23h59min, na Sessão Maldita do festival. Participam da “Sincrética Noite” Adriana Rodrigues, Diego Nayá, Eder Rosa Juguero, Glau Barros, Juliano Barros, Leandro Daitx, Márcio Oliveira, Onã Abyasè, Vera Lopes e Wagner Madeira. O encerramento será com o DJ Gê Powers, uma das legendas da noite black porto-alegrense.
Capa do livro
“Hamlet Sincrético – Em busca de um teatro negro” é uma apropriação/adaptação criativa, tanto no sentido pós-colonialista do termo, como no sentido mais geral popularizado pelas teorias da recepção. Uma reescrita politizada que faz parte de um processo que valoriza a voz, a história e a identidade daqueles que foram explorados, marginalizados e silenciados por interesses e/ou ideologias dominantes.