Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Cultura

Início do conteúdo

Museu de Arte Contemporânea inaugura exposição “Ruídos Urbanos: no limiar da legalidade”

Mostra gratuita convida o público para uma experiência que ressoa com sons do cotidiano

Publicação:

A imagem é ambientada em uma praça, com brinquedos e gramado verde. No centro da imagem está um grupo de sete mulheres, sentadas em cadeiras brancas, com microfone e uma câmera.
Exposição celebra uma década do Coletivo Sopapo de Mulheres - Foto: Divulgação/Coletivo Sopapo de Mulheres
Por ascom macrs I edição: ascom sedac

O Ministério da Cultura (Minc) e a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul (MACRS), inauguram nesta terça-feira (15/10), às 18h, a exposição “Ruídos Urbanos: no limiar da legalidade”. A mostra, que celebra 10 anos de resistência, expressão e transformação do Coletivo Sopapo de Mulheres, propõe uma imersão sensorial que vai além da escuta. Com entrada gratuita, pode ser visitada até o dia 17 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10h às 19h, na Fotogaleria Virgílio Calegari, 7º andar da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ).

"Ruídos Urbanos" é um projeto experimental de radioarte, com origem nos bairros Cristal e Cruzeiro, de Porto Alegre. A série artística, composta de 13 programas, busca ampliar as discussões sobre temas como cárcere, remoções habitacionais, saúde da mulher, sexualidade, entre outras questões sociais. Transmitido pela rádio poste, a produção conduz o público por uma jornada através das sonoridades do cotidiano.  

Para Izis Abreu, curadora da exposição, o programa destaca a importância da radioarte como um meio para amplificar vozes marginalizadas. “O projeto, forjado nas margens sociais, ecoa a luta e a criatividade das mulheres periféricas, a maioria negras, e trabalhadoras da cultura, transformando vozes silenciadas em potentes agentes de mudança”, ressalta.

A mostra é composta por obras de arte sonoras, espectrogramas, fotografias e instalações. As peças convidam o espectador a compreender as dinâmicas de pertencimento, luta e liberdade que marcam as comunidades periféricas em diálogo direto com o corpo, a memória e o espaço público.

O título "no limiar da legalidade" remete à ideia de estar na fronteira entre o que é permitido pelas leis e normas estabelecidas, e o que é considerado contestador ou subversivo. Ele sugere uma situação de transição ou tensão, em que práticas artísticas e ações coletivas, como a rádio poste, operam em espaços ambíguos, muitas vezes desafiando ou ultrapassando os limites legais, mas sem romper completamente com eles. Isso ressalta a busca de emancipação por parte de comunidades periféricas, que criam alternativas e resistências dentro dessas margens de legalidade, subvertendo o status quo.

O público terá a oportunidade de participar, antes da abertura da mostra, do encontro “Conversas de Casa”. O bate-papo entre integrantes do Coletivo Sopapo de Mulheres e curadora tem o intuito de proporcionar um espaço para discussões sobre o projeto curatorial e sobre a criação do Coletivo Sopapo de Mulheres. A conversa ocorre às 16h desta terça-feira, na sala Romeu Grimaldi, 3º andar da CCMQ.

Serviço
Conversas de Casa, com Izis Abreu e Coletivo Sopapo de Mulheres
Quando: Terça-feira, 15 de outubro, às 16h
Onde: Sala Romeu Grimaldi, 3º andar da CCMQ
Abertura da Exposição “Ruídos Urbanos: no limiar da legalidade”
Quando: Terça-feira, 15 de outubro, às 18h
Onde: Fotogaleria Virgílio Calegari, 7º andar da CCMQ (Rua dos Andradas, 736 - Centro Histórico - Porto Alegre/RS)
Entrada gratuita
Visitação até dia 17 de novembro, de terça-feira a domingo, das 10h às 19h

Sobre o Coletivo Sopapo de Mulheres

Coletivo de Arte e Comunicação Popular formado por trabalhadoras e fomentadoras da cultura da Associação Cultural Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo. O Coletivo Sopapo de Mulheres iniciou-se em 2013, quando começou a protagonizar as artes visuais em diálogo com a rádio comunitária, estabelecendo um espaço seguro de escuta e partilha de entendimentos, fazeres e desejos norteadores dos processos criativos e coletivos. O grupo se dedica à expressão artística e comunicação livre de questões sociais e comunitárias, de enfrentamento às desigualdades e promoção de direitos humanos. Através da arte e da comunicação popular, se aproxima de outras iniciativas e movimentos na luta pelas rádios livres, software livre, democratização da cultura e equidade social, racial e de gênero em todas as instâncias. Atualmente, participam do Coletivo Cristina Rosa, Clarissa Silveira, Denise Flores e Diane Barros. Confira os programas que já foram ao ar em ruidosurbanospoa.wordpress.com

Secretaria da Cultura