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Ospa leva ao palco do Theatro São Pedro versão contemporânea da ópera “La Bohème”

Com ingressos à venda a partir desta quarta-feira (31/7), apresentações serão em 10 e 11 de agosto

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Dez pessoas do elenco estão em pé, todas vestidas de preto
A obra será interpretada por um grande elenco de solistas, apoiados pelos coros da Ospa - Foto: Leonel Jacques
Por Luiza Piffero / Ascom Ospa | Edição: Douglas Carvalho / Ascom Sedac

A ópera “La Bohème”, considerada a obra-prima de Giacomo Puccini, será apresentada pela Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). Serão duas récitas: nos dias 10 (sábado), às 20h, e 11 de agosto (domingo), às 18h, no Theatro São Pedro. A venda de ingressos inicia às 13h desta quarta-feira (31/7), pelo Sympla.

A nova montagem atualiza a história do século XIX, com cenários contemporâneos criados em parceria com o artista urbano porto-alegrense Celopax. A obra consagrada de Puccini, cujo centenário de morte é lembrado em 2024, será interpretada por um grande elenco de solistas apoiados pelos três coros da Ospa. Imortalizada na voz de Luciano Pavarotti, a fascinante história de amor é a ópera mais encenada em todo o mundo.

Inicialmente agendada para junho, “La Bohème” foi remarcada para agosto após a crise meteorológica que afetou o Estado. “Apesar da dificuldade que passamos nesses últimos meses, estamos muito felizes em retomar a programação. Alguns ajustes foram necessários, mas conseguimos manter essa ópera no calendário. Neste ano, o mundo da ópera celebra Puccini, e ‘La Bohème’ é o exemplo perfeito da importância dele para a história da ópera”, afirma o maestro Evandro Matté, que, além de conduzir a Orquestra a partir do fosso do teatro, também assina a direção musical do espetáculo. 

O elenco, liderado pela soprano Gabriella Pace e pelo tenor Lazlo Bonilla, é formado por cantores líricos que conquistaram o público nas últimas óperas da Orquestra, como “O Morcego” (2022), “I Pagliacci” (2023) e “Os Bacharéis” (2023).

“É um elenco dos sonhos, que reúne todas as credenciais vocais, cênicas e musicais necessárias para interpretar esse título tão especial para todos. A Gabriella, por exemplo, já fez muitas vezes ‘La Bohème’ como Musetta, mas essa será a primeira vez como Mimi”, pontua o diretor cênico do espetáculo, Flávio Leite, que também é responsável pela concepção da ópera. 

Além de oito solistas, os três conjuntos corais da Orquestra participam da montagem: o Coro Sinfônico, com 30 vozes, o Coro Infantojuvenil e o Coro Jovem da Escola da Ospa, estes representados por doze jovens cantores. Os coralistas participam do segundo e do terceiro atos, interpretando desde comerciantes até crianças em busca de presentes de Natal. 

Enredo e concepção

“La Bohème” é uma ópera em quatro atos com música de Giacomo Puccini (1858-1924) e libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa. Com enredo baseado no romance “Cenas da Vida Boêmia”, do francês Henry Murger, a obra estreou no Teatro Regio de Turim em 1º de fevereiro de 1896, sob a regência do famoso Arturo Toscanini. Uma das mais belas e trágicas histórias de amor do repertório operístico, “La Bohème” cativou o público de imediato e se tornou um exemplo da chamada “ópera proletária”, que prioriza personagens simples e situações cotidianas em detrimento de nobres, deuses e heróis que habitavam as produções líricas da época.

A história é originalmente situada no Quartier Latin de Paris, por volta de 1830. O bairro boêmio é palco de uma paixão ardente entre uma artesã (Mimi) e um poeta (Rodolfo). Subvertendo a concepção mais tradicional da obra, Flávio Leite traz a montagem para os dias de hoje. Os cantores vestem roupas modernas garimpadas em brechós e repaginadas pelo figurinista Daniel Lion. O cenário, construído pela arquiteta Yara Balboni, exibe grafites do artista urbano Marcelo Pax (Celopax), famoso por colorir as ruas de Porto Alegre com seus “monstros”.

No início do espetáculo, o público é apresentado a quatro estudantes de arte que dividem um apartamento precário e levam uma vida boêmia: o poeta Rodolfo, o pintor Marcello, o filósofo Colline e o músico Schaunard. Um deles, Rodolfo, apaixona-se por Mimi, mas o estado de saúde dela é frágil, o que coloca em risco o relacionamento. O público acompanha as idas e vindas do relacionamento durante quatro atos, até o trágico desfecho. “La Bohème” trata de amor, luto, doença, perda da inocência e amadurecimento. 

Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
“La Bohème” – Ópera de Giacomo Puccini
Quando: dias 10 (sábado), às 20h, e 11 de agosto (domingo), às 18h
Onde: Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/ nº, Centro Histórico, Porto Alegre)
Ingressos: R$ 120 (plateia), R$ 100 (camarote central), R$ 80 (camarote lateral) e R$ 35 (galeria)
Desconto de 50% para Amigo Ospa, idosos, doadores de sangue, pessoas com deficiência, estudantes, jovens até 15 anos e ID Jovem
Bilheteria on-line: a partir de 31/07
Bilheteria do Theatro São Pedro: dias 10 e 11 de agosto, 1h30 antes do início do espetáculo (abertura mediante a disponibilidade de ingressos)
Duração: aproximadamente 2h30
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos
Estacionamento do TSP: entrada pela Rua Riachuelo, 1.089. Valor único de R$ 18 em dias de espetáculo
O disponibiliza medidas de acessibilidade

Apresentação: Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
Regência e direção musical: Evandro Matté
Concepção e direção cênica: Flávio Leite
Elenco:
Mimi: Gabriella Pace
Rodolfo: Lazlo Bonilla
Marcello: Marcelo Ferreira
Musetta: Elisa Lopes
Colline: Daniel Germano
Schaunard: Guilherme Roman
Benoit/Alcindoro: Pedro Spohr
Parpignol: Adolfo Amaral
Sargento: Bruno Mezzomo
Vendedor: Felipe Bertol 
Garçons: Augusto Barreto e Isabel Schmitt
Solista do Coro Jovem: Cecília Teles Conceição
Participações especiais: Coro Sinfônico da Ospa, Coro Infantojuvenil e Coro Jovem da Escola da Ospa

Lei de Incentivo à Cultura
Patrocínio da Temporada Artística: Banrisul Corretora de Seguros, Banrisul, John Deere, Gerdau e Bazk
Apoio da Temporada Artística: Panvel, Trento, Sponchiado, Cavaletti, Unimed, Triel-HT, Intercity, Imobi e Blumenstrauss
Realização: Fundação Cultural Pablo Komlós, Fundação Ospa, Secretaria de Estado da Cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal – União e Reconstrução

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