Foi entregue à Secretaria da Cultura (Sedac), na tarde desta sexta-feira (30), o “Projeto de Restauração e Adequação do Museu Julio de Castilhos”. O projeto executivo integra o processo do PAC Cidades Históricas e é a última etapa antes da liberação da verba pelo Governo Federal para o lançamento do edital para execução das obras.

 

O restauro tem impacto nas duas edificações (museu e casa onde viveu Julio de Castilhos), no pátio, na infraestrutura, nos espaços de exposição e na reserva técnica . O valor total da obra é de R$ 9.627.024,94 (nove milhões, seiscentos e vinte e sete mil, vinte e quatro reais e noventa e quatro centavos) e a expectativa é que se possa lançar o edital em 2020.

 

Ao receber o projeto, a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, destacou a importância do ato para o governo do Estado. “Eu venho pra esse governo pra dar um gás a processos que estavam lentos. Por isso, vou estar muito presente para termos outras entregas como esta. Queremos e teremos um Museu Julio como ele merece ser no Século 21”, afirma a secretária.

 

Beatriz também destacou a participação de outras instituições. “Meu agradecimento especial à equipe do IPHAE e a outros parceiros que estiveram presentes nesse projeto, como a Secretaria de Obras Públicas”, finalizou.

 

A reforma completa engloba a eliminação de pragas nas estruturas de madeira, conserto de infiltrações nos telhados, reformas na parte elétrica e hidráulica e a construção de um espaço adequado para a reserva técnica - onde ficam guardadas as peças do acervo que não estão expostas. Também está previsto projeto de paisagismo nos pátios, buscando uma apropriação dos visitantes, assim como a produção de mobiliário adequado aos novos espaços da instituição.

 

Para a diretora do MJC, Doris Couto “o restauro e a construção de uma reserva técnica adequada aos diferentes  tipos de peças do museu têm o compromisso de preservar e inaugurar uma nova fase na museologia gaúcha, oferecendo espaços adequados tanto para a correta guarda do acervo, exposição pública, como para a apropriação dos espaços da instituição pela comunidade”.

 

Também participaram da solenidade na Sedac, representantes da Secretaria de Obras Públicas e Habitação, a diretora do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), Renata Horowitz – que  se despede da instituição nesta sexta para integrar o escritório do IPHAN em Porto Alegre – além de técnicos e responsáveis pela análise e aprovação do projeto.

 

 

Independente da liberação das verbas do PAC Cidades Históricas, a Secretaria da Cultura segue buscando parcerias para reparos de manutenção. Integram ações emergenciais reparos no telhado, incentivado por meio do projeto de financiamento coletivo Kickante e a substituição de assoalho cupinizado e pinturas internas, realizadas em parceria com o Tribunal de Justiça do RS (TJ-RS).

 

O Programa de Aceleração do Crescimento iniciou em 2007 como uma iniciativa do Governo Federal para promover o planejamento e execução de grandes obras de infraestrutura social, urbana, logística e energética do Brasil. Em 2013,  o Ministério do Planejamento autorizou a criação de uma linha do PAC destinada, exclusivamente, aos sítios históricos urbanos protegidos pelo IPHAN, dando origem ao PAC Cidades Históricas.