Arquivo Histórico da Mineração Carbonífera é reaberto após restauração
Cerimônia de entrega da restauração ocorreu nesta quinta-feira (11) no Complexo do Museu do Carvão, em Arroio dos Ratos
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A Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) realizou nesta quinta-feira (11/11), em Arroio dos Ratos, a cerimônia de entrega da restauração da sede do Arquivo Histórico da Mineração Carbonífera do complexo Museu Estadual do Carvão - equipamento de cultura da Sedac. A restauração do complexo, que abriga a coleção de documentos que registra a história da mineração carbonífera no Estado, foi financiada com recursos do Pró-cultura RS, por meio da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), em parceria com o Instituto Histórico e Geográfico do RS e patrocínio da Copelmi Mineração Ltda.

Participaram da cerimônia a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo; a diretora do Museu Estadual do Carvão, Jordana Bortolotti; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, Miguel Frederico do Espírito Santo, proponente do projeto de restauração; o diretor-superintendente da Copelmi, Carlos Weinschenck de Faria, empresa patrocinadora; o vice-prefeito e secretário da Fazenda de Arroio dos Ratos, Paulo Azzi; o assessor especial de Memória e Patrimônio da Sedac, Eduardo Hahn; a diretora em exercício do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), Lisandra Weiler; o adido Cultural do RS, César Oliveira; entre outras autoridades e convidados.
Carlos Weinschenck de Faria, diretor-superintendente da Copelmi, falou sobre a importância do carvão para a região. “Aqui, na região do Baixo Jacuí, a implantação das jazidas carboníferas e a sua mineração foram muito importantes, porque se criou um novo setor dinâmico na economia do estado, e se constituiu um polo de atração populacional”, explicou.
Para a secretária da Cultura, Beatriz Araujo, a entrega do projeto é uma afirmação do compromisso da gestão em evidenciar a importância da cultura. “Temos procurado trazer a cultura como um setor protagonista, que merece atenção dos governos, não só no que diz respeito a guardar a memória, mas também como um artigo para o turismo regional, que será uma modalidade muito presente nas nossas vidas”, afirmou.
A secretária também relembrou que o Museu do Carvão é uma das mais de 20 instituições da Sedac que serão beneficiadas pelo programa Avançar na Cultura, que investe R$ 76,1 milhões no setor cultural. Dos R$ 35 milhões destinados à qualificação das instituições, o Museu do Carvão receberá R$ 3,5 milhões para restauração de edificações e requalificação da área de entorno. “Temos muito trabalho pela frente nesse próximo ano, mas deixaremos esse legado para a Região Carbonífera. Contamos com o apoio de todos que são comprometidos com a cultura, a memória, o turismo, o bem-estar e a felicidade das pessoas. Essa é a nossa missão.”
A diretora da instituição, Jordana Bortolotti, ressaltou o empenho da administração na recuperação do local. "Estamos sempre em busca de novos projetos e trabalhando para que o Museu do Carvão volte a ser uma referência na região."
Após o ato de inauguração oficial, as autoridades conheceram a parte interna do Arquivo Histórico da Mineração Carbonífera (Casa Branca). A cerimônia foi somente para convidados, devido às restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
Arquivo Histórico da Mineração Carbonífera
O espaço do Arquivo Histórico da Mineração Carbonífera foi reformado para oferecer melhores condições aos documentos e recuperação física da sede que pertence ao Complexo do Museu Estadual do Carvão. Foram realizadas melhorias na pintura, a reformulação do sistema elétrico e o incremento da climatização do prédio.
O projeto, orçado em R$ 280 mil, foi financiado pela empresa Copelmi Mineração, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, tendo como proponente o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS), que é parceiro da Sedac na ação de preservação.
A Copelmi foi a responsável por doar a documentação do arquivo ao Museu do Carvão, em 2013. Os documentos desse acervo contêm a história da mineração carbonífera no Rio Grande do Sul - atividade que já foi relevante não apenas para a economia gaúcha, mas como centro da comunidade que se formou no denominado Baixo Jacuí. O projeto incluiu também a qualificação do acesso aos documentos do acervo, através da elaboração de novos instrumentos de pesquisa, com o objetivo de potencializar as informações contidas nos documentos, permitindo mais divulgação para os interessados em conhecer o tema.