Recital apresenta composição inédita em homenagem a Eva Sopher
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Nesta quarta-feira (20), o Musical Évora homenageia Eva Sopher com o recital “Reecontro ao Romantismo VI”. Na ocasião, a violoncelista Marjana Rutkowski, juntamente com Eduardo Knob (piano) e Tiago Ribas (violino) vão executar pela primeira vez a canção The Flight to Stars of Infinity, escrita pela compositora nova-iorquina Lisa Heffter. A apresentação, que contará também com a participação especial da bailarina Paula Amazonas, ocorre no Foyer Nobre do Theatro São Pedro, às 12h30min, com entrada franca.
The Flight to Stars of Infinity surgiu quando Marjana Rutkowski apresentou a história de Eva Sopher para a compositora nova-iorquina Lisa Hefter e solicitou que ela escolhesse uma de suas composições para ser executada no recital do Musical Évora. Ambas são amigas e participam anualmente do ArtsAhimsa Festival em Lenox, Massachussets. Encantada com a trajetória de vida de Dona Eva, Lisa resolveu escrever uma canção especial em sua homenagem. A obra traz elementos que remontam as origens judaicas de Dona Eva, sua vinda para o Brasil e a brilhante jornada na reconstrução do Theatro São Pedro. “Escrever esta peça foi uma jornada pessoal para mim. Eu senti a presença de Eva Sopher por muitas razões - uma minha querida tia é sobrevivente do holocausto, e Atom & Eve, minha primeira ópera teatral, foi inspirada por um conto popular brasileiro.”, comenta a compositora.
O Musical Évora é uma realização da Associação Amigos do Theatro São Pedro, com o patrocínio da Évora Holding S.A. O projeto proporciona à comunidade apresentações ao vivo, com entrada franca, sempre nas quartas-feiras úteis, trazendo o trabalho de músicos de diferentes regiões do país e do exterior. As apresentações têm em torno de 45 minutos, contemplando diferentes estilos, como erudito, MPB, choro e jazz.
The Flight to Stars of Infinity
The Flight to Stars of Infinity começa com as estrelas brilhantes dos céus; o violoncelo toca harmônicos etéreos invocando o "shema", a oração de 5.000 anos da herança judaica de Eva, mas acordes dissonantes anteveem o perigo iminente de desenraizamento de sua família pelo nazismo (implícito nos curtos tons ásperos representando tiros, e notas graves no piano em tritones representando o bater de botas marchando) forçando a mudança para o Brasil. Ao longo da obra, a música se expande e contrai elicitando dificuldades e memórias melancólicas no processo de se aclimatar a um novo país.
Uma melodia surge quando Eva encontra alegria e amor. Com a variedade de novas experiências brasileiras somando-se ao passado europeu, as linhas melódicas se intensificam novamente, simbolizando a tarefa de resgatar o ambiente cultural de Porto Alegre através da restauração do Theatro São Pedro. A música então reflete a retomada dos eventos artísticos com acordes tonais e padrões estruturados de notas musicais.
Finalmente, um tema emerge em reminiscência às atribulações de Eva, que é reapresentado com uma triste doçura, trazendo o sentimento de uma vida bem vivida, honra a aceitação da finalidade da morte, elevando-se ao etéreo com o retorno às estrelas onde Eva e todo o tempo da humanidade são infinitos para sempre.
Currículo dos músicos
Eduardo Knob é pianista do Coro Sinfônico da OSPA. Graduou-se Bacharel em Música no Instituto de Artes da UFRGS, em 2009, e Mestre em Música na University of Houston, em 2013. Eduardo é vencedor de, pelo menos, dez concursos nacionais e internacionais de piano, destacando-se o primeiro lugar no VIII Concurso Nacional de Piano Magda Tagliaferro, em 2000, onde foi condecorado como Melhor Intérprete de Bach. Em 2005, ainda com 15 anos de idade, foi vencedor do Concurso Jovens Solistas da OSPA. No ano seguinte, participou do Concurso Claudio Arrau, no Chile, onde recebeu o prêmio de melhor intérprete de obra latino-americana. Foi convidado pela pianista TaliMorgulis (Israel/Ucrânia) a juntar-se ao seu studio, de 2011 a 2013, na Moores School of Music, parte da prestigiada University of Houston, no Texas. Nesta instituição, ministrou aulas de piano para alunos. Atualmente, participa de atividades artísticas e festivais no Brasil. É frequentemente requisitado para tocar em orquestras como a Orquestra de Câmara da Ulbra, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e Orquestra Unisinos Anchieta. Recentemente também integrou o corpo de profissionais do Festival Internacional SESC de música em Pelotas nas edições de 2015 e 2016.
Marjana Rutkowski é presença pontual em festivais e concertos no Brasil, Itália, Espanha, Inglaterra, Canadá, Israel e Estados Unidos. Aprendeu música e piano com a mãe, e iniciou o violoncelo na UFRGS com Jean-Jacques Pagnot. Enquanto violoncelista da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e da Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (OCTSP) dedicou-se a apresentar recitais. Marjana conquistou o Primeiro Prêmio no I Concurso Nacional de Música de Câmara da Faculdade Santa Marcelina em São Paulo e VIII Jovens Solistas promovido pela OSPA. Recebeu o título de Mestre em Música sob a orientação de Fritz Magg pela Hartt School of Music sob os auspícios da CAPES. Aperfeiçoou-se através de fellowship da Yale University (EUA), onde foi Principal Cello do Yale Contemporary Players, com ênfase no repertório pós-1945. Também foi Principal Cello na Berkshire Orchestra (EUA), na Saint Thomas Orchestra (EUA) e na orquestra hoje conhecida como Park Avenue Chamber Symphony (EUA). Além disso, integra o comitê consultivo internacional da Chamber Music Network, entidade que fomenta projetos camerísticos em muitos países, incluindo o Brasil.
Tiago Ribas é professor adjunto no programa de Bacharelado em Música da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), onde leciona violino, música de câmara e prática de orquestra. É Mestre em Práticas Interpretativas no Violino, pelo programa de Pós-Graduação em Música da UFRGS. Ao longo de seu percurso acadêmico, tocou em masterclasses ministrados por violinistas de vulto, tanto na área pedagógica, quanto interpretativa, tais como Eric Rosenblith (EUA), Leopold La Fosse (EUA), Humberto Carfi (Argentina), Kirsten Yon (EUA), Tasmin Little (Inglaterra), Annette-Barbara Vogel (Alemanha/Canadá), Carmelo de Los Santos (Brasil/EUA), Bernard Zinck (França/EUA), Guillaume Tardiff (Canadá). Sua atividade como violinista inclui recitais solo e de música de câmara, e masterclasses ministrados em festivais de música como convidado. Sua experiência como músico de orquestra inclui sua passagem pela Orquestra de Câmara Theatro São Pedro, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), Orquestra SESI-Fundarte, Orquestra Sinfônica do SESC, Orquestra Sinfônica da UCS (Universidade de Caxias do Sul), Orquestra Filarmônica da PUCRS e Orquestra Sinfônica de Carazinho (OSINCA).
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