O Hospital Moinhos de Vento, por meio do Espaço Memória Amarílio Vieira de Macedo, realiza a exposição "Schwestern: mulheres protagonistas da história da saúde no Rio Grande do Sul" no Museu Julio de Castilhos (MJC), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), em Porto Alegre. A exposição foi selecionada pelo Edital de Ocupação 2023 MJC e terá uma solenidade de estreia fechada na próxima terça-feira (30). A atração será gratuita e aberta ao público a partir da quarta-feira (31) e ficará em exibição até o final de 2024. Composta por painéis móveis, vitrines expositivas, fotografias e acervos tridimensionais, a exposição retrata o trabalho e a contribuição das Schwestern (Irmãs, em alemão) para a medicina e enfermagem gaúchas. A mostra também celebra os 85 anos da Casa Matriz Diaconisas junto com o bicentenário da imigração alemã no Estado.

Com forte atuação nas dependências do Deutsches Krankenhaus (Hospital Alemão), primeiro nome do Hospital Moinhos de Vento, as Irmãs luteranas atuaram em diversas instituições de saúde. Foram pioneiras em muitas frentes, como a educação, a gestão e até mesmo na culinária, abrindo caminho para o desenvolvimento da medicina no Rio Grande do Sul. Elas atuaram na área da enfermagem e tiveram uma importante participação em momentos históricos marcantes, como o primeiro transplante de rim do Estado.

"Sem o incansável trabalho das Schwestern, muitos procedimentos que salvaram e continuam salvando milhares de vidas até hoje não teriam sido possíveis. O primeiro reimplante de mão e um dos primeiros Serviços de Controle de Infecções, que salvou muitas vidas durante a pandemia, também contaram com a participação das Irmãs", destacou o CEO do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini.

A exposição abordará a chegada da primeira diaconisa no porto de Rio Grande em 1913 e a contribuição dessas mulheres para a medicina e enfermagem gaúchas, enfatizando momentos que marcaram a história da saúde do Estado. Além disso, abordará problemáticas que envolviam questões de gênero e o acesso das mulheres ao trabalho e à educação, bem como preconceitos advindos da própria congregação.