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Museu Julio de Castilhos expõe arte ancestral Mbyá-Guarani

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Ponto de venda é atendido pela comunidade indígena Guapoy, de Barra do Ribeiro, e os preços das peças variam entre R$ 10 e R$ 25
Ponto de venda é atendido pela comunidade indígena Guapoy, de Barra do Ribeiro, e os preços das peças variam entre R$ 10 e R$ 25 - Foto: Victória Paz | MJC
Por silvia martins | ascom sedac

O Museu Julio de Castilhos, instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) – Rua Duque de Caxias, n° 1205, Porto Alegre – está com um ponto de venda artesanal das comunidades Mbyá- Guarani. São oferecidos cestos de diversos tamanhos e cores, esculturas de animais em extinção e maracás coloridos por preços que variam entre R$ 10,00 (dez reais) e R$ 25,00 (vinte e cinco reais). O ponto de venda é atendido pela comunidade indígena Guapoy, de Barra do Ribeiro, e a pretensão da direção do museu é de que a venda das cestarias seja um trabalho permanente.

A iniciativa é da Associação de Amigos do Museu Julio de Castilhos (AJUC), que no contexto da exposição permanente “Memória e Resistência” firmou parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) para a comercialização da Arte Originária de Comunidades Mbyá-Guarani (Mba’Eapo Tenonde). O objetivo é valorizar as comunidades Mbyá-Guarani, no incentivo ao uso sustentável das matas e recursos naturais ao longo da BR 116/RS, por iniciativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

As peças estão expostas em um catálogo no Instagram do museu (@museu_juliodecastilhos).  Para efetuar a compra, é necessário entrar em contato com a instituição através do e-mail museujuliodecastilhos@gmail.com, identificando o número da peça. Assim que o pagamento for aprovado por transferência bancária para a Associação de Amigos, é possível retirar a arte no museu, de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas.

A Fapeu intermedeia e auxilia com as parcerias dos pontos de venda, divulgação e qualificação da apresentação da arte indígena.  As peças têm marca, etiqueta e sacola personalizada. Trata-se, portanto, de um projeto de geração de renda e sustentabilidade das famílias Mbyá-Guarani, cuja finalidade é contribuir com o comércio justo e solidário do artesanato, aproximando compradores conscientes e artesãos, bem como valorizando e reforçando o modo de vida Guarani.

Contrapartida

Sessenta por cento (60%) das vendas vai para o artesão responsável, cinco por cento (5%) é para cobrir o custo da sacola de papel e (35%) fica para a Associação investir em demandas do museu - em geral pequenas despesas, como a compra de papéis especiais para a conservação, produção de adesivos para exposições ou despesa emergencial de baixo valor, que não comporte a espera por licitação.

De acordo com a museológa e diretora do museu Julio de Castilhos, Doris Couto, a proposta visa fortalecer a cultura dos povos indígenas, inclusive, atuando para combater o preconceito que sofrem cotidianamente. “É uma exposição viva, que tem despertado muita atenção e possui um forte apelo social e econômico para os artesãos, e também para o museu. Com essa parceria, atuamos de modo sistêmico, o que é inovador e nos alegra muito”, ressalta a diretora.

Na avaliação do presidente da AJUC, Paulo Diego Navossat, o programa resultante da parceria formada pela Ajuc e Fapeu qualifica o artesanato indígena.  “As peças apresentadas contam a história da formação do Rio Grande do Sul e a influência dos povos Guarani nesse cenário.”

Conta AJUC

Banco Banrisul

Ag: 0100

CC: 0623085505

Museu Julio de Castilhos

O Museu Julio de Castilhos (1903) é o mais antigo do Rio Grande do Sul. Trata-se de um lugar de memória, história e testemunho de relevantes fatos políticos, sociais, culturais e econômicos do Estado. Como foi a primeira instituição museológica do Estado e, como era comum na época, seu acervo abrangia artefatos indígenas, peças históricas, obras de arte, coleções de zoologia, botânica e mineralogia. Dessa forma, buscava-se reunir objetos que representassem as características do Estado do Rio Grande do Sul, abarcando, assim, diversas áreas do conhecimento.

Dentre as exposições presentes estão “Memória e Resistência”, que exibe 97 peças representativas do povo indígena, com destaque para as esculturas missioneiras e “Narrativas do Feminino”, que expõe diferentes perspectivas de mulheres de meados do século 19 a meados do século 20.

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