Casa de Cultura Mario Quintana apresenta duas novas exposições
As mostras “A Bruta Delicadeza” e “Modelar o Invisível” inauguram ao público em diferentes espaços da CCMQ
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A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), promove na próxima quinta-feira, 12 de dezembro, às 18h, a inauguração simultânea de duas novas exposições. A mostra “A Bruta Delicadeza” estreia no espaço Marilene Bertoncheli (térreo da CCMQ), com duas atividades paralelas na programação. Já na galeria Maria Lídia Magliani e no Jardim Lutzenberger (5° andar), inicia-se a exposição “Modelar o Invisível”. Com entrada gratuita, as aberturas ocorrem no Jardim Lutzenberger.
“A Bruta Delicadeza”
A exposição coletiva “A Bruta Delicadeza” traz para a Casa de Cultura obras que buscam o contraste entre elementos que primam pela delicadeza, fragilidade e transparência com outros caracterizados pela aspereza, rigidez e opacidade. Com a proposta de alçar o público a um laboratório sensorial, as esculturas, pinturas, instalações e objetos expostos foram produzidos por 11 artistas que passaram por um acompanhamento com a curadora Anelise Valls.
“Entre vários acenos que apontam que talvez a delicadeza nos traia ao ser bruta, é possível desencadear um estado de atenção que apura nossa percepção do espaço”, aponta Anelise. “Olhos que se afiam, a cabeça que se inclina, ouvidos que se espicham; o corpo todo se mobiliza”, exemplifica ela. As obras expostas são assinadas pelos artistas Aline Romero, Amanda Moraes, Ana Kawajiri, Claudia Prechedes, Gio Soifer, Giovana Gobbi, João Arthur Moroni, Karina Kosugue, Laura Papa, Lia Braga e Lorenzo Muratorio Cavichioni.
A mostra também contará com duas atividades gratuitas, que acontecem no Quintana's Bar, no mezanino sobre o espaço Marilene Bertoncheli, e serão mediadas por algumas das artistas cujas obras fazem parte do acervo da exposição.
No dia 13 de dezembro, às 14h, Laura ministrará a atividade “Correspondentes”, uma ação de leitura coletiva de cartas enviadas pelo seu tio-avô, o artista César Papa - que ela nunca conheceu - quando ele saiu do Brasil e chegou aos Estados Unidos. Atualmente, a artista refaz os passos do familiar e registra suas histórias no Instagram @dear.cesar.
Segundo a artista, o momento convida à reflexão partindo da questão “Quem é o destinatário de uma carta, senão quem a lê aqui e agora?” e será marcado pela observação de registros marcados por desejos, saudades do País e a construção de um processo artístico. As inscrições podem ser feitas por meio do link: Atividade Correspondentes.
O segundo momento, intitulado “Do silêncio à palavra, uma roda decolonial ”, ocorre no dia 14 de janeiro de 2025, às 18h. Inspirado no livro “Descolonizar o Museu”, de Françoise Vergès, o momento propõe o debate sobre as relações entre expressões criativas, museu e racismo, e busca transformar a arte em um ato de resiliência e inclusão por meio de um ambiente de escuta profunda e da construção de um conhecimento coletivo. A conversa será mediada pela artista visual Claudia Prechedes, que busca desconstruir estereótipos de gênero, raça e classe por meio de seu trabalho. As inscrições podem ser feitas pelo link: Atividade Roda Decolonial.
“Modelar o Invisível”
A exposição “Modelar o Invisível” apresenta peças escultóricas do artista Elias Maroso, que investiga as múltiplas relações entre seres humanos e seus campos de percepção e atuação por meio da arte. Nos dois espaços da mostra, o artista apresenta protótipos de antenas que, se colocadas em funcionamento, alterariam campos magnéticos resultantes ao seu redor.
A diretora da CCMQ e curadora da obra, Germana Konrath, explica que todas as peças foram esculpidas por meio de cálculos e experimentações de modelos matemáticos utilizando softwares de engenharia. “A proposta, assim, é jogar com objetos artísticos enquanto tradução parcial de algo que existe, porém, não se consegue vislumbrar ou perceber”, explica Germana. “Faltam sentidos para que possamos lidar com esses campos – e enquanto dispositivos de apresentação, toda tradução é perda”, conclui ela.
O trabalho é um dos desdobramentos da mostra “Criptocromo”, apresentada na 13ª Bienal do Mercosul, em 2022. Nele, Maroso explora como os pássaros assimilam campos magnéticos por meio de cores para a orientação de seus voos migratórios.
O plano anual da Casa de Cultura Mario Quintana é financiado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e com o patrocínio direto do Banrisul; patrocínio de Master Nubank; patrocínio Prata de CEEE Equatorial; patrocínio Statkraft; apoio de Panvel, Banco Topázio, DLL, Navegação Aliança, Tintas Renner e iSend; e realização da Sedac e do Ministério da Cultura – Governo Federal.
Serviço
Abertura simultânea de “A Bruta Delicadeza” e “Modelar o Invisível”
Quando: Quinta-feira (12/12), às 18h
Onde: Jardim Lutzenberger, 5° andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico de Porto Alegre)
Entrada gratuita
Atividade “Correspondentes”
Quando: 13 de dezembro de 2024, às 14h
Onde: Quintana's Bar, mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico de Porto Alegre)
Inscrições gratuitas neste link
Atividade “Do silêncio à palavra, uma roda decolonial”
Quando: 14 de janeiro de 2025, às 18h
Onde: Quintana's Bar, mezanino da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736, Centro Histórico de Porto Alegre)
Inscrições gratuitas neste link