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A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, teve início na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 20 de setembro de 1835, estendendo-se até março de 1845. Esse período de quase uma década é considerado como uma das mais importantes passagens da história do Rio Grande do Sul, um marco na formação social e política do estado.

O movimento revolucionário, que tinha como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi a mais longa revolta civil no país e retratou a diversidade das relações sociais e políticas que abalaram o Império brasileiro naquela época. De caráter regional, a Revolução Farroupilha adquiriu também um grande significado na esfera nacional.

A data de 20 de setembro assinala o início da Guerra dos Farrapos, quando os farroupilhas venceram o confronto da Ponte da Azenha e entraram na província de Porto Alegre, liderados por Bento Gonçalves. O conflito resultou na declaração de independência do Estado do Rio Grande do Sul e deu origem à República do Piratini, que durou cerca de sete anos.

Em alusão a esses episódios históricos marcantes, a Semana Farroupilha tornou-se um momento de culto às tradições gaúchas, envolvendo não só os Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) e o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), mas diversas instituições estaduais e segmentos sociais que participam ativamente das celebrações.

Atualmente, a organização dos Festejos Farroupilhas ocorre em duas instâncias: o Estado define as diretrizes gerais, o tema básico e as atividades que envolvem as entidades públicas estaduais e, em âmbito local, os municípios programam e realizam suas manifestações culturais e artísticas.

Em 2020, para melhor organizar e integrar as comemorações relacionadas à Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul, o então governador, Eduardo Leite, criou uma Comissão Especial, coordenada pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) e formada por mais 14 entidades gaúchas – número que foi ampliado, em 2022, para 18 entidades parceiras. Cabe a essa Comissão a tarefa de unir os festejos mais importantes do ano em uma grande programação, que passa a constituir os Festejos Farroupilhas.

A edição dos Festejos Farroupilhas de 2021 prestou homenagem ao bicentenário de nascimento de Anita Garibaldi, uma das personalidades femininas mais cultuadas do Sul do Brasil. A programação “Caminhos de Anita” retratou a heroína conhecida por sua participação e envolvimento na Revolução Farroupilha (1835-1845). Ao lado de Giuseppe Garibaldi (1807- 1882), Anita lutou pela causa da liberdade no Rio Grande do Sul.

Em 2022, os Festejos Farroupilhas, teve como tema “Etnias do Gaúcho: Rio Grande, Terra de Muitas Terras”, iniciou no dia 12 de agosto, com o acendimento e a distribuição da Chama Crioula, no município de Canguçu, estendendo-se até o dia 20 de setembro, data magna das celebrações.

No dia 28 de março de 2023, durante reunião da Comissão Estadual da Organização dos Festejos Farroupilhas, foram definidos o tema e o patrono da festa deste ano. Por votação, o grupo escolheu “Centenário da Revolução de 1923” como a temática que vai conduzir o evento. Por unanimidade, a cantora e apresentadora Maria Luiza Benitez foi escolhida como a patrona.

Durante o encontro, que aconteceu na sala Sérgio Napp, da Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), a secretária adjunta de Estado da Cultura, Gabriella Meindrad, que é presidente da Comissão dos Festejos Farroupilhas pelo segundo ano consecutivo,  ressaltou que o tema é a marca do evento, mas que a ideia é trazer outras pautas importantes, que têm relação com o momento histórico.

O ato de abertura oficial dos Festejos Farroupilhas 2023 será no dia 19 de agosto, com o acendimento da chama crioula no Parque Estadual General Bento Gonçalves, em Cristal.


Gabriella Meindrad

Presidente da Comissão dos Festejos Farroupilhas 2023

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