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Secretaria da Cultura inaugura nova reserva técnica do MARGS

Ação qualifica condições de preservação do acervo e integra plano de enfrentamento do Museu a eventos climáticos extremos

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Foto do descerramento da placa de inauguração da reserva técnica
Na ocasião, foi descerrada uma placa de inauguração da reserva técnica - Foto: Solange Brum/Ascom Sedac
Por Ascom Sedac

Uma nova e ampla reserva técnica do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição da Secretaria da Cultura (Sedac), foi inaugurada nesta terça-feira (5/8). A novidade oferece melhores condições de segurança para a preservação das obras do acervo do Museu e contribui para mitigar as consequências de futuros eventos climáticos extremos. Com investimento de R$ 3,5 milhões em recursos do Banrisul, a entrega era uma das prioridades do plano de recuperação da instituição após a enchente de 2024. Na ocasião, foi anunciada a próxima etapa desse plano: o início das obras de restauração e qualificação no andar térreo do prédio. 

Nova reserva técnica do MARGS
Com investimento de R$ 3,5 milhões em recursos do Banrisul, a entrega era uma das prioridades do plano de recuperação do Museu - Foto: Solange Brum/Ascom Sedac

No ato de inauguração, o secretário da Cultura, Eduardo Loureiro, destacou que “após a situação dramática vivenciada pelo MARGS, houve aqui um trabalho extraordinário de recuperação e de qualificação das instalações, que somente tem sido possível graças à colaboração da equipe do Museu e de diversos parceiros. A implantação de uma reserva técnica que possa ser vista pelo público representa uma solução criativa, pois, além de armazenar as obras adequadamente, permite a visitação a uma área que costuma não estar visível em museus”.

Conforme o diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, “a entrega da nova reserva era uma prioridade por estar relacionada ao acondicionamento do principal bem do Museu, que é o seu acervo. Agora a reserva está em uma área mais segura e protegida, visando mitigar futuros eventos climáticos extremos, e passa a integrar o percurso de visitação do público”. Na ocasião, foi descerrada uma placa de inauguração da reserva técnica e realizada uma visita às novas instalações do Museu. 

Inauguração da nova reserva técnica do MARGS
O novo espaço foi planejado para ser visível ao público que visita o Museu - Foto: Solange Brum/Ascom Sedac
“Lembro quando, em junho passado, estivemos neste mesmo prédio anunciando um investimento milionário do Banrisul para a recuperação das instituições da Sedac afetadas pela enchente. Aquele anúncio foi fundamental para que pudéssemos olhar para a frente e vislumbrar momentos mais felizes, como este que estamos vivendo hoje”, afirmou a ex-secretária da Cultura Beatriz Araujo. 

Na enchente do ano passado, o Museu teve seu andar térreo parcialmente inundado. Nesse pavimento, além das áreas operacional e administrativa da instituição, era mantida a mais antiga das quatro reservas técnicas para guarda das obras de arte que integram o acervo, localizada no interior do antigo espaço de guarda de valores da Delegacia Fiscal (que funcionou no edifício entre as décadas de 1910 e 1970). As outras três reservas técnicas existentes no Museu já ocupavam os andares superiores, por terem sido criadas posteriormente, em anos mais recentes, em um movimento que já ocorria no sentido de elevar, dentro do prédio, os espaços de armazenagem de obras. Ao todo, estão salvaguardadas 5,8 mil obras nas reservas do Museu.

Visitas mediadas

Em substituição ao uso da antiga reserva técnica do térreo, que foi desativada, a reserva inaugurada nesta terça-feira foi projetada para ocupar parte do segundo andar do prédio. Além de ocupar um pavimento elevado, o novo espaço foi pensado para ser visível e para integrar o percurso de visitação do público, com o objetivo de relevar um pouco dos bastidores do Museu que, habitualmente, são invisíveis. 

A nova reserva técnica do segundo andar é composta por duas salas: uma com trainéis para guarda de obras com moldura e outra com mapotecas para obras em papel. Para receber a nova reserva, o pavimento superior passou por reformas e adaptações do sistema de climatização, o que proporciona o controle de temperatura e de umidade necessário para a adequada conservação das obras. Além disso, as estruturas e os mobiliários foram especialmente projetados para a otimização dos espaços de acondicionamento do acervo. A ação envolveu diversas empresas e serviços especializados.

Como parte do lançamento da nova reserva técnica e da programação do Dia Estadual do Patrimônio Cultural, o MARGS oferecerá, nas sextas-feiras de agosto, visitas técnicas mediadas. Nessa atividade, o público poderá conhecer a nova reserva, o trabalho da equipe do Núcleo de Acervos do Museu e etapas do processo de restauro de obras de arte, com mediação do Núcleo Educativo e um encontro com o Núcleo de Conservação e Restauro. 

As visitas serão realizadas nos dias 8, 15, 22 e 29 de agosto, das 14h às 15h (no dia 22, haverá mediação em Libras, no âmbito da Semana Estadual da Pessoa com Deficiência). Quem desejar participar deve inscrever-se por meio deste link.

Recuperação e atualização

Com a restauração das obras do acervo afetadas pela enchente e a conclusão dos trabalhos relacionados à criação da nova reserva técnica do acervo no segundo andar, foi dado início à etapa seguinte do plano de recuperação do MARGS: a reforma do andar térreo, cujas obras civis estão sendo iniciadas nesta semana. 

A recuperação do pavimento, que conta com R$ 1,6 milhão do Fundo da Defesa Civil da União e deverá durar seis meses, envolve pisos, rebocos das paredes, pintura, restauração de esquadrias e instalação de novas divisórias. Essas ações ocorrem em sequência às reformas realizadas no mesmo andar para a reabertura do Museu ainda em 2024 e que incluíram a subestação de energia elétrica e o sistema de climatização do prédio.

As ações de recuperação do MARGS após a enchente de 2024 visam revitalizar e qualificar o Museu, atualizando e ampliando a estrutura e os recursos de prevenção e segurança para um novo patamar de preservação do patrimônio artístico. Esse processo também envolve uma reimaginação dos usos dos espaços internos do prédio e da própria operação do Museu, alterando-os e transformando-os frente às novas necessidades. 

O plano de recuperação, exposições e atividades educativas do Museu conta com patrocínio direto do Banrisul e com patrocínios via Lei de Incentivo à Cultura Federal do Santander, da Hyundai e da EDP.

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