Paradesporto gaúcho tem 12 representantes em ação nos Jogos Paralímpicos do Rio
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Os Jogos Paralímpicos Rio 2016 começam nesta quarta-feira (07) com a cerimônia de abertura a ser realizada no mítico estádio do Maracanã. O Brasil ficou em sétimo lugar no quadro geral nos Jogos de Londres com 43 medalhas, confirmando-se como uma potência paralímpica mundial. A delegação verde e amarela terá 287 paratletas, sendo 12 gaúchos. A recordista mundial do lançamento do dardo, Shirlene Coelho, medalha de ouro em Londres, será a porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia inaugural. A escolha é histórica, pois será a primeira mulher a conduzir a bandeira nacional em Paralimpíadas.
A esgrima em cadeira de rodas é a modalidade com mais participantes gaúchos. A equipe Asasepode/Grêmio Náutico União classificou quatro esgrimistas para os Jogos Paralímpicos Rio 2016: Monica dos Santos, Fabio Damasceno, Jovane Guissone, Suelen Rodolfho e Vanderson Luis da Silva Chaves. O gaúcho Tiago Frank, de Caxias do Sul, é o técnico da Seleção Brasileira em cadeira de rodas. Ele convocou os porto-alegrenses Paulo Roberto Barcelos, o Paulinho, atualmente defendendo o Afadefi, de Balneário Camboriú (SC), e Gelson José da Silva Junior, da ADD, de São Bernardo do Campo (SP).
Eleito o melhor jogador do mundo por duas oportunidades no Futebol 5 Ricardo Alves, o Ricardinho, é o principal destaque da modalidade. Ele começou a jogar futebol no Instituto Santa Luzia, na zona sul de Porto Alegre, onde estudava e aos 15 anos ingressou na equipe que a Associação de Cegos do Rio Grande do Sul, a Acergs, desenvolvia em parceria com o Esporte Clube Cruzeiro. Logo no ano seguinte conquistou o seu primeiro título, Campeão do Regional Sul, disputado no Ginásio da Brigada Militar, na Capital Gaúcha. Depois disso, os títulos não pararam mais, com conquistas regionais e nacionais interclubes e as grandes vitórias com a camisa 10 da seleção brasileira, como o Bicampeoanto Paralímpico 2008 e 2012. Há alguns anos, Ricardinho mudou de equipe mas continuou a sua senda de vitórias, agora vestindo o uniforme da Agafuc, a Associação Gaúcha de Futebol de Cegos, que treina e joga no ginásio municipal do bairro São Luiz, em Canoas. A Seleção Brasileira venceu os últimos 15 campeonatos que disputou e é considerada uma máquina na modalidade. No início do ano, jogando a final do Regional Sul Brasileiro pela Agafuc, Ricardo sofreu uma séria lesão de ligamentos e foi submetido a uma cirurgia. Ele teve uma recuperação rápida e estará em quadra no Rio, para o alívio da sua legião de fãs e da torcida brasileira. No goalball, modalidade também exclusiva para deficientes visuais, o RS será representado pelo experiente Alex Celente, 35 anos, medalha de prata em Londres.
A natação brasileira terá a raça e a força do bageense Roberto Alcalde Rodriguez, de 24 anos. Ele irá competir a prova dos 100 metros nado peito. Nas pistas de atletismo do Centro Estadual de Treinamento Esportivo, o Cete, no Menino Deus, e do clube que representa, a Sogipa, o maratonista Alex Pires fez toda a sua preparação para a prova mais difícil do atletismo dos Jogos Paralímpicos do Rio. Este gaúcho de 24 anos, de Sapiranga, está na modalidade desde os 16 e em sua primeira Paralimpíada é esperança forte de medalha para o Brasil. A lista do paratletas gaúchos é completa com o atirador Geraldo Rosenthal, 41 anos, natural de Campo Bom. Ele pratica o Tiro Esportivo desde os 16 anos.
Além desta qualificada seleção de paratletas, o Rio Grande do Sul também estará representado por uma diversificada gama de profissionais do esporte que dedicam-se ao paradesporto gaúcho. São técnicos, assistentes, preparadores, árbitros e apoiadores que estarão atuando nas equipes nacionais e na equipe de organização dos Jogos.Além de Tiago Frank, o RS tem mais três técnicos em equipes brasileiras. São eles: Anderson Paixão, da Seleção Brasileira de Vela Adaptada; Eduardo Nunes, da Seleção Brasileira de Esgrima em Cadeira de Rodas, e Luciano Possamai, da Seleção Brasileira de Tênis de Mesa em Cadeira de Rodas.