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A Revolução Farroupilha, também chamada de Guerra dos Farrapos, teve início em 20 de setembro de 1835, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, prolongando-se até março de 1845. Este período de aproximadamente dez anos é considerado um marco na formação social e política do Estado, representando uma das mais importantes passagens da história gaúcha.  

O movimento revolucionário, baseado em ideais liberais, federalistas e republicanos, foi a mais longa revolta civil do país e refletiu a diversidade das relações sociais e políticas que abalaram o Império brasileiro naquela época. Apesar de ter origem regional, a Revolução Farroupilha ganhou relevância nacional.  

A data de 20 de setembro marca o início da Guerra dos Farrapos, quando os farroupilhas saíram vitoriosos na batalha da Ponte da Azenha e adentraram a província de Porto Alegre, comandados por Bento Gonçalves. O conflito resultou na independência do Estado do Rio Grande do Sul e na criação da República do Piratini, que perdurou por sete anos.  

A Semana Farroupilha foi estabelecida como um momento de celebração das tradições gaúchas, envolvendo não apenas os Centros de Tradição Gaúcha (CTGs) e o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), mas também diversas instituições e segmentos sociais do estado.  

O Acampamento Farroupilha teve seu início no Parque da Harmonia, inaugurado em setembro de 1982, com uma área superior a 60 hectares. Já em 1983, a Chama Crioula foi instalada por lá. Em 1987, o Parque passou a se chamar Maurício Sirotsky Sobrinho e no mês de setembro foi palco do 1o. Acampamento Farroupilha. A partir de 1995, o 20 de setembro foi considerado feriado no Rio Grande do Sul, o que começou a intensificar ainda mais a mobilização para as comemorações farroupilhas. 

Ao longo dos anos, o evento foi ganhando magnitude e visibilidade – tanto para os tradicionalistas quanto para as marcas e patrocinadores. Após mais de 30 anos de realização, ganhou força e credibilidade – atualmente se chama Festejos Farroupilhas e conta com cerca de 240 lotes ocupados por piquetes, estabelecimentos comerciais, instituições e patrocinadores. 

Para coordenar e integrar as comemorações relacionadas à Revolução Farroupilha, o então governador Eduardo Leite criou uma Comissão Especial em 2020, composta por 18 entidades parceiras em 2022. Esta comissão é responsável por unir as principais festividades do ano em uma programação unificada, formando os Festejos Farroupilhas.  

A edição de 2021 dos Festejos Farroupilhas prestou homenagem ao bicentenário de Anita Garibaldi, uma figura feminina de destaque no Sul do Brasil. A programação "Caminhos de Anita" destacou o papel da heroína na Revolução Farroupilha, ao lado de Giuseppe Garibaldi, na luta pela liberdade no Rio Grande do Sul.  

Em 2022, os Festejos Farroupilhas tiveram como tema "Etnias do Gaúcho: Rio Grande, Terra de Muitas Terras" e se iniciaram em 12 de agosto com a Chama Crioula sendo acendida e distribuída em Canguçu, seguindo até 20 de setembro, data principal das celebrações.  

Para o ano de 2023, durante uma reunião da Comissão Estadual dos Festejos Farroupilhas, foi escolhido o tema "Centenário da Revolução de 1923" e a cantora Maria Luiza Benitez como patrona. A primeira reunião de preparação para as festividades de 2024 aconteceu em 20 de fevereiro, onde o cantor Pedro Ortaça foi aclamado como patrono.

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