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Solicitação de vistos aos EUA será possível em 2013

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Em cerimônia marcada por discursos amenos e carregados de expectativas sobre a renovação da relação entre Estados Unidos e Brasil, foi assinado ontem o contrato de locação do imóvel que irá sediar o consulado daquele país em Porto Alegre. Pelos próximos nove anos e 11 meses, a diplomacia norte-americana vai ocupar o prédio do antigo Nacional Obirici, na avenida Assis Brasil. 

“Seremos inquilinos excelentes”, afirmou o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon. O diplomata não confirmou a data da entrada em operação do consulado, mas destacou que a previsão da inauguração para o final de 2014 é a mais conservadora das projeções. 

Além disso, Shannon adiantou que, antes de todas as atividades do consulado funcionarem plenamente, um centro de atendimento deve começar a operar. “É nossa intenção abrir um centro de atendimento de solicitantes de visto antes que o consulado inaugure, a fim de ajudar as pessoas que estão procurando a renovação dos vistos e não precisam de entrevista”, alega Shannon. 

Se enquadram nessa situação quem já possui o visto e quer renovar, bem como sua concessão a maiores de 66 anos e menores de 16 anos. O prefeito em exercício, Sebastião Melo, participou da solenidade e destacou a importância da sede. 

“Porto Alegre tem características muito atrativas, e esse escritório diplomático só agrega e é muito importante para estreitar relações comerciais, políticas e culturais com os Estados Unidos”, enfatizou. 

A opção pelo aluguel das dependências no novo consulado se deu pela agilidade que o processo permite, já que o período de adaptações do prédio é menor em relação à construção de um novo. 

O embaixador dos Estados Unidos argumenta que a locação (intermediada pela APF participações, que tem como sócio o ex-vice-governador do Estado Paulo Afonso Feijó) auxilia na proposta de operar na Capital gaúcha o quanto antes. De acordo com ele, o consulado deve absorver entre 15 e 20 funcionários norte-americanos e 60 a 70 trabalhadores brasileiros inicialmente. 

A ideia, porém, é expandir a contratação, dada a expectativa de superar a previsão de 500 a mil vistos emitidos diariamente para o consulado local. “No ano passado emitimos um milhão de vistos no Brasil, mas estamos construindo capacidade para termos mais de dois milhões de vistos ao ano”, calcula Shannon. 

Firmada no primeiro dia útil nos Estados Unidos após a cerimônia de posse de segundo mandato do presidente Barack Obama, a assinatura do contrato de aluguel sinaliza, ainda, a intenção do governo estadunidense em estreitar laços com o País. Além da China, o Brasil é o único país que está recebendo novos consulados. 

No Rio Grande do Sul, áreas como a indústria, siderurgia e agricultura estão no foco do governo norte-americano para negócios na região. Para além da relação comercial, a decisão de reabertura de um consulado no Estado tem um viés diplomático. 

“Nossa plataforma não era suficiente para cobrir o Brasil, que está crescendo e emergindo de forma muito importante.” Para o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Estado, Mauro Knijnik, o consulado deve permitir maior atração de empresas oriundas dos EUA para o Rio Grande do Sul. Ele relata que, durante negociações com companhias norte- -americanas, é comum que, como pré-requisito, haja uma unidade diplomática e voos diretos entre a região sondada para investimentos e o país de origem. “Parece secundário, mas são questões que permitem maior integração”, diz. 

“E vamos ter as duas coisas, por decisão do presidente Barack Obama: o consulado e, em breve, a American Airlines, que vai ter uma linha direta (de Porto Alegre) para os Estados Unidos”, acrescenta. Knijnik salienta que a nova rota, já bastante noticiada, está em encaminhamento, sem definições de prazo para entrar em operação.

 Fonte: Jornal do Comércio

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