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O que é o Centro de Referência Indígena Afro do Rio Grande do Sul?

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Arte vermelha com a pergunta em amarelo "O que é o Centro de Referência Indígena Afro do Rio Grande do Sul?"
O que é o Centro de Referência Indígena Afro do Rio Grande do Sul?

Conheça o Centro de Referência Indígena Afro dos Rio Grande do Sul, aqui de Porto Alegre, que foi formado por mulheres indígenas que fazem a resistência na capital, acreditando nos direitos humanos e territoriais através de uma política de acolhimento.

O Centro se encontra no bairro Cidade Baixa e está aceitando toda e qualquer ajuda neste momento de pandemia para o sustento das famílias indígenas do estado. Siga-os também nas redes sociais e faça a sua parte! 

Quem é Alice Martins?

Alice Martins tem 39 anos e faz parte do Povo Guarani. Nunca morou numa aldeia, pois seus pais vieram da cidade do Pejuçara até a cidade em busca de melhores condições. Alice, agora Cacica, sempre ressalta que o corpo da mulher indígena é político e que indígena é indígena em qualquer contexto.

O Centro de Referência Indígena Afro do RS é uma rede para apoiadores que surgiu através da iniciativa de um coletivo de Mulheres Indígenas que fazem a resistência na Cidade de Porto Alegre e acreditam nos direitos humanos e territoriais através de uma política de acolhimento.

Militante social desde os 13 anos, Alice percebeu que para existir mudança, era necessário se fazer presente. Em uma cidade onde não existe nenhum apoio governamental para os povos indígenas do contexto urbano, Alice resolveu criar o Centro de Referência Afro do RS para reinvindicar os direitos dos povos e se autoafirmar.

Há dois anos atrás, a maioria dos indígenas, do contexto urbano, em Porto Alegre, não se colocavam como comunidade, mas através do Centro foi possível que comunidade indígena urbana multiétnica da capital, se colocasse na busca pelos seus direitos, tanto institucionais quanto governamentais. O tecer de redes do Centro de Referência abrange o núcleo de mulheres indígenas artesãs da aldeia do Cantagalo de Itapuã, a aldeia em Tamaquã e o Quilombo Africano Santa Luzia, que acreditaram no projeto de resistência e estrutura para estas comunidades.

Atualmente o Centro de Referência Indígena Afro do RS se encontra na Cidade Baixa. Através de uma política de afirmação, o Centro surge durante o movimento de ocupação/retomada conhecido como Ocupação Baronesa, ação realizada em 2019 que envolveu o direito ao território e moradia dos indígenas e afro no contexto urbano.

Devido ao isolamento na pandemia contra a Covid-19, muitas artesãs estão com dificuldades de vender seu artesanato e gerar renda para sua aldeia. O Centro de Referência Indígena Afro do RS está sendo fundamental neste momento, pois através de doações e pedidos de ajuda nas redes sociais, estão conseguindo arrecadar cestas básicas e vender o artesanato destas mulheres para somar na renda mensal de diversas famílias indígenas.

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