O artista Saint Clair Cemin doa obra para o acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul
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O artista Saint Clair Cemin (1951), um dos mais prestigiados artistas contemporâneos brasileiros atuando no contexto internacional, doou uma obra de significativa relevância artística dentro de sua produção para o acervo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul. A obra, vinda de Nova Iorque onde o artista reside há quase três décadas, chegou esta semana e será mostrada na próxima exposição do museu, Labirintos da Iconografia, que será aberta em 28 de junho.
A escultura Naven, de 1993, medindo 112 x 112 cm e pesando 200 kg, consiste em uma estrutura circular em bronze com detalhes internos de hydrocal. Avaliada em U$ 80.000, a obra, baseada em motivos originários da arte islâmica e ao mesmo tempo com traços formais advindos da alta tecnologia, apresenta uma singular combinação entre fragilidade e resistência, peso e leveza, onde a cor é um mecanismo fundamental de transição entre o material e imaterial.
Com um forte caráter barroco, e ao mesmo tempo permeada de certa densidade onírica, a obra de Cemin dialoga insistentemente com uma tradição escultórica que vêm da arte Grega até a contemporaneidade.
Residindo em Nova Iorque desde os anos de 1970, Cemin participou de inúmeras exposições internacionais, incluindo a prestigiada X Documenta de Kassel em 1992 e foi o artista homenageado da 4 Bienal do Mercosul em 2003. Suas obras estão em importante coleções internacionais como o Whitney Museum of American Art de NY, o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles, o Centro Cultural Inhotim, em Minas Gerais, o Stedelijk Museum voor Actuele Kunst, in Gent, entre inúmeras outras.