Museu dos Direitos Humanos do Mercosul será inaugurado, dia 1º de abril, com a apresentação da exposição “Deus e sua obra no s
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O Museu dos Direitos Humanos do Mercosul (MDHM) será inaugurado no dia 1º de abril, com cerimônia que terá início às 18h30. O MDHM será a primeira instituição museológica de caráter transnacional voltada para a memória. Este projeto surgiu a partir de uma determinação da Reunião de Altas Autoridades em Direitos Humanos do MERCOSUL, em novembro de 2011, ocorrida em Montevidéu, para que em Porto Alegre fosse criado um espaço de memória destinado a dar visibilidade à integração contemporânea de nossos países pela via dos direitos humanos.
O Museu dos Direitos Humanos do Mercosul será sediado no antigo prédio dos Correios e Telégrafos, na Praça da Alfândega, onde hoje encontra-se o Memorial do Rio Grande do Sul (Memorial RS) e oArquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS). As três instituições juntas formarão o maior centro cultural de memória do Brasil.
Localizados no coração do Centro Histórico de Porto Alegre, junto da recém restaurada Praça da Alfândega e vizinhos de dois dos principais centros culturais da Capital - o Museu de Arte do Rio Grande do Sul e o Santander Cultural -, o complexo reunirá parte significava da história gaúcha em seu acervo documental. Possuindo documentação que remontam do século XVIII até a contemporaneidade, o acervo
segue crescendo, em especial com a formação do Museu dos Direitos Humanos do Mercosul, com a incorporação de coleções de documentos ligados aos temas dos direitos humanos, histórias de vida e dos movimentos sociais.
Com mais de 3.600m2 de área, o edifício centenário, que abrigou até 1996 a sede dos Correios e Telégrafos, recebeu uma nova reforma entre 2013 e 2014 para abrigar o Museu de Direitos Humanos do Mercosul (MDHM). As adaptações recentes consistiram na modernização de sua área expositiva, com a contrução de galerias de exposições, salas de montagem, nova museografia e iluminação. A primeira etapa das reformas foram realizadas para o recebimento da Bienal do Mercosul, em 2013, quando a população pode visualizar o prédio com suas estruturas internas recuperadas. Agora, em 2014, foram construídas galerias no térreo e no primeiro pavimento do edifício tornando-o adaptado para exposições com os mais variados
suportes e temas relacionados ao projeto curatorial que o museu irá implantar. Finalizada esta etapa da reforma no dia 20 de março, a edificação estará composta por 13 modernas galerias. Ainda no decorrer deste ano será completamente reformada a Sala de Pesquisa e adaptada a área de acervo do museu, incluindo uma reforma completa do auditório.. Todas estas reformas estão sendo realizadas com recursos provenientes através de um convênio firmado entre o Governo do Estado do Rio Grande do Sul e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR). Até o final de 2016, a terceira etapa será completada através do PAC das Cidades Históricas, quando o edifício estará totalmente climatizado. A climatização hoje é parcial e atinge 3 galerias e as áreas de acervo.
Com a inauguração do Museu dos Direitos Humanos do Mercosul, o Rio Grande do Sul, além de ganhar uma nova instituição museológica de porte internacional, passará a ser referência na constituição de programas que estimulem a cultura da memória e da história.
Essa nova instituição de memória tem o objetivo evidenciar que os direitos humanos são um uma construção histórica e que sua manutenção como uma plataforma universal depende que a sociedade se aproprie do conceito para si. Desse modo, apresentará em seu programa curatorial um conjunto de exposições que abordarão os mais diversos temas relacionados aos os direitos humanos, como: violência política, histórias de mulheres e do movimento feminista, negros, indígenas, da comunidade LGBT por meio de uma sólida plataforma artística e histórica. Em 2013, por exemplo, o Museu já iniciou a formação do primeiro acervo público brasileiro com a temática LGBT recebendo os arquivos do Grupo Nuances – acervo de imensa relevância, pois o Grupo é uma das primeiras organizações em prol dos direitos da comunidade LGBT brasileira e possui uma variedade significativa de registros em imagem e papel que retratam os últimos 20 anos.
Por meio de um programa curatorial arrojado e inovador, que estará fundamentado na justaposição entre produção artística e a documentação, e de um programa pedagógico comprometido com a educação para a cidadania, o museu busca articular em seus projetos culturais uma visão do conjunto das demandas por direitos humanos no âmbito e fomentar a construção de uma cultura de paz e tolerância, fugindo, assim, de abordagens dogmáticas ou doutrinárias que podemos considerar recorrentes em projetos realizados sem o mesmo cuidado no desenvolvimento da plataforma museológica ou produzidos por compromissos
estritamente políticos. Trata-se, portanto, de um museu de afirmação inequívoca dos direitos humanos, mas aberto à diversidade em todos os sentidos e variantes.
O Projeto Curatorial: Uma Visão Panorâmica dos Direitos
Humanos na América do Sul
O objetivo da exposição é constituir uma plataforma curatorial de alta densidade artística e histórica capaz de reintroduzir a temática dos direitos humanos no imaginário através de uma confluência entre imagens e documentos e, deste modo,propiciar insights, em diversos níveis, acerca da construção cultural da ideia de direitos humanos e com isso elaborar uma incursão pelas temáticas a serem desenvolvidas dentro do projeto curatorial concebido para o Museu dos Direitos Humanos do Mercosul (MDHM) – que irá privilegiar uma visão mais abrangente, explorando os diversos sentidos através das possibilidades abertas pela arte para abordar os direitos humanos. Desta forma, a exposição busca realizar uma intervenção no campo artístico e cultural em pelo menos três dimensões: (1) demonstrar para um público mais amplo a importância dos direitos humanos como elemento estruturante da formação de sociedades livres e democráticas; (2) desnaturalizar a ideia de direitos humanos e apresentá-la como o efeito de um processo histórico levado a termo, particularmente a partir da modernidade; (3) estabelecer uma discussão sobre os direitos humanos no campo museológico por meio de uma relação intercambiável entre as diversas esferas de materialização da memória como documentos, obras de arte, filmes e outros objetos museográficos de natureza diversa.
A plataforma da exposição, portanto, é construída por meio da justaposição de obras de arte e documentos com o objetivo de ativar sensibilidades nos espectadores sobre o tema dos direitos humanos. Ao utilizar um mecanismo de justaposição utilizando documentos e obras de arte de períodos e inclinações estéticas diversas, a exposição procura reconstituir a genealogia da noção de direitos humanos desde o processo da colonização até a contemporaneidade. Ao demonstrar os desdobramentos históricos, por meio de uma multiplicidade de elementos museográficos, a exposição oferece uma via de entendimento para as possibilidades e limites de apropriação do conceito de direitos humanos em nosso Continente.
Entretanto, na construção da narrativa expositiva a curadoria evitou uma visão cronológica e linear optando-se por abordar núcleos temáticos que contribuam para um maior entendimento sobre a exposição e maior fluidez e profundidade de abordagem. Desta forma, construiu-se um campo de legibilidade acerca do desenvolvimento da ideia de direitos humanos em nosso continente para abrir espaço à construção de novos sentidos e sensibilidades sobre o tema. A fim de possibilitar uma via de acesso mais evidente para os evidentes se formataram eixos estruturantes que na visão dos curadores permitem compreender os direitos humanos em sua multiplicidade de significados e em sua complexidade epistemológica, são eles: a Escravidão e a Exclusão, o Golpe e a Violência, a Manifestação e a Resistência, a Censura e o Silêncio, o Exílio e a Descoporificação, a Liberdade e a Conquista e a Artisticidade e a Expressão. Estes eixos irão oferecer uma perspectiva multifacetada da história dos direitos humanos no sul das Américas e permitir uma melhor compreensão das mutações no conteúdo do conceito ao longo da história.
Ao longo dos 3 andares dos museus e de suas 13 galerias, os visitantes encontrarão uma multiplicidade de articulações curatoriais que objetivam estimular sensibilidades e estimular uma relação de estranhamento do público com o tema da exposição. Para que, através do potencial estético proporcionado pelas obras de arte que sustentam a exposição, os visitantes possam reelaborar e superar as noções do senso comum acerca dos direitos humanos e explorar a profundidade de um conceito em aberto e ainda em formação que possui um imenso impacto para a formação de sociedades livres e democráticas. Sendo assim, a cada passo dado pelo visitante sua visão é problematizada pela relação, muitas vezes inesperada entre imagem e palavra, em uma confluência de informações que irão propiciar ao visitante a formação de conhecimento e uma perspectiva multissensorial do assunto abordado pela exposição.
Uma Plataforma Museológica e Curatorial para o Museu dos Direitos
Humanos do Mercosul
A exposição adota um modelo curatorial não-cronológico que busca questionar as estratégias de exposições estabelecidas para museus históricos e de memória. No campo da museologia histórica, ao fugir dos painéis com texto e do excessivo uso dos vídeos paradidáticos (modelos consagrados e transformados em lugar comum da museologia tradicional), a exposição busca gerar empatia criando um ambiente em que o estranhamento provoque um estímulo ao debate e uma leitura livre e nãodogmática dos materiais em exibição. No âmbito da história da arte, a exposição se afasta de abordagens acadêmicas, formais e canônicas de construção de exposições, pois para além das preocupações com a coerência estilística é o sentido temático das obras que organiza sua distribuição no espaço.
O objetivo almejado é, através da construção de novos registros estéticos e históricos, elaborar uma narrativa não-linear e não-evolucionista do processo de construção do conceito de direitos humanos. Trata-se, desse modo, de exibir as violações de direitos como um processo que não se encontra encapsulado no passado ou no presente, mas de evidenciar tanto as presentificações do pretérito, quanto as rupturas contemporâneas existentes na concepção de direitos humanos no espaço sul americano.
Assim, na exposição as obras de arte servem, também, como questionamento da noção de documento no interior do campo da história. Ao colocar documentos em justaposição com obras de arte e outros artefatos museológicos pode-se na prática demonstrar como o documento escrito (que no imaginário positivista está diretamente associado com a “verdade”) é um constructo cultural. Com isso pode-se questionar também a narrativa realista-naturalista (típica da escrita da história) como suporte de um discurso de construção da verdade pelo texto e, com isso, construir um novo registro, este estético e sensorial, da experiência histórica dos direitos humanos no contexto museológico.
Através da Experiência: Os Núcleos Temáticos da Exposição
Golpe e Violência
A história política do Cone Sul é marcada pela violência. O processo de independência dos países sul-americanos resultou, em largos traços, na substituição do domínio colonial por uma hegemonia oligárquica. Deste modo, o processo de democratização dos países do Continente foi demorado e interrompido por muitos Golpes de Estado que produziram várias ditaduras que perpetraram sistemáticas violações dos direitos humanos. O século XX, particularmente, foi marcado por momentos de violência política e terror disseminado. Durante as décadas de 1960 e 1970, a maioria das nações da região sucumbiu a Golpes encabeçados pelos militares, mas com o apoio de largas camadas civis, que patrocinaram graves violações aos direitos humanos – por exemplo, dentre mortos e desaparecidos temos o registro de mais de 2.000 pessoas no Chile, ao menos 450 pessoas no Brasil, mais de 13 mil pessoas na Argentina. Toda essa história de golpes foi resultado de uma construção violenta do domínio político desde a chegada de portugueses e espanhóis. Esse processo retardou a construção de uma cultura democrática na região e fez com que as instituições fossem permeadas pela violência. Atualmente, torna-se um imenso desafio cumprir plenamente a transição das recentes ditaduras para a democracia para que o legado do terror de Estado possa ser definitivamente superado.
Escravidão e Exclusão
A conquista do Continente Sul-Americano por portugueses e espanhóis foi marcada pela profunda violência com as populações nativas. Os povos indígenas, em sua esmagadora maioria, foram dizimados ou dominados pelos conquistadores. Sua cultura e religiosidade foram desprezadas. Além da marca da exploração e da violência contra os povos originários, a colonização ainda produziu a chaga da escravidão africana. m incontável número de negros africanos foi trazido à força, como escravos, para a América do Sul – e outras partes dos impérios coloniais – para trabalharem nas lavouras e na extração dos recursos naturais da região. A sistemática exploração dos povos indígenas e africanos no Continente foi um dos elementos responsáveis pelas profundas desigualdades sociais que são marcantes na região. Deste modo, a superação das desigualdades sociais e do preconceito racial são desafios que começaram a ser devidamente enfrentados muito recentemente e ainda se constituem em um imenso desafio para nossas sociedades.
Manifestação e Resistência
O processo político altamente excludente que conformou os países da região não foi estabelecido sem luta e resistência. A resistência a usurpação colonialista engendrou duros enfrentamentos entre espanhóis e portugueses e os povos indígenas. Os escravos marcaram sua resistência na formação dos quilombos e em inúmeras rebeliões – tal como aconteceu no Haiti onde a revolta dos escravos resultou na primeira independência da América Latina e Caribe. Os camponeses em busca de terra protagonizaram inúmeras revoltas nos séculos XIX e século XX em busca da reforma agrária. A urbanização formou o movimento operário que lutou por condições dignas de trabalho e remuneração justa aos trabalhadores. Deste modo, a história da América do Sul é marcada também por irrupções das lutas populares que foram abrindo horizonte para a construção da democracia no presente.
Censura e Silêncio
Durante grande parte de nossa história as liberdades de imprensa e de expressão estiveram submetidas a controle e censura. O ataque a liberdade de expressão e comunicação foram constantes dos regimes autoritários do Continente em sua busca de manter o domínio sobre a sociedade. Ao longo do tempo, o projeto de cerceamento do direito a livre expressão foi acompanhado pela concentração dos organismos de comunicação em poucas mãos, tornando, assim, o debate sobre a ampliação da liberdade de expressão e comunicação um dos principais vetores da democratização na contemporaneidade.
Exílio e Descorporificação
O Continente sul-americano foi construído sob a marca do exílio e do desterro. Muitos dos que vieram construir suas vidas nestas terras saíram forçosamente de seus locais de origem, seja por razões econômicas ou fugindo de perseguições. Outros, ao longo da colonização, foram condenados ao degredo e a viver longe do Continente. No entanto, foi durante as ditaduras que a experiência do exílio massificou-se. Neste período, milhares de cidadãos foram expulsos de seus países por divergência política com os regimes autoritários. Neste período, cerca de meio milhão de sul-americanos saíram de seus países fugindo da opressão, da tortura e do risco de morte.
Liberdade e Conquista
O fim das ditaduras na década de 1980 abriu um inédito processo de democratização na América do Sul. Em todos os países da região, a liberdade conquistada engendrou espaço para o ressurgimento de movimentos sociais tradicionais e para o surgimento de uma nova plataforma de movimentos e reivindicações sociais por direitos. Surgiram o movimento ambientalista, por livre orientação sexual e se fortaleceram as lutas feministas e por igualdade racial. A emergência destes novos atores forçou a ampliação do escopo dos direitos humanos na contemporaneidade, além de contribuir para a expressão pública de novas subjetividades que contribuem para formar democracias mais pluralistas.
Artisticidade e Expressão
Ao escolher construir a narrativa da exposição por meio de uma plataforma artística a curadoria buscou constituir uma nova via de abordagem de exposições museológicas para instituições de memória. Explorando um amplo conjunto de linguagens artísticas associadas a um conjunto de documentação histórica que contribui para a legibilidade das obras, este segmento amplia as vias de entendimento do conceito de direitos humanos. Esta seção foi construída a partir da compreensão de que os direitos humanos, em última instância, tratam da possibilidade de os indivíduos se expressarem livremente em sua diversidade e de que o território da arte é parte do pressuposto de que a arte é um dos mais importantes vetores para o pleno exercício.
Obras de:
Alfredo Zitarrosa
Adalberto Estrazulas
Ado Malagoli
Adriano Rojas
Alberto Bitar
Alex Flemming
Alfredo Aquino
Alice Castiel
Alphonsus Benneti
Alvaro Carmenes
Ana Alegria
Ana Flores
Ana Norogrando
André Petry
André Venzon
Anthony Arrobo
Antônio Vargas
Arlinda Nunes
Armando Almeida
Beatriz Balen Susin
Bernard Bouts
Bina Monteiro
Britto Velho
Bruno Mendonça
Bruno Risas
Camila Sposati
Carlos Asp
Carlos Sepúlveda
Caroline Valansi
Christina Meirelles
Clara Pechansky
Claudia Stern
Cláudio Tozzi
Daniel Andrade
Daniel de Andrade Simões
Daniel Santiago
Daniel Senise
Danúbio Gonçalves
David Mansur
Delano Peixoto
Diana Domingues
Dudi Maia Rosa
Eduardo Tavares
Eduardo Vieira da Cunha
Elizabeth Turkieniez
Emiliano di Cavalcanti
Estephanio Fusbach
Fábio Leal
Felipe Cama
Fernando Schmidt
Filipe Matzembacher
Flávya Mutran
Francisco Stockinger
Frantz
Gabriel Centurion Braga
Gerardo Del’Oro
Germano de Oliveira
Gilberto Perin
Hans Steiner
Iberê Romani
Igor Sperotto
Ilsa Monteiro
Iná Fantoni
Isabel de Castro
Jesus Escobar
João Câmara
João de Ricardo
João Luiz Oliveira Roth
Jorge Francisco Soto
Jorge Meditsch
José Carlos Moura
José Mayer
Juan Urruzola
Juliana Chagas
Käthe Kollwitz
Lasar Segall
Leandro Machado
Leda Flores
Leon Ferrari
Leopoldo Plentz
Leticia Obeid
Liana Timm
Liane Strapazzon
Luis Roque
Luiz Abreu
Luiz Antônio Vieira
Luiz Brasil
Luiz Carlos Felizardo
Luiz Eduardo Achutti
Luiz Zerbini
Lulli
Magna Sperb
Marcelo Armani
Marciano Schmitz
Marcio Reolon
Marcos Sari
Maria Anita Linck
Maria Lídia Magliani
Maria Tomaselli
Marina Camargo
Mariza Carpes
Marlies Ritter
Marta Loguércio
Martin Heuser
Mayana Redin
Mayra Redin
Milton Kurtz
Nelson Ramos
Oscar Lippe
Otávio Donasci
Ottone Rosai
Patrício Farias
Paulina Eizirik
Paulo Climachauska
Pedro Harres
Pedro Peralta
Peter Fox
Plínio Bernhardt
Raquel Bessio
Reginaldo Pereira
Renato Leal
Renina Katz
Ricardo Barcelos
Ricardo Chaves
Roberto Cidade
Roberto Santos
Rochele Zandavalli
Rodolfo Garcia
Roger Basseto
Romanita Disconzi
Romério Marx
Rosane Morais
Rubens Gerchman
Rudy Meireles
Sandra Lopes
Silvio Willians
Simone Nassif
Siron Franco
Teti Waldraff
Thais Franco
Thiago Rivaldo
Tomaz V. Borges
Vasco Prado
Victor de La Roque
Vinicius Vieira
Vitório Gheno
Walderez Aguiar
Walter Karwatzki
Waltércio Caldas
Werner Berthold
Wilson Antonio V. Alves
Wilson Cavalcanti
Xadalu
Yara Tupynambá
Zetti Neuhaus
Chargistas
Bendati (Aníbal Carlos Bendati)
Canini (Renato Canini)
Edgar Vasques
Luis Fernando Verissimo
Sampaio (José Miguel Pereira de Sampaio)
Sampaulo (Paulo Sampaio)
Santiago (Neltair Rebés Abreu)