7 de junho é o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, é celebrada a conquista do direito dos profissionais da mídia de fazerem circular livremente suas informações, em contraponto à censura imposta anteriormente por governos autoritários e ditatoriais.

Conheça um pouco da trajetória jornalística de militância político-partidária escolhida por Julio de Castilhos. 

Jornalista de combate e de polêmica, foi estudante na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo. Seu jornalismo tem objetivos políticos bem definidos: defende a República, almeja o poder e que o Partido Republicano Riograndense fosse vitorioso e absoluto no Rio Grande do Sul.

Julio de Castilhos transformou “A Federação” no primeiro jornal doutrinário do país. O político viveu para o jornal: chegou a abrir mão de seus próprios rendimentos e propriedades para financiá-lo. Julio combateu especialmente o que sempre denominou de “sofismas liberais”, ou seja, o Brasil não teria homens para a República, não havia liberdade em demasia, e as repúblicas sul-americanas serviam de mau exemplo.

A qualidade do argumento, a elegância da prosa, a combatividade da lógica de cada texto fixaria para sempre o vínculo do jornalista com o político e vice-versa. Não havia o publicista sem o jornal; não havia jornalismo político sem o publicista.


Fonte: Prof. Dr. Antonio Hohlfeldt, professor do PPG em Comunicação Social da FAMECOS/PUCRS e membro do IHGRGS.