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Conheça as histórias por trás das Máscaras Indígenas

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Arte em vermelho e amarelo escrito "Conheça as histórias por trás das Máscaras Indígenas "
Conheça as histórias por trás das Máscaras Indígenas

Repletas de significados, as máscaras vão muito além da nossa imaginação quando as contemplamos: são representações de forças da natureza, da pesca, das colheitas, dos animais lendários, dos ancestrais, bem como de cerimônias específicas e festejos.

Além disso, a confecção das máscaras – materiais utilizados e significados – modifica-se de acordo com as representações e universo de cada etnia indígena presente no Brasil.

Na tentativa de entendermos as raízes dessas representações e seus simbolismos, conheça as histórias por trás destas Máscaras Índigenas.

Elas se encontram na exposição "Memória e Resistência" no Museu Julio de Castilhos e você poderá conhecê-las através de uma visita! 

Máscara Tamakó

Conta-se que os Wayana saíram para caçar e observaram um grande grupo de Tamakós (espíritos) que comiam frutinhas. Eles voltaram no dia seguinte e havia um número ainda maior de espíritos. Então flecharam o menor Tamakó do grupo e um dos adultos comeu um dos índios, sendo os demais seguidos pelo bando até a aldeia. Para estabelecer a paz, o pajé prometeu aos Tamakós em uma canção, que estes não seriam mais flechados pela tribo. Como agradecimento, os Tamakós prometeram os proteger e, desde então, é realizada a Festa da Cumeeira, onde os Wayana vestem-se como Tamakós.

Máscara da Festa da Menina Nova - Povo Maguta

Trata-se de um ritual de iniciação, em que a menina é colocada em um "quarto de isolamento". Passado esse tempo, acontece o ritual, quando a menina é enfeitada com colares cruzados sobre os seios e tem a cabeça preparada para a retirada dos cabelos com o uso de uma cera preparada com formigas (uma espécie de anestésico natural). Ao sair do quarto, o tio retira-lhe a primeira mecha de cabelo, enquanto os homens da tribo dançam em torno do local do isolamento usando as máscaras confeccionadas de entrecasca, uma fibra natural, cuja representação varia entre animais e demônios.

Máscara da Festa para o apapaatai

Utilizadas pelos Waujá, povo que habita a bacia do rio Xingu, no Mato Grosso, nas festas do apapaatai - espírito causador de doenças. Para promover a cura nos casos mais graves, é necessária a organização de uma festa, que exige o preparo de vários objetos nos rituais, dentre os quais as máscaras. Esta festa se constitui em uma aliança entre o humano adoentado e o espírito causador. Na crença Waujá, o apapaatai, ávido por comida e festa, ao receber a homenagem do doente, promoverá a cura e o protegerá de outros ataques de diferentes espíritos. As máscaras devem ser guardadas até que se desintegrem ou que a hora do ritual de destruição da máscara chegue.

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