Mãe Carmem é herdeira do legado deixado por sua mãe na Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá - Assobecaty, onde assumiu como yalorixá oficial. Este legado não se restringe ao sagrado, mas engloba uma rica engrenagem cultural e social. Sua luta para fazer a roda andar resultou no reconhecimento da Assobecaty como o primeiro ponto de cultura de Matriz Africana no estado, em 2012, pela Secretaria de Estado da Cultura. Em 2018, a iniciativa recebeu a chancela do Ministério da Cultura como Pontão de Cultura. Com o passar dos anos, houve um desenvolvimento significativo, e hoje é reconhecido como um Pontão de Formação RS, desenvolvendo o Projeto Ponto A Ponto Tecendo as Culturas Gaúchas.

Atuou no Comitê Gestor da Política Estadual Cultura Viva. Atualmente Mãe Carmem é membro ativo do Pontão de Cultura Ilê Axé Cultural - Assobecaty e integra tanto a Rede RS de Pontos de Cultura quanto a Rede Guaíba de Pontos de Cultura.

No âmbito nacional, Mãe Carmem participa da Comissão Nacional de Pontos de Cultura (CNPdC), onde atua na executiva e compõe a Subcomissão de Memória e Patrimônio. Ela também é parte da Comissão de Certificação dos Pontos de Cultura (SCDC), promovendo a valorização e reconhecimento das iniciativas culturais.

Além disso, Mãe Carmem é integrante do Comitê Consultivo do Programa Pontos de Memória do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Sua dedicação à cultura é evidenciada por seu papel como Vice-Presidente do Conselho Estadual de Cultura, onde continua a promover e fortalecer a diversidade cultural do estado do Rio Grande do Sul e do Brasil.