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Tiago Simon homenageia os 25 anos da Casa de Cultura Mário Quintana

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Grande Expediente

Os 25 anos da Casa de Cultura Mário Quintana foram ressaltados no espaço do Grande Expediente, na sessão plenária desta quarta-feira (25). “No ano em que a Casa de Cultura completa 25 anos, este Parlamento não poderia deixar de destacar este verdadeiro milagre da história de Porto Alegre, que coloca em destaque nas suas páginas o dia 25 de setembro, data da sua inauguração”, referiu o deputado Tiago Simon (PMDB), proponente da homenagem, intitulada: “25 anos da Casa de Cultura Mário Quintana: território da cultura, recanto da poesia”.

Esta comemoração acontece, disse Tiago Simon, ao iniciar sua manifestação, “em um momento de perplexidade vivenciado pela Nação. O país acompanha uma crise de autoridade sem precedentes, que coloca em alerta a legitimidade do poder público”.

Falar sobre os 25 anos da Casa de Cultura, continuou, é trazer “o registro do momento histórico importante para o Brasil, o pós-ditadura, e a Casa de Cultura surge neste instante, fruto de grande movimentação de governantes, entidades culturais e sociedade”.

Um milagre

O parlamentar frisou que a mobilização à época, da qual fizeram parte grandes figuras da cultura rio-grandense, deve, sim, ser considerada um milagre. A Casa foi aberta ao público em 25 de setembro de 1990. A obra de transformação física do Hotel Majestic em Casa de Cultura, entre elaboração do projeto e construção, desenvolveu-se de 1987 a 1990.

“Sim, milagre, porque um prédio de grande valor arquitetônico não foi levado pelos ventos de uma duvidosa modernidade. Milagre, porque sua revitalização preservou as instalações frequentadas por Getúlio Vargas, João Goulart, Vicente Celestino, Virgínia Lane e Francisco Alves. Milagre ainda maior, porque, além de tudo, o esforço de artistas, políticos, intelectuais, entidades empresariais e governamentais, transformaram em Casa de Cultura a morada do nosso maior poeta, Mário Quintana”, frisou.

O deputado peemedebista destacou alguns personagens que, na sua opinião, foram fundamentais em todo o processo. “Cito o papel desempenhado pelo então governador Pedro Simon, seu vice, Sinval Guazzelli, o professor e escritor Sérgio Napp – falecido recentemente - (diretor da Casa de Cultura de 1997 a 1999, e depois, de 2003 a 2007), Ruy Carlos Ostermann, então deputado estadual”. Da mesma forma, prosseguiu, “é preciso lembrar dos idealizadores do projeto: Carlos Appell, secretário de Cultura, de 1987 a 1981, Niceia Brasil, Flávio Kiefer e Joel Gorski; Fábio Koff, Jairo Andrade, Cyro Martins, Bruno Kiefer, Dilan Camargo, Moacyr Scliar e representantes do interior do Estado, como José Clemente Pozenato, entre outros, que iriam, mais tarde, integrar o novo Conselho Estadual da Cultura”.

Fatores combinados

Lembrou, ainda, o apoio de entidades empresariais para execução do projeto. Igualmente referiu a combinação de fatores que o tornaram possível. A genialidade do projeto arquitetônico do antigo Hotel Majestic, obra do arquiteto teuto-brasileiro Theodor Wiederspahn, realizado entre 1916 e 1933; a mobilização da comunidade cultural, proposta pelo governador Simon; “e o terceiro elemento de rara beleza desta história: a homenagem a Mário Quintana, um dos maiores poetas brasileiros, que fixou residência no Hotel Majestic, em 1968”.

Conforme apontou Tiago Simon, “a história da Casa de Cultura Mário Quintana nos devolve o otimismo, repondo a convicção de que a soma de cooperação, solidariedade, espírito cívico, fomento cultural, bases do capital social de uma sociedade, são também a força moral de uma cidade”. Na sequência, ressaltou aspectos da biografia, da vida e da trajetória do poeta, recordando que, “como aluno incorrigível, trocou o ensino formal pela profusa produção poética e jornalística”.

Nestes 25 anos da Casa de Cultura Mario Quintana, impossível não reconhecer, disse, que ela é também o resultado de um conjunto de façanhas. “Uma ação difícil, corajosa e árdua, cujo êxito legou às novas gerações um território privilegiado de expressão cultural, e no qual está eternizada a majestosa obra de um dos nossos maiores poetas”, sublinhou.

Símbolo democrático

A partir da sua inauguração, observou, “a Casa de Cultura, que se transformou num símbolo democrático, passou, de fato, a receber inúmeras atividades, desde reuniões de trabalho com temas específicos, até apresentações de música, teatro e dança, demonstrando sua capacidade de convergência. Milhares de oficinas, palestras e encontros foram realizados, desde então, dentro das centenárias paredes do velho Majestic, que voltou a ser um dos orgulhos da Capital gaúcha”, apontou o peemedebista.

Por fim, referiu que a “Casa, como é carinhosamente chamada, com seus mais de 12 mil metros quadrados, mantém até hoje sua principal característica, obtida ainda em seus tempos de hotel: um lugar que recebe todos os públicos, com a mesma dedicação e afeto, procurando sempre promover o que há de mais diverso e positivo na sociedade, por meio das mais diferentes manifestações culturais”, e desejou uma longa vida à Casa de Cultura Mario Quintana, “para o bem da nossa cultura, e como mensagem e exemplo permanentes de otimismo ao povo gaúcho”.

Em apartes, manifestaram-se os deputados Gabriel Souza (PMDB), Regina Becker Fortunati (PDT), Missionário Volnei (PR), Miriam Marroni (PT), Juliano Roso (PCdoB) e Maurício Dziedricki (PTB).

Acompanharam a homenagem o secretário da Cultura, Víctor Hugo, representando o governo do Estado; o diretor da Casa de Cultura, Émerson Martinez Fortes; o presidente da Associação dos Amigos da Casa de Cultura, Eduardo Vidal; o ex-secretário da Cultura, Carlos Appel, e o ex-governador e ex-senador Pedro Simon. Ao final, aconteceu apresentação do Coral do Banrisul.

Texto: Celso Luiz Bender

Edição: Marinella Peruzzo

Foto: Marcelo Bertani

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