Secretário faz visita técnica a Salas Sinfônicas do RJ e MG
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Nessa quarta-feira (30), às 16h, será realizado um ato simbólico para marcar o inicio da obra da superestrutura da Sala Sinfônica da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre ( Ospa). A etapa é a terceira da construção da Sala, na Av. Loureiro da Silva 165.
A fim de conhecer outras experiências e ver alguns exemplos de trabalho que podem ser aplicados à futura Sala Sinfônica do Rio Grande do Sul, o secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, e a arquiteta da Sedac designada como gerente do projeto, Carmén Nunes, realizaram, nessa segunda e terça-feira (28 e 29), visita técnica a outras duas Salas do Brasil.
Cidade das Artes
No Rio de Janeiro a visita foi à Cidade das Artes que desde janeiro de 2013 foi reaberta ao público no sistema de soft opening, o mesmo conceito que se pretende implantar na Sala Sinfônica da Ospa. O sistema funciona mais ou menos como um “período de testes”, quando um projeto abre as portas sem estar totalmente concluído, mas que o público pode ter uma ideia de como ficará e os construtores podem fazer ajustes que forem se apresentando como necessários.
Para Assis Brasil foi muito útil “ver a forma como o trabalho começou na Cidade das Artes e, especialmente, as condições técnicas da Grande Sala e do Teatro de Câmara”. A visita também resultou em sugestões para usos futuros da Sala Sinfônica. “ Debatemos formas de, em um período futuro, podermos adaptar a sala para usar em algumas montagens de óperas”, informou Assis Brasil.
O diretor Executivo da Cidade das Artes, Robson Outeiro, recebeu o secretário e detalhou todo o projeto. “ Para nós foi fundamental o sistema de soft opening. No momento em que se coloca um projeto a funcionar é que se vê, exatamente, os ajustes necessários. O Teatro de Câmara tomou forma com a gente aqui dentro”, afirmou.
O prédio escultural, erguido a dez metros do chão no coração da Barra da Tijuca, abriga um dos mais importantes e completos espaços para a representação das artes. Música, canto, teatro, cinema, dança, artes plásticas, e outras manifestações artísticas brasileiras e de todos os povos terão acolhida de excelência técnica capaz de transformar o lugar em um grande centro de valorização da cultura. O projeto é do arquiteto francês Christian Potzamparc.
E é neste local que agora está a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), uma das mais importantes do país com 70 anos de existência. Por mais de dez anos a OSB aguardava por um local definitivo para ensaios e em 17 de março de 2014 estreou na Cidade das Artes. A orquestra utiliza a sala de ensaios e as salas de concertos para 3 de suas Séries de Concertos da Temporada 2014. O maestro assistente da OSB, Ulisses Amaral, falou sobre o entusiasmo dos músicos com a casa nova. “Mudou a perspectiva de crescimento da orquestra, finalmente a OSB tem uma casa, um lugar fixo de ensaios, o salto de qualidade na orquestra é imenso”, disse.
A Cidade das Artes é administrada pela Fundação Cidade das Artes junto à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. A multiplicidade das funções destes equipamentos, que reúnem a Grande Sala, o Teatro de Câmara, a Sala de Música Eletroacústica, as salas multiuso, a sala de exposições, os cinemas, as salas de ensaio, etc.
Desde que foi aberta ao público, no processo de soft opening, o centro das artes vem demonstrando o bom funcionamento da sua estrutura técnica e humana, da bilheteria dos teatros, do acesso ao local via transporte público e do seu amplo estacionamento.
Estação da Cultura
Na terça-feira (29), em Belo Horizonte, o secretário Assis Brasil e a arquiteta Carmén Nunes visitaram as obras da Estação da Cultura Presidente Itamar Franco. O projeto ocupa um quarteirão com desnível de 14m de altura, na região central de Belo Horizonte, e prevê a execução de uma Sala de Concerto, com capacidade para 1400 espectadores, que sediará a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Além disso, o complexo inclui a sede da Rádio Inconfidência e da Rede Minas (ambas públicas), e o restauro de uma edificação tombada.
O gerenciamento executivo da Estação da Cultura está a cargo de Tiago Nagib e a arquiteta Jô Vasconcellos é responsável pelo acompanhamento da obra e integrou a equipe autora do projeto. Ela recebeu o secretário e a arquiteta gaúcha. O projeto contará com investimentos de R$ 140 milhões da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e a expectativa é de que a construção esteja concluída até o final de 2014. O projeto acústico é de José Augusto Nepomuceno, o mesmo que prestou consultoria para o projeto da Sala Sinfônica da Ospa.
Assis Brasil ficou entusiasmado com o que viu. “Impressiona pela qualidade. Espantoso ver uma Orquestra com apenas 5 anos já conseguir uma sede, fato que justifica ainda mais a construção da Sala Sinfônica do Rio Grande do Sul, pois nossa Orquestra tem 60 anos”. A Sala da Estação da Cultura possibilita uma grande aproximação do público com a orquestra. “ O que mais gostei é o movimento da plateia em torno da orquestra. Só temos a ganhar trocando experiências com estes grandes projetos, apesar das diferenças o objetivo é o mesmo: uma casa para suas orquestras”, concluiu Assis Brasil.
A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais é uma orquestra criada em 2008. Em suas primeiras temporadas, a Filarmônica de Minas conquistou público e crítica pela qualidade de seu trabalho, sendo considerada uma das melhores orquestras do Brasil. Tem como Diretor Artístico e Regente Titular o maestro Fabio Mechetti, de longa carreira no Brasil e no exterior.