Secretaria da Cultura e Prefeitura de Pelotas anunciam atividades do Biênio Simoneano
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Nessa segunda (09), dia em que se completaram 150 anos de nascimento do escritor gaúcho João Simões Lopes Neto, a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) e a Prefeitura de Pelotas, em parceria com o Instituto João Simões Lopes Neto (IJSLN) e o Sesc, divulgaram oficialmente a programação do Biênio Simoneano (2015-2016), oficializado por meio do Decreto nº 52.278/2015.
Entre as atividades anunciadas está o lançamento do Almanaque do Bicentenário de Pelotas, volume 3, produzido pela Gaia Cultura & Arte com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), marcado para hoje, às 19h, na Secretaria Municipal de Cultura.
De acordo com a prefeita em exercício, Paula Mascarenhas, o Biênio – criado para celebrar os 150 anos de nascimento do escritor (9/03/1865) e o centenário da sua morte (14/06/2016) – é, na verdade, o registro do período de ápice de um tempo significativo que se iniciou em 2010, quando a publicação do Cancioneiro Guasca completou cem anos. Em 2012, os Contos Gauchescos fizeram cem anos dando prosseguimento às comemorações, em 2013 as Lendas do Sul e em 2014 os Casos do Romualdo.
Para Paula, que foi a primeira presidente do Instituto João Simões Lopes Neto - de 1999 a 2008 -, as atividades realizadas durante os dois próximos anos darão oportunidade para que as pessoas possam redescobrir, valorizar e divulgar a obra de Simões. “O Biênio será a oportunidade de unirmos várias instituições em torno do legado deste escritor, de divulgarmos ainda mais sua obra e de identificarmos, definitiva e concretamente, Pelotas como a cidade de Simões Lopes Neto", disse.
Após a coletiva de imprensa, com a participação do secretário de Estado da Cultura, Victor Hugo, os simoneanos cumpriram o tradicional ritual de visitar o túmulo do escritor, no Cemitério Ecumênico São Francisco de Paula, no Fragata. No cortejo estiveram presentes o diretor de Cultura do SESC-RS, Sílvio Bento, o presidente do IJSLN, Antonio Carlos Mazza Leite, o ex-presidente do IJSLN, Henrique Pires, e os pesquisadores Mario Mattos (ex-vice-presidente do IJSLN) e Fausto José Leitão Domingues, entre outros.
Aos pés da lápide, algumas palavras foram pronunciadas com o devido respeito por aquele que hoje é considerado, por estudiosos e críticos, o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul e um dos maiores escritores brasileiros e cuja produção literária valoriza a história do gaúcho e suas tradições. Em sua fala, o secretário de Cultura do Estado, Victor Hugo, citou Sartre: “A imortalidade é o que a gente deixa para as gerações seguintes”.