Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Cultura

Início do conteúdo

Projeto multimídia resgata o mirante da cúpula da CCMQ

Publicação:

De 11 a 29 de setembro, lentes, lunetas, telescópios, projeções, performances e filmes ocuparão o abandonado mirante do Jardim Lutzenberger, na Casa de Cultura Mario Quintana, recuperando a sua antiga função de observatório da paisagem natural e urbana, transformando-o em novo ponto de encontro de artistas, público e mediadores. Concebida e coordenada pelo fotógrafo e artista visual Denis Rodriguez, esta ocupação-manifesto temporária visa possibilitar que se enxergue longe, a devolução da paisagem do Guaíba aos olhos e a reaproximação do homem ao costume ancestral de observar o movimento do cosmos, da natureza e da passagem do tempo. A entrada é gratuita.

Estão envolvidos 12 artistas e 13 cineastas, na mostra abrangente e multidisciplinar, composta por seis obras permanentes - com soluções óticas: quatro lunetas e um telescópio - em doze dias de ações e atividades. Entre elas estão performances, happenings, músicas, a mostra de filmes, que inclui 14 títulos e o seminário “Tentativa e Erro”, sobre as práticas estéticas e discursivas contemporâneas que se organizam em estruturas  autônomas e se mantêm através de redes colaborativas. Os participantes propõem, através de um amplo calendário de eventos, ficções para uma nova relação entre cidade e paisagem, tomando posição em relação ao grave problema da privatização do horizonte. Utilizando-se da arte, a exposição fará com que as pessoas, sempre tão consumidas por compromissos e pela pressa, se conscientizem da ausência de visão panorâmica no cotidiano das grandes cidades e clamem por este direito. em parceria com a Curatoría Forense, que vem refletir

ARTISTAS:

Caroline Barrueco | Daniel Eizirik | Denis Rodriguez | Gabriel Brito Nunes | Jimson Vilela | João Kowacs | Leonardo Remor | Olga Schwartz | Ricardo Ayres | Rodrigo John | Thiago Correia Gonçalves | coletivo Vera Leila, aka Luiza Só, Lívia Koeche, Sérgio Guidoux Kalil e convidados | Virginia Simone & Matheus Walter

EXPOSIÇÃO - 11 a 29 setembro, diariamente, das 16h às 20h.

LUNETAS - Instalação de Daniel Eizirik: duas lunetas precárias, fabricadas pelo próprio artista. Lunetas como pálpebras de encantamento sobre a cidade em movimento. Gestar e dar luz às imagens no lugar onde vão ser vistas, e evocá-las como forma de bendição. O Palácio do Exército Brasileiro, Igreja branca arranhando o céu. Antes passava água por aqui, a rua já foi praia.

PANORAMA EM JOGO, instruções de Denis Rodriguez. Cartas coloridas, tinta, câmera digital/celular, wi-fi e computador. Cartas e degraus pintados nas mesmas cores, o trabalho se inicia na entrada da escada caracol de acesso ao mirante. Nesse jogo, ao se escolher uma carta, opta-se por um percurso definido pela cor, um trajeto a seguir durante a subida da escada. Através de instruções para uso de câmera de celular, digital ou tablet, o participante descobre o significado da expressão “Direito ao Panorama” e compartilha essa ideia, através do computador instalado na cúpula.

DENSIDADE - Instalação de Jimson Vilela. Telescópios modificados com aplicação de plotter adesivo. Entre o olho e ela: ar, vazio, espaço, ruídos, sons, vozes, frases, histórias, estórias, discursos, ideologias, idiomas, línguas, corpos, casacos, camisas, camisetas, calças, sapatos, tênis, escala cromática, objetos, atrito, calor, temperatura, vento, frio, luz, sombra e imagem.

PÔR-DO-SOL - Instalação de Leonardo Remor. Video, televisão e cadernos com anotações. No exato ponto onde estaria o Sol ao se pôr no horizonte da cúpula, é instalada uma televisão, um aparelho videocassete e um arquivo de fitas vhs. Cada uma delas é um pôr-do-sol diferente, sempre com duas horas de duração. Os visitantes são convidados a escolher uma das fitas e assistir ao registro, devolvendo o pôr-do-sol a paisagem do mirante. Cada uma das fitas acompanha um pequeno caderno de anotações feitas durante cada gravação.

PONTOS PLURICOLATERAIS - Instalação de Thiago Correia Gonçalves. Desenho com giz de lousa. É uma série investigativa sobre localizações geográficas pré-definidas para realização de intervenção artística. Já foi experimentada na Praça da Sé, em São Paulo, e está em projeto na Praça Rio Branco, no Recife. A escolha destas cidades se deu pela presença do Marco Zero, tendo como símbolo a Rosa dos Ventos e seus vetores na paisagem. A antiga função de mirante da cúpula do Jardim Lutzenberger levanta a questão sobre qual orientação é mais atrativa e como ocupações posteriores influenciam no problema do panorama.

TESOURO, instalação de Virginia Simone & Matheus Walter. Telescópio, baú de ouro e escadaNa linha do horizonte, a idealizada fortuna está ao alcance daqueles que no tesouro acreditam. 

MOSTRA DE FILMES

Com organização e curadoria de Leonardo Remor, possui trabalhos inquietantes, marcados pela espontaneidade e frescor, diferentes abordagens do contexto urbano, tendo a cidade como protagonista.

- Menino Aranha de Mariana Lacerda (13’, PE/2008, 35mm)

- Fotokino de Distruktur (2’, Alemanha/2012, 16mm)

- Edifício Sinai de Daniel Eizirik e João Kowacs Castro (3’, RS, super-8)

- Baronesa de Claudia Afonso (18’, SP/2008,video)

- A Volta da Bola de Caroline Barrueco (2’35’’, SP/2011, video)

- Quantas copas por uma copa?  do coletivo Aura (4’, RS/2013, video)

- Latas do Túnel do Coletivo Âmago (4’10’’, SP/2012, video)

- Corpo sem órgãos de Renata Ferraz (8’21’’, Portugal-Brasi-/Itália/2012/ video)

- Rastros de Filipe Rossato, Isandria Fermiano e Kalisy Cabeda (17’, RS/ 2013, video).

- Shanti  de Distruktur (3’, Alemanha/2012, 16mm)

- A vida noturna das igrejas de Olinda de Mariana Lacerda (19’, PE/2012, DCP)  * excepecionalmente na Sala P.F. Gastal

- Salamaqat de Andrés Schaffer (11’25’’, MG/2013, video)

- Amor com a cidade de Pornô Clown (10’, SP-RS/2012, video) * também na Sala P.G. Gastal.

Texto: Asscom CCMQ

Edição: Asscom Sedac

 

Secretaria da Cultura