Ospa interpreta música russa e norte-americana na UFRGS
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Em seu próximo concerto no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) promove um encontro entre as tradições musicais da Rússia e dos Estados Unidos.
A “Abertura Festiva” de Shostakovich (1906-1975), escrita em 1954 para as comemorações do aniversário da Revolução de Outubro, é a primeira peça do programa. Em seguida, o clarinetista Diego Grendene sobe ao palco para fazer os solos do “Concerto para Clarinete” de Copland (1900-1990). Diego, que fez sua formação no Brasil, nos Estados Unidos, na França e na Bélgica, é músico da Ospa. Elaborado no final da década de 1940 a pedido do clarinetista de jazz Benny Goodman, o concerto começou a ser escrito quando Copland estava em turnê na América do Sul – elementos do jazz e até da música brasileira foram incorporados na obra.
A terceira música do repertório é “Francesca da Rimini” de Tchaikovsky (1840-1893), um poema sinfônico de 1876 inspirado em uma das personagens históricas retratadas por Dante Alighieri no Inferno de “A Divina Comédia”. Por fim, uma das mais famosas peças de Gershwin (1898-1937) fecha o concerto: “Um Americano em Paris”. Segundo as notas do compositor, seu objetivo com o trabalho era "retratar a impressão de um visitante americano em Paris enquanto ele passeia pela cidade e ouve vários ruídos de rua". Para reproduzir essa atmosfera, levou buzinas de táxis parisienses para a estreia da composição em Nova Iorque.
O maestro Enrique Diemecke já foi diretor artístico da Filarmônica de Bogotá, do Teatro Colón, da Sinfônica de Long Beach (Califórnia) e da Sinfônica de Flint (Michigan). Esta é a primeira vez que ele rege a Ospa.
Enrique Diemecke (regente | México)
Diemecke começou a tocar violino aos seis anos de idade e, com nove anos, já executava obras na trompa, no piano e na percussão. Estudou na Universidade Católica em Washington e, com uma bolsa outorgada por Madame Monteux, na Escola Pierre Monteux de regência sob a orientação de Charles Bruck. É frequentemente convidado de orquestras e casas de concerto de todo o mundo, incluindo o famoso Teatro Zarzuela de Madrid. Recebeu diversos prêmios, e foi indicado ao Grammy pela gravação da Primeira Sinfonia de Mahler com a Sinfônica de Flint. Atua também como compositor e arranjador.
Diego Grendene de Souza (solista | clarinete | Brasil)
É clarinetista da Ospa e diretor do Conservatório Pablo Komlós. Graduado pela Universidade Federal do RS, realizou cursos de aperfeiçoamento na Universidade da Georgia (EUA) e em Nice, na França, entre outros. Estudou com Walter Boeykens no Conservatório Real Superior de Antuérpia, na Bélgica e, paralelamente, integrou o Quarteto de Clarinetes Aliénor, com o qual realizou uma série de 44 concertos por diversas regiões da França. Atualmente faz Mestrado na Universidade Federal do RJ, sob orientação de Cristiano Alves. Tem atuado como solista com a Ospa e outras orquestras, participado de gravações de CDs e trilhas sonoras de filmes. Na área da música de câmara tem realizado concertos com diversas formações e, como docente, tem lecionado em projetos e festivais em várias partes do Brasil.
A Ospa é uma das fundações vinculadas à Secretaria de Estado da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Sedactel). Os concertos da temporada 2017 são patrocinados, via Lei Federal de Incentivo à Cultura (LIC), por Corsan e Banrisul. Apoio: Ipiranga, Thyssenkrupp e Ventos do Sul. A realização é de Ospa, Fundação Cultural Pablo Komlós e Sedactel.