Nota de pesar: Luiz Inacio Franco de Medeiros
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Nota de pesar
Luiz Inacio Franco de Medeiros (Porto Alegre, 1943-2021)
A Secretaria de Estado da Cultura, o Museu Julio de Castilhos e a Associação de Amigos do Museu – AJUC lamentam, com pesar, o falecimento, neste domingo (7), do seu ex-diretor, Luiz Inacio Franco de Medeiros.
Luiz Inacio foi articulador político para a compra da casa anexa ao museu, adquirida pelo governo do Estado, em 1975, e, em sua gestão no Museu Julio de Castilhos (1983 a 1987), deu início às obras, por meio da Secretaria de Obras Públicas, que possibilitaram a ampliação dos espaços físicos do museu.
Sua atuação na direção do MJC marcou a integração da sociedade gaúcha com a instituição, a partir de projetos importantes, onde os limites das edificações do museu foram rompidos, levando o Museu Julio de Castilhos ao encontro do público, através de projetos de patrimônio, como “Passeio Cultural” - que conduzia os participantes pelos pontos estratégicos do centro político de Porto Alegre, no Centro Histórico da cidade, e na retomada de exposições itinerantes, iniciadas em 1975, no chamado “Trem da Cultura”, onde vagões de trem conduziam por ferrovias gaúchas o acervo do museu e coletava novas peças para as coleções.
Em sua visão estratégica de gestão museal, teve papel decisivo na fundação da Associação de Amigos do Museu Julio de Castilhos, instituição de apoio ao museu que se mantém ativa e com extrema relevância até os dias de hoje. Profundamente comprometido com o patrimônio sob guarda do museu, criou, em 1984, o Laboratório de Conservação e Restauro do Museu – conferindo, assim, importância às atividades de conservação preventiva do acervo.
Foi também responsável por restabelecer o papel formativo no âmbito museológico que o Museu Julio tivera em gestões anteriores, executando cursos sobre práticas museológicas voltadas aos museus do RS.
Além de gestor, Luiz Inacio foi um dos grandes doadores do acervo do Museu Julio. Sua última contribuição, em dezembro de 2019, foi a doação de uma cadeira pertencente a Borges de Medeiros, presenteada pela família do político ao seu pai. Segundo o ex-diretor, era nela que Borges sentava-se à sombra das árvores no pátio, onde apreciava a movimentação no jardim do museu.
Por seus relevantes serviços à Museologia do RS e Brasil, foi agraciado com a Medalha Mérito Museológico pelo Conselho Federal de Museologia, em 2010.
Aos familiares e amigos, deixamos nossa solidariedade e sentimentos.