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Natureza e aves migratórias são atrativos em Tavares

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Entre outubro e maio, quando ocorre a migração de aves que chegam dos hemisférios Norte ou do sul da América Latina, pessoas d - Foto: Divulgação

O número de turistas que chega a Tavares para observar as aves migratórias e participar de trilhas pelas dunas que dão acesso à praia praticamente dobrou em cinco anos. 



Relaxar na cidade pacata, com 5 mil habitantes, é também alternativa para quem não gosta de burburinho, o que explica porque no verão e no Carnaval a presença de gaúchos aumenta. Mas é entre outubro e maio, quando ocorre a migração de aves que chegam dos hemisférios Norte ou do sul da América Latina, que pessoas de diversos estados e do exterior aproveitam para contemplar o que a região oferece. 

A presença de aves que se alimentam das espécies da Lagoa do Peixe transformou a cidade em um dos dois principais locais do Brasil para a observação de aves residentes e migratórias, como o flamingo (Chile), o colhereiro (Pantanal) ou maçaricos (Estados Unidos e Canadá). “O destino, situado entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos, no Litoralgaúcho, é perfeito para quem quer momentos de paz e conexão com a natureza”, diz a secretária de Finanças da prefeitura de Tavares, Michele da Silva Araújo, filha de empreendedor da área de gastronomia. 

Ela participou de uma capacitações do Sebrae-RS para contribuir no negócio que irá herdar e acompanhou as transformações no trade turístico e no comércio. “Este mercado cresceu muito desde 2009”, garante. Outros 23 empresários das áreas de turismo, gastronomia e varejo qualificaram seus negócios, a partir de convênios entre o município e o Sebrae-RS. “Tavares está situado em uma região de característica ambiental significativa e expressiva no cenário nacional”, explica a bióloga e consultora externa do Sebrae para o Roteiro Lagoa do Peixe, Roséli Azi Nascimento. 

“É um município encantador e com hospitalidade acolhedora.” Além de atividades de visitação de ambientes naturais, observação de aves, vida ao ar livre (com jipe), contemplação da natureza, é possível desfrutar de atividades em propriedades rurais, como cavalgadas. “No trabalho desenvolvido pelo Sebrae-RS, fomos detectando estas características e transferindo para um produto que permitisse o desenvolvimento do turismo.” 

Hoje, as características culturais (colonização açoriana, a exemplo das cavalhadas) também são atrativos para quem vai conhecer a região”, afirma Roséli. O Sebrae investiu quase R$ 100 mil em dois projetos, que contaram com R$ 30 mil em contrapartidas da prefeitura, permitindo que os integrantes do Roteiro Lagoa do Peixe passassem por capacitações, encontros, rodadas de negócios, e viajassem para uma missão técnica em Bonito (Mato Grosso do Sul), onde a observação de aves também é nicho de mercado no setor turístico. 

Com ambientes melhorados, marketing acirrado e intensa divulgação, a tímida rede hoteleira passou a receber mais visitantes. “O destino tem sido descoberto por pessoas que têm como hobby observar e fotografar aves, mas também por jeepeiros e trilheiros, que curtem percorrer os caminhos naturais da região”, confirma o operador turístico e empresário João Batista Cardozo.

Parque da Lagoa do Peixe pode ganhar atividades náutica

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe, criado em 1986 para proteger cerca de 267 espécies de pássaros, é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e tem 80% de seus 34 mil hectares localizados em Tavares e o restante na vizinha Mostardas. Aves como o flamingo e o cisne de pescoço chegam da Argentina pelos próximos dias, juntamente com pássaros que descem em direção à Terra do Fogo, no Chile. 

Ali, as espécies se mesclam e ficam para se alimentar, atraindo oito mil pessoas por ano, a maioria em novembro, por conta do Festival Brasileiro das Aves Migratórias. A atração ocorre um ano em Tavares e outro em Mostardas e promove minicursos de observação de espécies e passeios com guia, além de outras atividades. 

Em maio, as aves retornam para casa. Quem quiser contemplar o espetáculo encontra, além de hospedagem preparada, gastronomia típica, com destaque para cinco estabelecimentos, onde é possível provar pratos feitos com peixe e camarão cultivado na Lagoa. As diárias nos hotéis custam em média R$ 140,00. 

“O comércio está entendendo o turismo como uma economia agregadora, e está funcionando”, diz o proprietário do hotel Parque da Lagoa, João Batista Cardozo. A alta temporada, que vai outubro até maio, com pico no verão, tem garantido 70% de ocupação tanto no hotel administrado por Cardozo, quanto nas duas pousadas no município. Outros cinco hotéis em Mostardas ampliam a capacidade do receptivo. 

Analista ambiental do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, Fernando Weber conta que há intenção de se criar um parque náutico com atividades esportivas como caiaque e stand up paddle. O Parque promove ainda trilhas até a Lagoa do Pai João e à praia Trilha dos Flamingos, entre o farol de Mostardas e a praia da Lagoa do Peixe, onde a lagoa encontra o Oceano. 

“São 35 quilômetros de extensão de praia”, diz Weber. Três trilhas levam ao mar e uma vai até a lagoa, podendo ser feitas de carro, bicicleta ou à pé.

Fonte: Jornal do Comércio

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