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Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul

Marsul

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O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), instituição da Secretaria da Cultura (Sedac), foi criado pelo Decreto Estadual nº 18.009, de 12 de agosto de 1966. Seu fundador foi o professor e pesquisador Eurico Theófilo Miller, docente da rede estadual de ensino, que desde a década de 1950 realizava pesquisas arqueológicas na região nordeste do estado. A partir de 1965, Miller integrou o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas (Pronapa), cujo objetivo era mapear as populações pré-coloniais do Brasil.
Fundado em Taquara, cerca de 70 km da capital Porto Alegre, o Marsul esteve inicialmente sediado na residência do fundador e, depois, durante doze anos, em prédios particulares cedidos para suas atividades. Em 1973 teve início a construção da sede definitiva, em um terreno de 5,6 hectares doado pela Prefeitura de Taquara. O conjunto arquitetônico do museu, composto por três edificações que totalizam aproximadamente 2 mil m², foi construído com recursos próprios do Governo do Estado e inaugurado oficialmente em 1977. Trata-se de uma das poucas instituições museológicas do país com sede projetada especificamente para fins arqueológicos, sendo a maior do Brasil em área construída dentro de sua tipologia.
Graças à criação do museu e à atuação de Miller no Pronapa, o acervo cresceu de forma exponencial ao longo dos primeiros anos. Em 1984, o Marsul já estimava possuir cerca de 1 milhão de itens arqueológicos. Durante os programas Pronapa, Propa e Pronapaba, foram identificados mais de 1.100 sítios arqueológicos.
O vasto e diversificado acervo do Marsul conta, predominantemente, com coleções provenientes de sítios pré-coloniais com datações que remontam a até 12 mil anos. Entre os artefatos estão vestígios de grupos caçadores-coletores ancestrais dos povos Minuanos e Charruas; pescadores-coletores litorâneos, construtores dos sambaquis; horticultores do planalto, ancestrais dos Kaingang e Xokleng; e agricultores das planícies, ancestrais dos atuais Guarani. Também integram a coleção objetos oriundos de grupos pré-coloniais de outras regiões da América do Sul.
O museu abriga, ainda, acervos relacionados ao período colonial, como os vestígios materiais identificados pelo Projeto Arqueológico de Santo Antônio da Patrulha (Pasap). Realizado entre as décadas de 1990 e 2000, o Pasap investigou sítios vinculados às primeiras ocupações lusitanas na região, datadas do século XVIII.
O Marsul está aberto à visitação de terça-feira a domingo, das 9h às 16h. Visitas escolares podem ser agendadas pelo e-mail: marsul@sedac.rs.gov.br.

Diretor: Cleiton Silveira

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