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Fórum Social Temático lota hotéis de Porto Alegre

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O Fórum Social Temático (FST) 2012 - que ocorre em Porto Alegre e na Região Metropolitana até o próximo domingo - está contribuindo para que a ocupação da rede hoteleira na Capital e cidades próximas registre números mais animadores do que os característicos deste período, quando há recesso de eventos e a maioria das pessoas que estão em férias optam por descansar em praias do Litoral.

De acordo com o presidente do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre e Região Metropolitana (Sindpoa), José de Jesus Santos, os hotéis do Centro da Capital estão praticamente lotados, com 97% dos leitos já ocupados.

No Centro Histórico quase não há mais leitos, informa Santos, destacando que os empreendimentos hoteleiros localizados em outros bairros ainda têm mais de 40% de sua ocupação disponível. "Estamos com pouquíssimos apartamentos desocupados", diz o proprietário do Hotel Embaixador, Sizenando Venturini. "Isso mostra os benefícios que um grande evento traz ao trade turístico", opina o empresário.

Apesar de não ter a mesma abrangência que o Fórum Social Mundial (FSM), com menos participantes, a edição temática que ocorre nesta semana também nas cidades de Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo está contribuindo para movimentar a rede hoteleira, que vive momento de baixa, diz o diretor da Rede Suárez, Manoel Suárez. "No entanto, o fluxo de visitantes é apenas de 10% do total que os de eventos anteriores rendiam", lamenta, ressaltando que durante as edições do FSM que ocorreram em Porto Alegre, as empresas hoteleiras mantinham as ocupações lotadas por sete dias consecutivos e que este ano o pico de hospedagem ocorre entre hoje e amanhã.

Segundo o presidente da Associação da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Sul, José Reinaldo Ritter, os estabelecimentos mais econômicos são os mais procurados. "Os participantes do Fórum Social Temático estão chegando à cidade com orçamento bastante limitado." Segundo Ritter, apesar de os empreendimentos com mais de três estrelas também já registrarem alta na demanda, com cerca de 60% das vagas preenchidas em função da edição temática do encontro, são as hospedagens de baixo custo que estão se beneficiando do fluxo de turistas que participam da programação do Fórum, que por se tratar de um movimento descentralizado não irá reunir a mesma quantidade de pessoas que costumam participar do FSM.

Oferecendo hospedagem barata, os donos de hostels da Capital não têm do que reclamar neste período. À frente da administração do Hostel Boutique, a empresária Bibiana Strohmayer comemora que a casa, com 48 leitos, esteja "lotadíssima" desde a manhã de ontem. "E até sexta-feira não há mais vagas." A maioria dos hóspedes vem de outros estados brasileiros, principalmente Mato Grosso e Amazonas, diz Bibiana. No bairro Cidade Baixa, o Casa Azul Hostel, com 33 leitos, também está lotado até quinta-feira.


Bares e restaurantes esperam elevação de 15% no movimento

A mesma euforia pelos bons negócios vista no setor de hospedagem atinge os bares e restaurantes da Capital. De acordo com a presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel-RS), Fernanda Etchepare, a expectativa é de que haja crescimento em até 15% de público nos estabelecimentos durante o período do FST.

“Desde sábado, já estamos atendendo uma clientela que veio à cidade participar do Fórum Social Temático”, diz Jorge Luiz Radaelli, braço direito do proprietário do Atelier de Massas, localizado no Centro Histórico. Ele estima que o movimento de pessoas deve aumentar no restaurante durante toda a semana. O presidente do Sindpoa, José de Jesus Santos, não tem dúvidas de que o fluxo de clientes do setor de gastronomia deve aquecer, principalmente à noite e em locais com maior concentração de estabelecimentos. “A procura deve se concentrar nos points da cidade, como o bairro Cidade Baixa e a rua Padre Chagas, no Moinhos de Vento”, opina.

Já o proprietário do bar Apolinário, Alessandro Ricoldi, não é tão otimista com relação à maior demanda nos estabelecimentos da Cidade Baixa, alegando que os mesmos estão enfrentando problemas com as medidas para diminuição da circulação de pessoas em horários de descanso dos moradores do bairro. “Mas devido ao porte do evento, com certeza iremos receber pessoas que estiverem participando do Fórum.”

Contando com dois restaurantes, um na Cidade Baixa, outro no bairro Farroupilha, o empresário Marcelo de Paoli, dono da marca Bar do Beto, está bem mais otimista. “O Fórum Social Mundial sempre foi excelente para movimentar o comércio da cidade. Este novo evento, que ainda não conhecemos, nos traz uma expectativa muito boa e esperamos receber muitas pessoas, de diversas faixas etárias e econômicas”, diz Paoli. “Este tipo de evento movimenta o setor e incrementa a economia local. Além disso, o Fórum, por se tratar de um encontro internacional, promove nossa gastronomia e turismo junto a diversas culturas e públicos”, avalia a presidente regional da Abrasel-RS.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=84756

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