Ex-presidente da Ospa, professor Luiz Osvaldo Leite é homenageado com a Medalha Simões Lopes Neto
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O professor Luiz Osvaldo Leite recebeu na tarde desta segunda-feira (25) a medalha Simões Lopes Neto das mãos do governador Tarso Genro. Desde 1972, a honraria é outorgada a personalidades que se destacam por seu trabalho em prol das artes, letras, ciências, educação, bem como na magistratura e no magistério. Professor em diversas escolas e universidades do Estado, Leite foi presidente da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa) e hoje está à frente da Fundação Cultural Pablo Komlós (FCPK).
"Ele tem o dom de fazer as pessoas se sentirem únicas", afirmou Tarso, ressaltando a atenção dada pelo homenageado a cada interlocutor. "Gostaríamos de homenageá-lo com todo o respeito que este Governo pode demonstrar, em nome do povo gaúcho."
Em seu discurso, o secretário de Estado da Cultura, Luiz Antonio de Assis Brasil, falou sobre o amplo conhecimento de Leite em diversas áreas das humanidades. "Ele recupera o espírito humanista, a ideia do intelectual completo".
Para o presidente da Ospa, Ivo Nesralla, a grandeza das ações humanas está em sua motivação e, no caso de Leite, o norte de sua trajetória sempre foi o do auxílio ao próximo. "Na presidência da FCPK, ele está ajudando a construir a nova Sala Sinfônica da Ospa."
A cerimônia foi realizada no Salão Negrinho do Pastoreio, do Palácio Piratini. Familiares, colegas, músicos e membros da equipe da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre prestigiaram a homenagem.
Luiz Osvaldo LeiteBacharel e licenciado em Filosofia, Luiz Osvaldo Leite também frequentou o curso de Teologia da Faculdade Cristo Rei, de São Leopoldo, que originou a Unisinos. Fez diferentes cursos de pós-graduação, entre eles o de especialização em Orientação Educacional; o Programa do Premem, concluído na Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos; e o de Filosofia, na UFRGS.
Atuou como professor de ensino médio e fundamental em diversas escolas de Porto Alegre, como Colégio Anchieta e Infante Dom Henrique. Foi professor da UFRGS durante muitos anos, e também integrou o corpo docente da PUCRS, Unisinos, Furg, Feevale e Fapa.
Atual presidente da Fundação Cultural Pablo Komlós, já ocupou o cargo de presidente da Ospa, diretor da Divisão de Cultura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, diretor da Editora da UFRGS, chefe de gabinete do reitor e diretor do Instituto de Psicologia da mesma universidade. Foi conselheiro do Conselho Municipal do Patrimônio Artístico, Histórico e Cultural (Compahc) e membro do Conselho Estadual da Cultura, do Conselho da Ospa e do Comitê de Ética da UFRGS.
Publicou uma centena de obras, capítulos de livros e artigos, da área de Filosofia, Educação Ética, História, Psicologia e Teologia. Em 2012, lançou a autobiografia "Octogesima adveniens: chegando aos oitenta", pela editora Entrementes.
Entre os títulos honoríficos, estão o de Professor Emérito da UFRGS; Medalha Cidadão de Porto Alegre; Prêmio Joaquim Felizardo, na área do Memória Cultural; Troféu Destaque UNITV; Troféu Açorianos de Música, Menção Especial; Comenda do Liceu Musical Palestrina e Comenda Santa Cecília (Ospa).
Fundação Cultural Pablo Komlós
A Fundação Cultural Pablo Komlós, que leva este nome em homenagem ao maestro húngaro fundador da Ospa em 1950, foi instituída em 20 de abril de 2004, tendo como principal objetivo proporcionar à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (declarada, em 2006, Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul) um espaço apropriado definitivo, destinado a concertos sinfônicos e outras atividades ligadas à música. Além de apoiar a construção da Sala Sinfônica da Ospa, a fundação também colabora na realização da programação artística e de eventos que ocorrem na capital e em todo o interior do Estado.
Texto: Ana Laura Freitas