A Casa de Cultura Mario Quintana sedia a oficina Feminismo e Ecologia: Crítica ao Capitalismo Verde, na próxima quarta-feira (25), às 9h, na Sala Lili Inventa o Mundo. O evento integra a programação do Fórum Social Temático e tem entrada franca. A oficina é organizada pela Marcha Mundial das Mulheres e conta com a presença da especialista em direito do trabalho e sindicalismo Wilhelmina Trout.

A Marcha Mundial das Mulheres é um grupo organizado que defende uma sociedade igualitária, onde a economia tenha como centro a sustentabilidade da vida, e não seja centrada na lógica do mercado e do lucro. Tem como foco a soberania alimentar, direito dos povos a uma alimentação saudável, ecologicamente produzida e de estabelecer seus próprios sistemas alimentares e agrícolas. Entende que a agroecologia deve ser um princípio e que as aspirações e necessidades dos que produzem, distribuem e consomem os seus produtos deve estar no centro dos sistemas e das políticas.

As crises recentes - alimentar, energética, financeira e ambiental - apontam para o fracasso do modelo capitalista de produção e mostram que as maiores vítimas são mulheres pobres,  crianças e idosos. O fato destaca a decadência do modelo patriarcal machista, onde a natureza e o trabalho das mulheres são tratados como externalidades ao modelo, sendo especialmente a natureza vista como inesgotável. Torna-se urgente redefinir os padrões de produção e consumo de bens, alimentos, energia e auto-gestão. O acesso das mulheres ao território - terra, água e sementes -, a afirmação de sua contribuição na produção, preparo e  distribuição de alimentos são desafios que estão no centro deste debate.

Texto: Asscom Sedac