O cinema do Mercosul em debate
Publicação:

Nesta semana ocorre em Porto Alegre um importante intercâmbio com o cinema do Mercosul . A promoção é da Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine-RS). Trata-se da I Mostra de Cinema Contemporâneo do Uruguai e do I Seminário de Produção e Cooperação Cinematográfica do Mercosul que serão abertos nesta quinta-feira, dia 8 de setembro, em uma cerimônia marcada para as 18h na Sala Eduardo Hirtz, térreo da Casa de Cultura Mario Quintana (Andradas,736).
Nesta cerimônia, que vai reunir autoridades e convidados do Rio Grande do Sul, Uruguai, Argentina e Paraguai, será assinado um protocolo de intenções que vai firmar algumas diretrizes do acordo de cooperação entre o Icau – Instituto de Cinema e Audiovisual do Uruguai e o Ieince. Na sequência, às 20h, abrindo oficialmente a mostra de filmes uruguaios, será exibida a película Réus, uma co-produção entre Brasil e Uruguai assinada pelos diretores Eduardo Piñero e Alejandro Pi. O filme, uma das maiores bilheterias do cinema uruguaio, ainda é inédito no circuito comercial brasileiro. O encontro e a sessão são abertos ao público.
Na sexta-feira, dia 9 de setembro, na Sala A2B2 da CCMQ, serão realizados os três debates que compõem o I Seminário de Produção e Cooperação Cinematográfica do Mercosul. A primeira mesa, sobre Produção e Cooperação do Mercosul, está marcada para as 14h. Às 16h, o painel será sobre Film Comission. A partir das 17h o debate será sobre Os Rumos da TV Digital no Mercosul. Os debates são abertos ao público.
Ao longo da semana, até 15 de setembro, a Sala Eduardo HIrtz segue exibindo filmes uruguaios, dentro da programação da I Mostra de Cinema Contemporâneo do Uruguai. Entre os títulos selecionados pelo Icau estão A Vida Útil, de Federico Veiroj; Gigante de Adrián Biniez; Jamás Leí a Onetti, de Pablo Dotta; Mundialito, de Sebastian Bednarik; Mal Día para Pescar, de Alvaro Brecher; e os curtas Mojarra, de Stefano Tononi; Nuestra Hospitalidad, dos diretores Joaquín Peñagaricano e Pablo Abdala; e El Cuarto Reino, de Guillermo Kloetzer. As sessões terão entrada franca.
Esta aproximação do cinema gaúcho com o cinema do Mercosul – que se concretiza primeiramente com o Uruguai – é resultado de uma política de aproximação entre os governos do Rio Grande do Sul e do país vizinho. As atividades desta semana foram anunciadas em abril passado, quando o secretário de Estado da Cultura, Assis Brasil, recebeu autoridades uruguaias na CCMQ e estreitou relações culturais com comunidade daquele país. Naquela ocasião, Assis Brasil destacou a qualidade do cinema uruguaio. “Só temos a dizer que é umas das linguagens mais desenvolvidas naquele país. Quando falamos de uma produção uruguaia sabemos a qualidade do que vamos assistir”, disse.
Texto: Mônica Kanitz