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Frantz | O Ateliê como pintura

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Frantz eleve respingos e manchas à categoria de arte e questiona o lugar da pintura contemporânea Foto: Túlio Pinto

 

 

 

Sobras, respingos e manchas: acidentes decorrentes do processo da pintura são tomados por empréstimo pelo artista Frantz. Figura conhecida do cenário das artes, o artista terá sua exposição “FRANTZ: O Ateliê como Pintura” inaugurada dia 06 de agosto, sábado, às 11h no Museu de Arte Contemporânea do RS, na galeria Xico Stockinger. Com curadoria de Paula Ramos, a visitação se estende até o dia 04 de setembro de 2011.

A apropriação é um assunto polêmico: em tempos de discussão sobre autoria e propriedade, a apropriação é uma realidade no campo da arte contemporânea.  A curadora considera que este é um ponto que pode gerar dúvida, mas a discussão é valida. Ela entende que este exercício para o qual Frantz se propõe, reside no olhar.

Serão apresentadas telas de grande porte e livros confeccionados a partir do das superfícies de tecido e papel que recobriam ateliês de diversos artistas. Na exposição, o público terá a oportunidade de manusear os livros. Uma experiência sensorial que está muito além de revelar a textura das obras, conforme comenta o secretário Assis Brasil

Palavras do Secretário

Retalhos, aparas, fragmentos, parcelas. Agonias de cores, de texturas, de clarões. Tudo isso pode lembrar o caos, e lembra mesmo. Não podemos esquecer, contudo, que do Caos primordial fez-se unidade e matéria legível, organizou-se o Cosmos. Esse conforto estético equilibra-se no fio do conhecimento humano, mas está constantemente em discussão – e quem opera essa discussão é o artista. É ele que nos pega pela mão e nos conduz como Virgílio fez a Dante, dando-nos um caminho seguro perante visões dramáticas e, na aparência, incompreensíveis. O olhar do artista compõe e instaura uma ordem naquilo em que não vemos senão um retrato de nossas próprias perturbações.

Palavras da curadora

Esses resquícios, que há meses se acumulam na extensão quer do papel, quer da tela, manchando-a e marcando-a, são elementos do acaso. Eles não foram pensados e nem estudados. A quase que totalidade deles, inclusive, nem de Frantz são, mas de seus alunos. Movido por uma hesitação legítima, você então poderá se questionar: “Mas, se ele não fez essas pinturas, por que elas levam o seu nome?”.

Para ler mais do texto da jornalista e doutoranda em História, Teoria e Crítica de Arte, a curadora Paula Ramos, acesse o link: http://verd.in/c9l8

O quê: Exposição “FRANTZ: O Ateliê como Pintura”

Curadoria de Paula Ramos

Quando: Abertura dia 06 de agosto de 2011, sábado às 11h.

Visitação até 04 de setembro de 2011.

Onde: Museu de Arte Contemporânea do RS, galeria Xico Stockinger,

Rua dos Andradas, 736 – 6º andar da Casa de Cultura Mario Quintana.

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Texto: Ulisses Carrilho

Edição: Asscom Sedac

Fotos: Túlio Pinto

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