Estudantes de Ensino Fundamental chegam à final da ONHB, com exposição sobre o acervo do Museu Julio de Castilhos
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Estudantes de Ensino Médio chegam à final da Olimpíada Nacional em História do Brasil, com exposição sobre o acervo do Museu Julio de Castilhos
Os alunos da escola EMEF Theodoro Bogen, em Canoas, no Rio Grande do Sul, chegaram à final da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). Organizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Olimpíada é um projeto de extensão da faculdade, sendo desenvolvida pelo Departamento de História por meio da participação de docentes, alunos de graduação e pós. Neste ano, a ONHB recebeu mais de 27 mil inscrições de alunos dos 8º e 9º ano do Ensino Fundamental e Médio. Ao todo, foram realizadas seis fases online, adaptadas pelo segundo ano devido à pandemia do coronavírus.
Orientados pelo professor de história, Guilherme Barboza de Fraga, os alunos do 9° ano, Eduardo Masiel Albuquerque Rodrigues, Lucas Menegotto Dias e Maria Gabrielly dos Santos Fernandes, estarão participando da prova final, que será realizada no dia 16 de agosto. “Sei do nosso esforço e sabia que passando ou não, sairíamos de cabeça erguida. Nunca perdi a confiança, queria muito ir para final.”, comemora Lucas. Guilherme Barboza conta que já havia participado das edições passada, mas nunca havia chegado à final. “Tendo em vista as equipes que já foram finalistas em outros anos, de escolas particulares e militares, foi uma grande vitória que uma escola pública tenha chegado tão longe.”, pontua o professor.
O Museu Julio de Castilhos - instituição da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) -, o primeiro museu criado no Brasil Republicano, foi escolhido para ser representado na Olimpíada Nacional de História como acervo exposição representativo da Independência do Brasil. Com fotos de ótima qualidade e disponibilizadas pelo Museu Julio, o professor e os alunos conseguiram participar da tarefa, sendo aprovados na fase. “O museu permitiu resolver uma ‘aflição’ quanto a falta de fontes visuais a respeito dos impactos da Independência”, conta Guilherme.
Através de conversas telefônicas, o professor conseguiu entrar em contato com Gabriel Costa para auxilia-lo na montagem da exposição. Gabriel é historiador e servidor público do Museu Julio de Castilhos e conta que buscou em livros e textos para que dialogassem com a proposta da Olimpíada. “Nossos acervos são repletos de imagens do período.”, acrescenta o historiador. As aquarelas do pintor Jean-Baptiste Debret foram escolhidas pelo servidor para contemplar a tarefa e fazer a conexão entre a Proclamação da Independência e o Rio Grande do Sul.
O formato online desmotivou bastante os alunos, mas Gabriel acredita que o Museu contribuiu com a educação dos estudantes, pois através do acervo, foi possível contar a narrativa e contexto do Estado no início do século XIX, construindo cada vez mais conhecimento. “É como se fosse uma colcha onde cada um agrega com seu pedaço e o Museu acrescenta no seu próprio colchão, assim como distribui uma parte do seu.”, explica o Gabriel. Para os estudantes, a proposta foi muito bem recebida e aproveitada, proporcionando reflexões. “Contribuiu muito para os meus estudos e me ajudou a entender melhor a Independência do Brasil.”, conta Maria Gabrielly.
O Museu Julio de Castilhos espera continuar agregando com o conhecimento de mais pessoas que buscam desenvolver ensinamentos a partir do seu acervo. Doris Couto, museóloga e diretora do Museu Julio, conta que a Instituição é parceira para contribuir com a narrativa crítica e no processo de educação. “É fundamental que as pessoas procurem os museus para serem buscados como dispositivo na sua construção de análise crítica ao nosso mundo de agora.”, acrescenta Doris.
Aberto de terças a sábados, das 10 às 17h, O Museu Julio de Castilhos, conta com um número de visitantes de, no máximo, dez pessoas por vez, distribuídas nas duas casas e jardim, com distanciamento de dois metros, uso obrigatório de máscara, higienização das mãos e aferição de temperatura, na entrada do Museu. O guarda-volumes não é disponibilizado aos visitantes e o uso de mochilas, dentro da instituição, está proibido.