O 17º Concerto Oficial da Ospa será regido por Cláudio Ribeiro, maestro de carreira internacional, que foi diretor artístico da Ospa entre os anos de 1995 e 1998. A apresentação terá o solo de Javier Balbinder, 1º oboísta da Ospa, executando Concertino para Oboé, de Breno Blauth (1931 – 1993), compositor pós modernista gaúcho. Para completar o programa, serão apresentadas Pastoral d’Été, de A. Honegger (1892 – 1955), Abertura de Prometheus e  Sinfonia nº 1 em Dó Maior , ambas de Beethoven (1770-1827). O concerto ocorre nesta terça-feira (30/8), às 20h30, na Igreja São Geraldo (Av. Farrapos, 2611), com entrada franca.

Compositor de renome internacional, Breno Blauth nasceu em Porto Alegre. Suas obras, de essência nacionalista, possuem fortes traços de cultura gauchesca. Estudou composição na Universidade Nacional de Música do Brasil (UNMB), no Rio de Janeiro, e foi um dos três representantes brasileiros no Festival da Juventude Musical de Nantes, na França, em 1963.  Recebeu diversos prêmios de composição. Concertino para Oboé é um dos destaques de suas obras orquestrais.

Pastorale d’été foi o primeiro trabalho orquestral de Honegger, composto em 1920, e faz referência à paisagem dos Alpes suíços. Importante compositor do século XX, Honegger tornou-se muito conhecido ao participar do grupo Les Six (Os Seis), núcleo de músicos que se propunha a criar músicas autenticamente francesas, fugindo do Romantismo.

Composta em 1801, Prometheus, de Beethoven, foi escrita para o balé de mesmo nome, executado pela primeira vez em no Teatro Imperial, em Viena, anunciado como “As criaturas de Prometeu – bailado heróico e alegórico em dois atos”. Já a 1ª Sinfonia marca a revolução que o compositor viria a trazer na concepção sinfônica – com elementos de transição do Classicismo para o Romantismo.

O oboísta Javier Andres Balbinder nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 1960, mas desde 1979 reside no Brasil. Estudou com Luís Carlos Justi, Ricardo Rodrigues, Herrmann Erenhaus (Teatro Colón) e fez masterclasses com Ingo Goritzky, William Bennet, Joseph Sanders e Walter Bianchi, entre outros.

Já se apresentou com diversas orquestras, como Universidad Catolica de Buenos Aires (Argentina), Jovem Municipal de São Paulo, Sinfônica de Campinas, Sinfônica da Bahia, Filarmônica de Goiás, Sinfônica de Recife, Sinfônica do Rio Grande do Norte, Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo, Sinfônica do Paraná, Unisinos e UCS. Como convidado, atuou na Orquestra Armorial de Recife, Camerata Antiqua de Curitiba, Festival Mozart de Ouro Preto, Orquestra de Câmara da USP, Orquestra da ULBRA, Orquestra de Câmara Theatro São Pedro.

Maestro com carreira internacional, Claudio Ribeiro obteve o título de Bacharel em Música e aperfeiçoou-se na Europa. É mestre em Música pela University of Denver (USA). Na Itália, atuou em inúmeras produções com grandes nomes do canto lírico. No Brasil, foi Maestro Associado da Orquestra de Câmara de Blumenau (1993-2000) e Diretor Artístico e Maestro Titular da Ospa (1995-1998). Entre as diversas importantes orquestras que já dirigiu, encontram-se Metropolitana de Lisboa, Denver Philharmonic, Sodre/Uruguay, Orquesta Nacional de Guatemala, Filarmônica de Turim, Filarmônica Bulgara de Russe, Orquestras Sinfônicas do Paraná e de Minas Gerais, Orquesta Sinfonica del Estado de México e Deutsche Kammerakademie (Düsseldorf), entre outras.

A OSPA é uma das fundações vinculadas à Secretaria de Estado da Cultura. Os concertos são patrocinados pela Lei Federal de Incentivo a Cultura, Vonpar, Ipiranga, Gerdau, Souza Cruz e Brasília Guaíba. A realização é da OSPA,  e Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Texto: Raphaela Donaduce